Todos os capítulos do Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe: Capítulo 211 - Capítulo 220
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Capítulo 211
Meu coração doía imensamente. Meu filho estava prestes a partir, mas Bruno parecia tão alegre. Embora eu o tivesse enganado, ele também tinha culpa! A tristeza tomou conta de mim em um instante, e eu não conseguia aceitar qualquer tipo de intimidade com ele naquele momento. Mas era como se minhas forças tivessem sido sugadas; eu sequer conseguia ficar em pé. Todo o peso do meu corpo recaiu sobre ele, e Bruno achou que eu estava me entregando, que eu também estava comovida. — Bruno. — Recusei. — Não me toque, estou muito cansada. Ele levantou o olhar para mim, seus olhos cheios de desejo. — Eu sei, só vou te beijar, não vou fazer nada. — Ele sorriu, um pouco tolo. — Por mais que eu queira, não vou te tocar agora. Só é uma pena para mim, terei que esperar dez meses. Dei um sorriso fraco, sem lhe responder. Bruno me levou para a cama, e, com um único movimento, puxou minha roupa leve, rasgando-a. Ele disse seriamente: — Vou te ajudar a tomar banho, depois dormimos. Est
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Capítulo 212
Quando finalmente terminamos de lidar com os jornalistas, Bruno me levou para os bastidores. Gisele nos viu entrando de braços dados e ficou extremamente surpresa. Seu rostinho delicado quase transbordava de espanto, com os olhos arregalados.Ela elevou a voz em um tom quase estridente:— Irmão! Como a Ana veio parar aqui?!A reação de Gisele era um tanto cômica. Aquela que ontem se vangloriava para mim agora parecia desanimada. Eu ergui levemente o queixo e, com um tom sereno, expliquei:— Esta situação também me afeta, e depois de conversar com o seu irmão, decidimos que seria uma boa oportunidade para eu esclarecer algumas coisas também. Inclusive, posso aproveitar para falar sobre o processo que movi para Ursula e o marido dela.— Desculpe, Gisele, foi uma decisão de última hora. — Sorri gentilmente para ela. — Gisele, você não vai se importar, certo? Mas não se preocupe, o foco hoje será todo em você. Nada disso vai te atrapalhar.Gisele deu uma pisada forte no chão e, balançan
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Capítulo 213
Os lábios de Gisele tremiam, e seus punhos, já fechados, se apertaram ainda mais. Eu não tinha a menor dúvida de que, se não houvesse ninguém mais por perto, o soco dela já teria acertado meu corpo.Gisele ficou sozinha atrás de mim por um longo tempo, em silêncio. Eu não sabia o que ela estava pensando, mas dava para ver pelo seu estado que, finalmente, tinha se acalmado. Ela se sentou diante da penteadeira ao meu lado, e nossos olhares se encontraram no espelho. Seus olhos distorcidos pareciam afiados como uma faca, prestes a rasgar a máscara que ela normalmente usava.— Ana, embora eu vá para o exterior, não vai demorar muito para voltar. Você acha que papai vai aguentar muito mais tempo? No fim, quem vai mandar nessa casa será meu irmão, e ele vai me trazer de volta. Nós duas ainda teremos muitos dias juntas, só de pensar nisso, já fico feliz! — Ela apoiou o rosto em uma das mãos, virando-se para mim com um sorriso no canto dos lábios, voltando a exibir sua habitual inocência. Su
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Capítulo 214
— Ana Oliveira!Os olhos de Gisele brilhavam com uma fúria avassaladora, como se quisesse me reduzir a cinzas em um único instante. Ela estava completamente furiosa.— Você acha que só porque está grávida, isso vai te proteger? — Gisele estava tão irritada que praticamente pulava de raiva, mas sem ter o que fazer, só podia apertar os punhos e me lançar um olhar de ódio. — Não! Esse filho não pode ser do meu irmão! Você não pode ter filhos! Não é possível...— Gisele! — Interrompi-a, com o coração partido refletido no meu rosto. — Eu te considerei como uma irmã, como pode amaldiçoar o meu filho dessa forma?Meu coração batia descontroladamente, como se fosse saltar pela boca a qualquer momento. A porta já estava sendo lentamente aberta, e com o gesto dos funcionários, fomos indicadas a subir ao palco.Pensar no que estava prestes a acontecer me deixava incapaz de manter a calma, e eu mal conseguia conter as lágrimas que ameaçavam cair. Hebe, meu Hebe, será que você vai me culpar?Com
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Capítulo 215
Gisele, completamente desesperada, balançava a cabeça com força, suas mãos agitadas na frente do peito.— Não, não fui eu! Foi ela, ela caiu sozinha!Eu soluçava descontroladamente.— Como eu poderia machucar meu próprio filho? É o meu filho!Meu corpo tremia de tanto chorar, e Bruno segurou meu rosto com as mãos, e seus lábios frios tocaram minha testa em um gesto reconfortante.— Ana, vamos ao hospital primeiro, conversamos sobre o resto mais tarde.— Não! — Eu me debati em seus braços. — Eu preciso falar!Os jornalistas no auditório permaneciam em silêncio absoluto, suas câmeras e microfones capturando cada detalhe, cada palavra. Tudo o que Gisele e eu dissemos naquele momento estava sendo registrado, tornando-se uma prova inegável da sua maldade contra mim, sua cunhada. E assim, a história sobre Maia também não precisaria mais ser esclarecida. A verdade estava vindo à tona.Mas seria isso suficiente?— Gisele, você já armou contra mim antes, contratando um mendigo para me prejud
