Ponto de Vista de Matilde Eu podia ouvir vozes me chamando, do céu, das nuvens. Como deuses. Mas eu estava sozinha, abandonada em algum tipo de terra desolada.Nada além de areia e plantas secas, queimadas pelo calor do sol. O sol estava tão quente que estava queimando meu corpo, eu podia sentir meu sangue fervendo. Como se eu estivesse sentada em uma panela de água fervente, incapaz de sair.— Matilde, fique conosco… — A voz majestosa de Diogo cobre o céu, seu desespero claro. Eu estou aqui, por que ele não consegue me ver aqui?— Diogo... Diogo, estou aqui, estou aqui embaixo... — Eu grito para as nuvens, me virando para ter certeza de que eu estava definitivamente sozinha.— Shhh, descanse um pouco, querida. — Sua voz emana dos céus novamente, como uma presença calma, enquanto o sol começa a esfriar, começa a se pôr. Deixando-me na escuridão, exceto pelo brilho da lua.Eu ando por milhas, tentando encontrar qualquer coisa... qualquer coisa. O que aconteceu? Onde estão meus filho
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