Após a visita à penitenciária, Ana saiu com o coração pesado. Enquanto caminhava pelas ruas da cidade, a imagem de Leon, abatido e desesperançoso, não saía de sua cabeça. O homem que a sequestrara, que outrora a vira como um objeto de conquista, agora parecia uma sombra de si mesmo. Pela primeira vez, Ana não o viu como um adversário, mas como alguém quebrado, machucado pelas próprias escolhas e, talvez, por escolhas que ele nem sabia ter feito.Ela se sentia confusa. Parte dela queria esquecer completamente Leon, seguir em frente sem olhar para trás, mas outra parte, a parte que o conhecera melhor e que testemunhara suas tentativas de mudança, se sentia compelida a ajudá-lo. Seria isso compaixão ou apenas um eco de sentimentos não resolvidos?Ana entrou em um pequeno café, um local onde costumava se refugiar para pensar, e pediu um chá de camomila. Sentou-se em um canto isolado e olhou pela janela, vendo a vida seguir lá fora. Pessoas caminhavam, carros passavam, e o mundo parecia co
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