— Desculpe? — perguntei, sem entender direito o que acabara de ouvir.— Eu… prefiro mulheres mais magras que você — resmungou o homem, sua voz grossa e embriagada, como se lutasse para se manter ereto no banco. Ele sequer olhava para mim, oscilando de maneira quase patética, e ainda assim seu desdém era explícito. Desviei o olhar, sentindo uma onda de incredulidade — e, antes que percebesse, ajustei o tecido do vestido preto sobre a cintura, subitamente autoconsciente.— Como é? — Minha voz saiu firme, mais para mim mesma do que para ele, tentando digerir a audácia. Mas Sophia, até então absorta, ergueu-se bruscamente, o corpo vibrando de raiva como uma tempestade prestes a estourar. Seu olhar, antes perdido, agora queimava em uma fúria silenciosa.Vi Sebastian mover-se ao lado dela, uma mão firme pousando em seu ombro, talvez tentando segurá-la. Mas então senti uma presença sólida atrás de mim. Uma mão deslizou sobre meu quadril, firme e possessiva, e meu corpo foi puxado de encontro
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