Fernanda Mendonça:O hospital está mais movimentado do que o normal essa tarde, as vozes altas e até algumas animadas, e eu me pergunto se é apenas a rotina caótica de sempre ou se sou eu quem está com a paciência mais curta.Cruzo o corredor em direção à cantina, absorvida demais nos meus próprios pensamentos vagando entre a alegria por Pietro ter agido como agiu, e também angustia.Não posso negar o quão tocada e feliz estou, por ele ainda me olhar como alguém importante. Mas, eu não queria que as pessoas soubessem que éramos tão próximos, ou já fomos tão próximos, não queria que tivessem mais munição contra mim.— Ei, Nanda! — paro de andar reconhecendo atrás de mim.Viro o rosto e encontro Tiago caminhando em minha direção, apesar do sorriso, sua feição parece um tanto exausto.— Oi, Ti! — sorrio, ao menos a companhia dele não me estressa. Ele finalmente me alcança. — Como estão as coisas na sua ala?Ele solta um suspiro dramático, coisa rara de vê-lo fazendo, já que está sempre d
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