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Todos os capítulos do Um chefe irritante e irresistível: Capítulo 111 - Capítulo 120
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111: O peso da traição
Após o café, Marina sente o peso do cansaço acumulado e opta por não participar de todas as atividades planejadas. Em vez disso, decide observar os outros, relaxando enquanto aproveita a vista do lago cristalino. Entre brincadeiras e risadas dos colegas de Sávio, nota que Fernanda, a mulher que lhe lançava olhares estranhos no ônibus, se aproxima dele com frequência, rindo um pouco demais e sempre buscando uma desculpa para tocá-lo casualmente. Marina decide não comentar nada naquele momento, mas o desconforto começa a pesar.Durante a tarde, Sávio a convida para explorar uma trilha que leva a uma pequena cachoeira. Eles andam lado a lado em silêncio, a paisagem ao redor é tão majestosa que Marina deixa seus pensamentos vagarem, tentando afastar qualquer insegurança.Ao chegarem à beira da cachoeira, ela sente que o ambiente é calmo e inspirador, e o peso que carregava parece se dissipar.— Estou feliz por estar aqui com você — comenta, sentando-se ao lado dele na grama macia e úmida.
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112: A verdadeira face do namorado
Marina não suporta olhar mais um segundo para aquela cena. Com o coração em pedaços e as mãos trêmulas, caminha rapidamente de volta para o quarto. Lágrimas escorrem pelo seu rosto, e ela sente como se uma parte sua tivesse sido arrancada. A imagem de Sávio com outra mulher ainda martela em sua mente, e a sensação de traição é sufocante.— Como ele teve coragem de mentir olhando nos meus olhos? — sussurra para si mesma, enquanto se esforça para conter o choro.Com movimentos rápidos, começa a jogar suas roupas na mala, separando apenas o que precisará vestir para sair daquele lugar.Assim que termina de arrumar tudo, pega o telefone e liga para a recepção, pedindo um carro. A resposta que recebe é um balde de água fria: não há veículos disponíveis para levá-la, dado o isolamento do resort.Sentindo-se impotente, Marina olha para o celular, o nome de Andressa surge em sua mente, mas logo descarta a ideia de ligar para a amiga, sabendo que ela não poderia ajudar naquele momento. Seus ded
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113: Ela é interesseira
Enquanto caminha atrás de Marina, Sávio percebe que ela está se dirigindo à recepção, onde alguns de seus colegas de trabalho também estão reunidos. Ele hesita por um momento, preferindo ficar de longe e observar. Marina aproxima-se do balcão, conversa brevemente com a atendente e então se afasta, sentando-se próximo à entrada, como se estivesse esperando por alguém.Sávio sente a raiva fervendo em seu peito e quer ir até ela para tirar satisfações, mas o medo de ser visto pelos colegas e de sua imagem ser prejudicada o segura. Então, decide ficar ali à espreita, com os olhos cravados em Marina e tentar imaginar o que ela estava planejando fazer.O tempo passa e, assim como Marina não sai do lugar, seus colegas também continuam por ali. Irritado e sem intenção de deixar que essa situação se prolongue, ele decide dar a volta pelos fundos da recepção, notando que por ali nenhum dos seus colegas o veria se aproximar. Com o olhar fixo em Marina, segue em sua direção. No entanto, antes que
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114: Quero você
No carro, Marina mantém a cabeça baixa, enquanto seus pensamentos rodopiam como uma tempestade em sua mente. Suas mãos repousam sobre o colo, mas os dedos inquietos revelam o nervosismo que pulsa em seu peito. Seu rosto está rosado de vergonha e ela sente o calor subir pelo pescoço, até as bochechas, numa mistura de humilhação e confusão. Não consegue esquecer as palavras de Sávio, cada uma como um golpe afiado que ecoa dentro dela, deixando cicatrizes invisíveis.“Então era isso que ele pensava sobre mim o tempo todo?”, questiona em pensamento, tentando entender a imagem que passava quando dizia a alguém que queria ser alguém na vida.Victor lança um olhar discreto em sua direção, percebendo o desconforto evidente em sua postura. Ele suspira, desviando o olhar para a estrada à frente, tentando encontrar as palavras certas para quebrar o silêncio espesso que se instalou entre eles.— Você não tem nada do que se envergonhar, loirinha — declara com a voz calma, mas firme, mantendo o olha
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115: Palavras de mãe também machucam
Victor para por um instante e a olha nos olhos, percebendo o quanto ela está sendo sincera. Ele se aproxima devagar, com os olhos cheios de desejo. Quando seus lábios finalmente se encontram, é como se uma eletricidade instantânea tomasse conta do ar ao redor. O toque inicial é firme, quase urgente, e logo os lábios se pressionam com mais intensidade, reivindicando-se mutuamente.A mão dele desliza até a nuca dela, segurando-a com uma determinação que a faz sentir-se completamente dominada. Ela sente o peso da possessividade naquele toque, como se quisesse apagar qualquer vestígio de dúvida que pudesse existir. A outra mão encontra sua cintura, puxando-a para mais perto, eliminando qualquer espaço entre eles. Suas respirações se misturam, ofegantes e descompassadas, enquanto o beijo se aprofunda, e as línguas se encontram num jogo intenso de desejo.Victor a beija como se cada segundo fosse precioso, explorando-a sem pressa, mas com um desejo que é impossível de conter. Sentindo cada m
