**Maria Silva**A casa de Gabriel era imensa, com paredes altas e janelas que pareciam observar cada movimento, assim como me lembrava. Senti-me como uma presa na cova dos leões. O olhar de desprezo vindo da mulher loira, Valquíria, a viúva de Mateus, me atingia como lâminas afiadas. Ao lado dela, a mãe de Gabriel, com a mesma expressão de julgamento, completava o cenário. Era uma atmosfera sufocante, e, ironicamente, Gabriel parecia ser o menos ameaçador ali. Ele se aproximou, sua presença pesada como uma sombra. "Não tente fugir, Maria", ele advertiu, sua voz carregada de falsa tranquilidade. "Você está sendo vigiada 24 horas por dia. Qualquer tentativa será inútil." Eu queria responder, mas as palavras travaram na garganta. Gabriel chamou a mãe, que, sem dizer nada, me conduziu para um quarto luxuoso, o meu cativeiro. Eu ainda estava fraca do ferimento, e isso parecia agradar a todos ali. Ser uma presa ferida tornava mais fácil me manter sob controle. “Não tente nada, garota
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