Todos os capítulos do CEO Mafioso obcecado pela mãe solteira : Capítulo 31 - Capítulo 40
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Não sei quem você é!
KESIA MUNIZ Com o susto de ouvir a voz dele tão perto, escorreguei o dedo no gatilho e errei o alvo. Virei furiosa para encara-lo. — Me fez errar! — resmunguei. Ele deu de ombros, notei que me encarava muito sério, parecia estar com raiva. — O que está fazendo aqui em baixo? — ele perguntou alto. — Que lugar é esse? O que esses caras estão fazendo aqui? E essas armas? — ignorei a pergunta dele e fiz as minhas próprias. — Isso não é da sua conta curiosa dos infernos. — Ele praticamente rosnou. — Aqui é a minha casa. — Mas eu posso contar para polícia tudo que tem aqui! Isso com certeza é ilegal. E... Ele me segurou pelo braço com força e antes que eu pudesse agir, puxou a arma da minha mão. Me debati, tentando sair do seu alcance. O que não foi possível devida a força que segurava com uma mão só. — O que estão olhando seus ratos? — ele gritou fazendo eco no galpão. — Vão embora. Acabou por hoje. Os homens que haviam parado para olhar o showzinho de graça, ficara
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Passeio primeiro, surpresas depois...
KESIA MUNIZ Os olhos escuros dela brilhavam com lágrimas. Não sou a pessoa mais indicada do mundo para dar conselhos ou consolo a alguém. Fiquei sem jeito, sentia que devia falar algo. Mas não consegui, fiquei muda. Ela fungou e baixou a cabeça envergonhada, delicadamente, limpou as lágrimas. — Desculpe, estou sendo uma boba. Mas é que olhando todo o amor que você tem pelo seu filho. Lembrei de como queria ter feito tudo por eles. — Doris continuou falando. — Eles? — perguntei sem entender nada do que ela falava. Ela levantou a cabeça e mirou nos meus olhos. Seu semblante era de uma mulher forte e machucada. Por trás do rosto marcado pelo tempo. Com certeza, havia muitas histórias, não daquelas bonitinhas que podemos contar aos filhos e netos. —Sim. Meus filhos. Fellipo e... — Esse nome é proibido nessa casa. — Fellipo apareceu repreendendo a mãe. Como assim? O Fellipo tem um irmão? Ele nunca mencionou isso, mas da forma que falou parece não gostar muito dele. — Vou
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Medo de se apaixonar pelo futuro pai.
KESIA MUNIZ Eu não conseguia desviar meus olhos dela e da barriga. Não sou burra, sei muito bem que tem várias espertinhas que tentam o golpe da barriga. Ela pode não está grávida do Fellipo. Mas também pode estar. Na verdade, estando ou não, não é da minha conta. Estendi os braços para pegar meu filho de um Fellipo sério e aborrecido, olhando para a Tolita, apelidinho que dei pra ela, como se quisesse matá-la. — Me dar ele aqui. — Pedi com a voz baixa para não interromper o casal. Ele virou e com cuidado passou a criança para meus braços. Sai sem falar uma palavra, subi as escadas e pela minha visão periférica, vi Fellipo arrastar a Tolita para o corredor do escritório dele. — Aii amor... que bruto. — Reclamou com a voz manhosa.— Cala a boca sua vadia. — Foi a última coisa que ouvi antes de subir quase correndo. Por causa do menino no colo, tive dificuldade para conseguir abrir a porta. Onde está Doris quando preciso? Tirei a roupa do Angelo, vesti outra mais conf
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Sentimento tóxico.
KESIA MUNIZ — Eu nunca vou me apaixonar por você. Não se preocupe. — Respondi afiada. Ele rosnou e me puxou colando nossos corpos. Repetindo os mesmos movimentos de mais cedo no galpão. — Tenho certeza que sim. — Afirmou. — Fellipo Messina, sempre muito confiante. — Debochei. Me sentia mole e entregue. Não posso ser burra, ele talvez seja pai do bebê da prima. — Eu sei que você me quer. Assim como eu quero você... E esmagou meus lábios com os seus sem me dar tempo para recusar. Fui empurrada ficando presa entre ele e a parede. Lutei para afasta-lo, meu coração pedia por isso, distância. Mas ele não se movia e a proximidade impedia de chutar suas bolas. Fellipo chupava e lambia avidamente meus lábios, passeando com a língua entre os mesmos pedindo passagem. Parei de lutar, porém, não deixei que entrasse. Percebendo que não ia ceder, ele puxou meus cabelos com mais força, chegou a doer. Sabia o que ele queria que fizesse. Eis a dúvida: ceder ou fugir? Receosa, a
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Tolita
KESIA MUNIZ — Não pensei nada. Fica calma. — Ela riu, estreitei os olhos. — Se acontecer, faço gosto na união. — Cochichou divertida. Sorri sem graça e segui para o banheiro a deixando com Angelo. Tomei um banho demorado, lavei os cabelos. Quando sai, Doris ainda estava no quarto. Entrei no closet, vesti uma calça jeans branca e uma camiseta preta, calcei tênis, já com a intenção de ir para o galpão. — Vovó estou com fome. Doris sorriu encantada. — Vamos tomar nosso café da manhã então. — Pegou em sua mãozinha o conduzindo para fora. Os segui em silêncio. Na mesa, Fellipo estava levantando para sair. Mas parou ao nos ver. — Bom dia. — Ele murmurou para ninguém em especial, concentrado em alguma coisa no celular. — Bom dia filho. — Bom dia tio. — Angelo o respondeu entusiasmado. Fellipo desviou os olhos do aparelho e sorriu para ele. Um sorriso que aqueceu meu coração. — Bom dia campeão. — E o pegou no colo. — Me leva para passear tio. — Já passeou ontem
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Desafio aceito!