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116: Esperando por você
Mesmo trancado no banheiro, Victor ouvia cada palavra da conversa entre Marina e sua mãe. O espaço pequeno do quarto fazia a voz de Daniela ecoar, revelando toda a sua decepção e desconfiança. Cada acusação, cada palavra dura que ela disparava, era como uma punhalada para Marina e também para ele. Ele podia escutar o tremor na voz de Marina, segurando o choro, enquanto tentava, em vão, se defender das acusações infundadas.— A senhora percebe que está ficando do lado do Sávio, e não de mim, que sou sua filha? — questiona Marina, com a voz embargada pela dor e incredulidade.— E como quer que eu te defenda, Marina, se nem sei onde está? — replica Daniela, cuja voz impregna frustração. — Você era tão estudiosa, tão responsável. Depois que começou a trabalhar com esse homem, parece que sua vida desandou. Pense bem no que está fazendo da sua vida!Marina sente as palavras como facas e respira fundo, tentando conter a frustração.— Não acredito que esteja colocando a culpa em mim e no meu
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117: Hora de colocar o plano em ação
Quando chega em casa, Victor exibe uma expressão de tensão mal disfarçada. Mesmo satisfeito com o progresso que ele e Marina haviam tido juntos, a ideia de que ela enfrentaria os pais sozinha naquele momento o deixava desconcertado, sentindo-se parcialmente responsável por toda aquela situação. Relutante em entrar na mansão, decide sentar-se no jardim, onde as flores exalavam um perfume suave que ele, no entanto, mal consegue perceber. Ele desabotoa a camisa e fecha os olhos, tentando relaxar, mas a ansiedade o corrói. Pensar que Marina estava sendo julgada duramente pelos próprios pais fazia com que apertasse os punhos, questionando-se se deixá-la em casa naquela manhã foi, de fato, a escolha correta.— Algum problema? — A voz profunda de Xavier ecoa atrás dele.Victor abre os olhos e se vira levemente, vendo o pai em uma bermuda azul e camisa branca, com uma expressão casual que parecia alheia a qualquer tensão.— E desde quando você se importa com isso? — rebate, voltando o olhar pa
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118: Cada um com sua astúcia
Percebendo as acusações impiedosas de sua mãe, Marina solta um suspiro pesado, ciente de que o confronto não pode mais ser evitado.— Então, além de não confiar em mim, agora está me vigiando também? — pergunta, exausta, com a dor visível em sua expressão.— Eu só estava indo até o portão — responde Daniela, mantendo o olhar firme. — E vi você lá, bem juntinha dele. Deu para ver muito bem como os “pombinhos” se comportavam — ironiza.— Mãe, para com isso! — Marina pede, com a voz vacilante, segurando as lágrimas. — A senhora não tem noção do impacto que isso está causando em mim.Sem esperar mais, Marina entra em casa, seu coração está comprimido pela pressão das acusações. Ela larga a mala no quarto, mas não consegue se livrar da presença da mãe, que a segue insensível, com cada palavra se transformando em um julgamento.— Eu não te reconheço mais, Marina. Tudo o que vejo agora é uma garota irresponsável, deslumbrada pelo dinheiro, como se o Sávio não tivesse significado nada para vo
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119: O que há entre vocês dois
— Claro, acho uma boa ideia — responde Marina, decidida a descobrir a verdade sobre o misterioso namorado da amiga. Depois de toda a ajuda e apoio de Victor, sentia a necessidade de retribuir de algum modo e talvez, desvendando o que Andressa parecia esconder, conseguisse ao menos aliviar sua própria inquietação. — Então, combinado para sexta? Assim que sair do trabalho, você pode ir direto para o apartamento. O que acha? — insiste Andressa, com um sorriso esperançoso. — Não sei… — Marina hesita, tentando decifrar as intenções da amiga. — Vai, amiga! Vou preparar um jantar só para nós duas, vai ser ótimo — persiste, demonstrando toda a sua boa intenção.— Está bem — concorda Marina, ainda receosa. Por mais que gostasse de Andressa, sentia que a amiga escondia algo. Havia uma voltagem inexplicável no ar, uma expressão no olhar dela que revelava segredos não ditos. Marina recorda das palavras de Victor: “A gente nunca conhece realmente as pessoas.” Confiança, afinal, podia ser um er
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120: Uma decisão bem pensada
Sem saber como responder ao pai, Marina fica em silêncio, e é nesse momento que Daniela interfere.— Está vendo, José? Ela não responde porque sabe que aquele homem não quer nada sério com ela — diz, com tom acusador.— Daniela, pare com isso e deixe nossa filha nos explicar! — exige José, lançando um olhar firme para a esposa, mostrando que não tolerará interferências.Marina, sempre uma filha obediente, nunca havia se sentido tão pressionada como agora. Sentia que não deveria precisar dar explicações sobre algo tão pessoal, mas sabia que, naquele momento, era isso que esperavam dela.— Eu não quero falar sobre mim e o Victor — declara, com seriedade. — Eu ainda moro com vocês, mas preciso lembrar que tenho vinte e dois anos e sou dona da minha própria vida. Entendo que queiram o meu bem, mas preciso que compreendam que eu não preciso me casar com o primeiro homem que conheci — continua, firme, decidida a tomar as rédeas de sua vida.Daniela, abalada pela resposta da filha, responde
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