No outono, o vento da noite em Cidade J já estava bem frio. Estremeci com o sopro do vento, e Bruno abriu o casaco, envolvendo-me em seus braços. Seu abraço era quente, e o cheiro era familiar para mim. Mas, naquele momento, meu coração não conseguia relaxar de jeito nenhum, e eu estava tomada por uma tensão insuportável. Quando certas emoções de um homem eram provocadas, era como uma chama que recebia combustível extra, e, por um tempo, a única solução era deixá-lo queimar até se esgotar. Mesmo que, naquele momento, estivéssemos bem em frente ao prédio onde morava sua noiva. Eu achava que ele estava completamente louco. Eu pensava que, quando Maia viesse abrir a porta, ainda teria tempo para prolongar essa situação, mas para ele, a porta era apenas um enfeite. Abraçado a mim, isso não o impediu de abrir a porta com a fechadura de reconhecimento facial. Quando viu minha surpresa, Bruno baixou os olhos e riu. — Essa casa já foi minha. — Eu não respondi, e ele acresce
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