Naquela tarde, arrastei-me até a cozinha, ignorando completamente a presença de Ryuu. Não trocamos palavras enquanto eu buscava algo para comer. Com tudo que precisava em mãos, dirigi-me à praia, desejando apenas a companhia do oceano e do meu livro. Já o havia lido uma vez, mas, naquela solidão, parecia a única coisa que me restava.Cinco minutos depois, ouvi passos atrás de mim e, para minha surpresa, Ryuu se juntou a mim. Em uma das mãos, equilibrava um prato de comida; na outra, um copo de uísque. Não disse uma palavra ao se sentar ao meu lado, no cobertor que havia estendido. Apenas o encarei em silêncio, arqueando uma sobrancelha em leve descrença.Ele havia se trocado, vestindo calças pretas e uma camisa branca, desabotoada no colarinho e com as mangas enroladas até os cotovelos. Mesmo sem o paletó e a gravata, Ryuu ainda parecia impecável, um contraste gritante com minha saia e colete confortáveis, além do grande chapéu que usava para me proteger do sol. Ele sempre mantinha aq
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