Todos os capítulos do Presente de Divórcio 2: Um novo recomeço : Capítulo 81 - Capítulo 90
108 chapters
Nota
Oi, pessoal! Nos últimos dias, postei alguns capítulos bem intensos, e percebi que não tivemos nenhum comentário. Sei que a correria do dia a dia às vezes nos impede de interagir, mas queria saber se vocês estão por aí, acompanhando a história. O feedback de vocês é super importante para mim! Preciso confessar que a história tomou um rumo tão intenso que nem eu estou conseguindo lidar com isso! As coisas cresceram de uma forma que eu não esperava, e agora estamos nos aproximando de um momento crucial. Vou publicar mais alguns capítulos e, a partir daí, a história vai precisar entrar em uma segunda fase. Sim, a trama tomou vida própria e vai seguir um novo caminho, ainda mais impactante! Por isso, conto com o apoio e a leitura de vocês nessa nova etapa. Me digam: estão gostando? Estão por aqui? Seu comentário faz toda a diferença para mim! Obrigada por estarem nessa jornada comigo!
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Capítulo 77
Henrique A Cíntia havia ficado no casarão Belmonte com a Ana e a Carol. Ela estava distante, em estado de choque. Seu olhar perdido denunciava que sua mente ainda estava presa ao incêndio, às chamas consumindo tudo, à brutalidade do que havia acontecido. E eu sabia exatamente no que ela estava pensando. Alonso tentou botar fogo na casa com ela dentro. Era impossível ignorar essa conclusão. Ele devia ter imaginado que a Cíntia estava lá, especialmente porque o Felipe havia deixado o carro dela na garagem antes de sair para a viagem de casais que planejamos. Ele queria que ela estivesse lá. Ele queria que ela queimasse junto com a casa que um dia compartilharam. O pensamento me embrulhava o estômago. Fernando e eu havíamos voltado para a fazenda. A casa onde Cíntia morou por anos, onde construiu uma vida ao lado de Alonso, agora não passava de um amontoado de destroços. Cinzas e fuligem tomavam o lugar onde antes havia paredes, móveis, memórias. O cheiro de queimado ainda im
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Capítulo 78
O casarão Belmonte nunca esteve tão cheio, mas, ao mesmo tempo, nunca pareceu tão silencioso. Meus pais estavam ao meu lado, minha mãe segurando minha mão com força, como se quisesse me manter inteira. Meu pai permanecia de pé ao lado do sofá, o olhar perdido no chão, a expressão fechada. Irene, Felipe, Carol, Ana… Todos estavam ali, me cercando de apoio. Mas, por dentro, eu me sentia vazia. Era como se minha alma tivesse ficado presa no meio das chamas que consumiram minha casa. A casa que agora não existia. Eu mal tinha dormido desde que tudo aconteceu. O cheiro de fumaça ainda parecia grudado na minha pele, e a lembrança do fogo devorando tudo o que um dia foi meu lar não saía da minha mente. Então, o som de um carro parando na entrada me fez erguer a cabeça. Meu coração disparou. Poucos segundos depois, passos ecoaram na varanda, e a porta se abriu. Fernando entrou primeiro, o rosto carregado de tensão. Henrique veio logo atrás. Ambos pareciam exaustos, como se tivessem
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Capítulo 79
Os dias foram passando, mas eu ainda me sentia estranha, até mesmo sufocada… minha família estava comigo, mas o sentimento de sufocamento era algo que não passava. Eu não me sentia bem, não sorria. Odiava ficar repassando tudo na minha cabeça, mas a realidade me atormentava. Eu não sabia o que doía mais: a traição, o desejo dele de me ver morta ou a sensação de que tudo o que vivemos nunca significou nada. Quando saí de casa para ficar com Alonso, eu tinha apenas 16 anos. Meus pais me alertaram, tentaram me impedir, mas eu estava cega, apaixonada demais para enxergar qualquer outra coisa. Eu achei que amor fosse isso. Achei que bastava amar alguém o suficiente para fazer dar certo. Quantas noites chorei sozinha, sentindo falta da minha família, tentando convencer a mim mesma de que tinha feito a escolha certa? Eu queria tanto que meu casamento desse certo, que meu amor fosse o suficiente para compensar tudo o que eu perdi. Mas amor não salva. Amor não apaga o que é tóxico. Agor
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Capítulo 80: Segunda fase
Dois anos depois: O dia estava quente. O sol entrava pelas janelas do escritório, iluminando os papéis espalhados sobre a mesa. Projetos finalizados, outros em andamento, alguns aguardando fechamento. Tudo ali era um reflexo do que eu havia construído nos últimos dois anos. Minha vida tinha voltado a ser minha, e eu finalmente sentia que pertencia a ela. Meu celular vibrou ao meu lado, e o nome do meu primo brilhou na tela: Fernando. Sorri, porque já imaginava o motivo da ligação. Eu evitava os reencontros há tempo demais, não por medo ou dor, mas porque precisava desse espaço para mim. Dois anos atrás, eu não fazia ideia de quem era sem a sombra do meu passado. Hoje, eu sabia. Atendi no exato momento em que meu pai entrou no escritório. — Oi, Fernando. — Falei, apoiando o celular no ombro enquanto reunia alguns papéis. — Cindy, estou surpreso! Você me atendeu estranhamente rápido. — Ele brincou, e eu ri. — Só não atendo quando estou no meio do mundo, mas, no momento, es
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Capítulo 81
