Beijar, entre mim e Bruno, já era algo que eu tinha me acostumado. Segurei seu rosto, imaginando que, como das outras vezes, um beijo suave nos lábios encerraria o momento, mas percebi que, dessa vez, o beijo não se concretizou. Eu entendia claramente que, fosse pelas palavras “de vontade própria” ou pelo olhar expectante dele, aquilo me pressionava de uma forma insuportável. Eu estava um pouco irritada.— Eu estou cuidando de você porque, afinal, você se machucou por minha causa. Guarde essas insinuações para você! Bruno abaixou os olhos e falou suavemente: — Eu não estou insinuando nada. Só pedi um beijo, já que você se feriu. Não é pedir demais, certo? De repente, fiquei sem palavras. — Ana, você está com medo, está fugindo, está se escondendo de mim. — Bruno falava com certeza. — Você me ama. Aquele perfume familiar invadiu minha boca de repente, e o jeito como ele me beijava parecia ter uma força agressiva, extremamente selvagem. Era como se ele quisesse provar s
Ler mais