KESIA MUNIZ — Tchau. Até daqui a pouco. — Abracei mais uma vez meu pequeno e lhe dei vários beijinhos no rosto. Observei os dois irem em direção a um carro cinza, com dois outros de escolta. Passaram pelo portão de ferro e sumiram de vista. Parada na porta principal, notei o imenso jardim com árvores de copas altas, uma piscina grande, grama verdinha, muitas flores, fontes, bancos de concreto. Um parque particular, lugar muito lindo. Nesses três dias que passei aqui, ainda não tinha parado para ver o exterior da mansão. Alguns homens fortemente armados e de preto andavam de um lado para o outro perto do portão e dos muros, olhando tudo atentos. Mas em momento algum, vi nenhum deles me dirigir o olhar. Por isso o Fellipo nem se preocupa que eu possa fugir. Respirei fundo, pensando na minha família, louca de vontade de ligar para saber como eles estavam, se o maníaco tinha ido à minha casa fazer algo de ruim. Virei as costas e fechei a porta. Caminhei com cuidado pela ca
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Pagar pela vida.
KESIA MUNIZ Acordei do meu transe e cessei os movimentos, olhei para baixo. O rosto dele, não estava tão horrível assim, os lábios sangravam, o supercilio, o nariz, o olho... e só. Minhas mãos estavam esfoladas pela falta da luva. Mas não era nada que eu nunca tivesse experimentado antes. — Merda. — Praguejei levantando de cima do garoto. — Nossa... — ouvi ele sussurrar com a mão no nariz tentando estancar o sangue ainda deitado no chão. Os caras me olhavam com espanto. — Essa será a melhor Dama de todas. — Um deles disse baixo. Olhei em volta tentando achar quem tinha falado aquilo. Mas não consegui. Eu uma Dama? Dama do que diabos? Cada dia que passava ali, minha mente criava uma dúvida, que só se acumulava a outras. Virei para Olavo que ainda estava no chão. Estendi minha mão menos fodida. — Amigos? — demandei assim que ele a segurou e levantou com ajuda. — Depois de me dar uma surrar dessa ainda tem coragem de dizer isso? — resmungou enquanto o auxiliava a
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Palavras como facas...
KESIA MUNIZ Joguinhos psicológicos. — Não. A culpa é sua, que é um psicopata. — Eu não quero discutir com você. Aceita ou não? Fervi de raiva. — Me responda umas perguntas antes. E eu irei com você para Milão. — Propus tentando virar essa porcaria de jogo. — Pergunte. Não prometo responder. Revirei os olhos. — Você é realmente o pai do filho da Tolita? — Tolita? — repetiu surpreso. Merda. Deixei escapar. — Desculpa. É Lolita. Responda. Ele coçou a barba pensativo. — Não sei. Por isso ela ainda está aqui. — E se for? — senti meu peito apertar. — Não é da sua conta Kesia. — De repente ficou tenso. Será que ele teria que se casar com ela? — Só quero que saiba que só porquê talvez terá um filho com ela, não.quer dizer que tem que se casar. — Murmurei baixo. Não sei porquê senti vontade de lhe apresentar uma saída. Que eu aposto que ele sabe muito bem. Ele sorriu inclinando o corpo, acariciou minha bochecha com a mão enquanto mirava minhas íris. — Você não quer que eu ca
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Emoções pré-viagem
KESIA MUNIZ — Também te amo meu bebê. — Beijei a bochechinha dele e entramos. — Uau! — Encantou-se. A biblioteca era enorme, com prateleiras de livros que ia do piso até perto do teto. Deixei ele no chão e me aproximei de um sofá cinza sentando. — Escolha um livro e traz aqui. — Pedi. Ele sorriu e correu pela biblioteca procurando um colorido que chamasse sua atenção. — Esse mãe! Quero esse. — Dizia balançando no alto um livro pequeno com a "Bela e a Fera" na capa. Não sou contra contos de fadas. Porém não eram as histórias que costumava ouvir quando criança, meu pai lia documentários sobre grandes lutadores de MMA, eu e meus irmãos dormíamos sonhando em um dia fazer história como eles. Ter sido criada cercada de homens é diferente, minhas roupas são influência disso, as vezes eu vestia as camisas e bermudas do meu irmão gêmeo ou dos mais velhos que não serviam mais neles. Minhas brincadeiras nunca eram de boneca ou casinha, sempre de polícia e ladrão, skate, pipa, e
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Papai?
KESIA MUNIZ Na manhã seguinte, não tinha ideia de que roupas levar. Na dúvida, enfiei na mala as mais simples possíveis. E caso alguém nos veja juntos, vão pensar que sou uma empregada. Melhor assim, aí não vou estar sujando a imagem dele. Ninguém vai achar que sou algo a mais, até porquê, sirvo apenas como um brinquedinho, que ele gosta de manipular, e pior que consegue. Em uma mala separada, arrumei roupas para o Angelo. Tomei banho, fiz o mesmo com o mocinho que ainda estava mole de sono. O tempo estava frio, dava para ver pela janela de vidro do quarto a neblina densa sem chuva. Vesti uma calça jeans preta, coturnos igualmente pretos, blusa na cor vinho de mangas longas feita de lã quentinha. Penteei com os dedos o cabelo de lado. No pequeno vesti uma calça jeans preta, botas, camisa e casaco de moletom azul claro. Quase oito da manhã, Frances apareceu no quarto e me ajudou com as malas. — Frances, não se preocupe. Seu sobrinho está a salvo. — Quis esclarecer enquant
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