Fernanda Mendonça:— Nanda, que bom que chegou!A voz animada do meu irmão me tira dos pensamentos. Fernando entra na sala, carregando pequenas mesas dobráveis. Ele as coloca no chão com um suspiro e logo se aproxima, me envolvendo em um abraço apertado.— Estava demorando, hein?— Tive que apresentar um trabalho na faculdade antes de vim, fui a última — respondo, tentando, sem sucesso, ignorar a presença de Pietro na sala.— Entendo —um olhar nostálgico passar por seus olhos por um breve momento. — No meu tempo de faculdade também era assim, corrido.Ele sorri, e por um instante, eu o observo. A mudança nele ainda me surpreende. Fernando não é mais aquele homem sombrio e fechado, que após algumas tentativas falhas de suicídio espalhou frieza e grosseria para todos, três anos após a tragédia do seu primeiro casamento — um assunto proibido dentro da nossa família.Agora, há luz em seus olhos, uma serenidade que antes não existia. E tudo isso graças a Laura. Minha cunhada foi um raio de
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