Henrique O dia estava quente, e depois do almoço, Sabrina subiu para o quarto comigo. A viagem estava sendo boa, e eu realmente precisava desse descanso depois de uma semana intensa de trabalho. Sabrina e eu tínhamos um lance casual, algo leve, sem cobranças, e quando pensei na viagem, não parecia uma má ideia convidá-la. Fernando havia mencionado que passaria alguns dias em Ilhabela e me chamou para ir junto. Fazia tempo que não nos reuníamos assim, e embora as viagens ainda acontecessem, havia uma diferença inegável desde que a Cíntia foi embora. Nossa amizade continuou, claro. Carol, Fernando, Ana e Felipe eram parte da minha vida, mas era impossível ignorar o espaço que Cíntia deixou. No início, evitavam tocar no nome dela na minha frente. Com o tempo, pararam de mencioná-la por completo. E eu nunca perguntei. Nunca quis saber. Talvez fosse orgulho. Talvez fosse medo do que descobriria. Adormeci por um tempo, mas despertei com o calor do corpo de Sabrina junto ao meu. O
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Capítulo 82
O som das risadas e o calor suave do fim de tarde tornavam o reencontro ainda mais especial. Eu estava rodeada de pessoas que amo, pessoas que fizeram parte da minha jornada, e pela primeira vez em muito tempo, sentia que tudo estava exatamente onde deveria estar. Ana me atualizava sobre a pequena Sofia, enquanto Carol contava alguma história engraçada das últimas viagens. Fernando e Felipe discutiam sobre qual seria o melhor roteiro para o fim de semana, cada um tentando provar que sua ideia era a mais divertida. Tudo parecia perfeito. Até que senti. O olhar. Foi como um arrepio involuntário que percorreu minha pele. Olhei para a escada e o vi ali, parado, me encarando como se eu fosse uma visão inesperada. Meu corpo ficou rígido por um instante, mas controlei a reação. Henrique. Dois anos sem vê-lo. Sem ouvir sua voz. Sem saber nada sobre sua vida além das pequenas informações que Fernando e Carol soltavam sem perceber. Ele estava diferente. Mais forte. Mais maduro
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Capítulo 83
O pessoal decidiu sair para jantar perto da praia, o restaurante era agradável, bem iluminado, com uma decoração rústica que combinava com o clima praiano. As vozes do grupo se misturavam ao som das ondas lá fora, e todos pareciam se divertir. Todos, menos eu. Eu tentei prestar atenção na conversa, rir das piadas do Felipe, comentar qualquer coisa sobre o menu, mas minha cabeça estava em outro lugar. Ou melhor, em outra pessoa. Cíntia. Ela estava sentada do outro lado da mesa, entre Fernanda e Carol, e, por mais que eu me odiasse por isso, meus olhos sempre acabavam nela. O cabelo caía sobre os ombros, e toda vez que ela o jogava para trás, meu olhar era atraído. O vestido que usava realçava suas curvas, e a luz suave do restaurante deixava sua pele ainda mais iluminada. Ela parecia confortável ali, conversando, sorrindo, como se nada estivesse fora do lugar. Como se eu não estivesse ali. Apertei o copo na mão, sentindo os dedos ficarem tensos ao redor da superfície gelada. Eu
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Capítulo 84
Cíntia não me deixava em paz. Ela me desafiava de uma maneira que ninguém mais conseguia. Eu tentei ignorá-la, tentei me distanciar. Mas, toda vez que ela falava, cada palavra dela tinha um peso que eu não sabia como carregar. A pergunta dela me pegou desprevenido, e eu sabia que eu tinha falado o que precisava ser dito, o que era mais fácil. Não somos amigos. Nunca fomos.Mas as palavras dela, a maneira como ela me encarou, me atingiram de uma forma que eu não esperava.“Eu não tenho culpa de você achar que nós poderíamos ficar juntos. Não tenho culpa, Henrique.”Fiquei parado, ouvindo. Aquilo foi mais do que eu podia processar naquele momento. Eu queria gritar, queria dizer tantas coisas, mas tudo que saiu foi aquele silêncio tenso entre nós. Eu não queria mais me envolver, não queria mais me confundir. Por que ela não podia simplesmente entender que não era mais sobre nós? Que não havia nada entre nós? Eu só queria que ela fosse embora.Fiquei com a mente turva, sem saber como reag
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Capítulo 85
Depois de uma noite terrível, quase não dormi. Fiquei repassando o confronto que tive com o Henrique na cozinha, cada palavra, cada olhar frio que ele me lançou. Era como se eu estivesse falando com um estranho. Doía saber que ele sentia raiva de mim. Doía mais ainda saber que ele não queria interagir comigo. Durante o tempo que ficamos juntos, Henrique nunca foi grosseiro. Nunca foi rude. Ele sempre me tratou com paciência, com respeito, com um carinho silencioso que me fazia sentir segura. Ele era minha segurança. Minha compreensão. Meu porto seguro. E agora ele havia mudado completamente. Frio. Indiferente. Irritado comigo. Ele disse que fui embora. Jogou isso na minha cara como se fosse algo imperdoável. Mas ele não enxergava? Não entendia que ir embora foi a escolha mais difícil da minha vida? Deixá-lo para trás me partiu ao meio. Houve noites em que quase peguei o telefone para ligar. Dias em que tudo que eu queria era ouvir sua voz, sentir seu abraço, voltar para aqu
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