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Capítulo 216
Os olhos de Bruno pareciam conter muitas palavras. — Vamos primeiro ao hospital. Prometo que vou te dar uma resposta satisfatória! Meus olhos já estavam turvos, mas era como se, pela primeira vez, eu tivesse entendido algo no olhar de Bruno. Eu acreditava nele. Desta vez, ele realmente iria me dar uma resposta satisfatória. Olhei para Bruno e sorri. Respondi suavemente com um "sim", o suficiente para partir meu coração. Senti-me um pouco confusa enquanto ele me carregava para fora. A paisagem diante de mim passava rapidamente em um piscar de olhos, mas logo já não conseguia ver mais nada, restando apenas uma imensidão de vermelho. Eu estava incrivelmente consciente em meio ao meu desmaio. Não sabia se era um sonho, mas pensei em muitas coisas. Uma encenação... Por que tudo parecia ser uma encenação? A dor física era real, o fato de ter perdido meu bebê era real, a tristeza que sentia no coração também era real. Como eu poderia me distanciar de tudo isso e tratar como
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Capítulo 217
Abaixei o olhar e, quando levantei novamente, tudo o que restava em meus olhos era a determinação de me despedir do passado. — Sim, de forma consensual. — Respondi suavemente. Bruno permaneceu em silêncio. O funcionário, com paciência, perguntou novamente: — E o senhor? Bruno não respondeu de imediato, apenas virou a cabeça e me olhou. Seus olhos começaram a ficar vermelhos. Sob o olhar fixo dele, senti uma dor aguda no peito, e lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos, como se uma tempestade tivesse se formado de repente, me atingindo antes que eu pudesse me proteger. Depois de um longo silêncio, Bruno virou o rosto e respondeu com a voz rouca: — Consensual. O olhar desconfiado do funcionário nos percorreu. — Não acho que o relacionamento de vocês esteja tão destruído assim... Vocês parecem... Antes que ele pudesse terminar, Bruno e eu a interrompemos ao mesmo tempo: — Não temos mais sentimentos um pelo outro. — Não temos mais sentimentos um pelo outro. Uma c
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Capítulo 218
Eu olhei para Bruno, e nos seus olhos era impossível esconder a tristeza. Eu podia perceber a luta interna em seu olhar. O ponto dessa batalha era o fato de que a família que ele sempre desejou desde criança havia se desmoronado. Ele me chamava de cruel porque eu não levava em consideração seus sentimentos, não cedia a ele. Era exatamente isso que Pietro vinha repetindo várias vezes. As pessoas costumavam dizer que uma infância imperfeita exigia uma vida inteira para ser curada, e ele me culpava por não continuar ao seu lado, mantendo a fachada de nosso casamento fracassado. Por isso, ele achava que eu era cruel. Respirei fundo, forçando-me a reprimir a ardência que subia pelas minhas narinas. Eu jamais acreditaria que Bruno nutrisse qualquer tipo de sentimento por mim. — O que você disser, está dito. Levantei a mão e pressionei meus dedos contra a testa. Além do cansaço, o que me dominava era uma sensação de completa exaustão, tanto física quanto emocional. Eu já não via
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Capítulo 219
Uma hora depois, o vídeo de mim e Bruno nos despedindo por sessenta segundos na porta do cartório já havia sido postado online. No vídeo, a barra do casaco de Bruno esvoaçava, e a cena dele me olhando partir foi descrita pelos internautas como mais triste do que qualquer novela. [Quanta desesperança é necessária para ir direto ao cartório se divorciar logo após perder um bebê?] Quanta desesperança era necessário? Soltei um sorriso amargo. Esses internautas sabiam exatamente como cortar meu coração com uma faca. Algumas pessoas, curiosas sobre meu passado com Bruno, investigaram por muito tempo, mas só conseguiram encontrar o momento em que, na coletiva de imprensa da Gisele, eu e ele fingimos estar apaixonados. Havia um comentário no meu Twitter: [Essa foi a doçura que expirou mais rápido que já vi, nem deu para aproveitar.] Resumindo, o triste final do meu relacionamento com Bruno foi rotulado como falso. Eles diziam que tudo era mentira. Joguei o celular para o lado e fique
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Capítulo 220
O rosto inteiro de Bruno parecia ainda mais pálido sob a luz que vinha de cima. Ele não precisava fazer nada. Apenas ao me olhar daquele jeito e dizer essas palavras suaves, ele me deixava sem forças.Sem forças a ponto de me fazer sentir um desespero profundo.— Bruno, se você quiser, podemos nos sentar e ter nosso último jantar juntos, sem falar de mais nada.Não era que eu nunca tivesse lhe dado oportunidades, mas ele sempre escolheu outra pessoa.Ele disse que mandaria Gisele para fora do país, mas eu sabia que isso não seria fácil. Gisele havia se machucado de novo, cortou os pulsos. Sempre que Bruno a forçava a fazer algo que ela não queria, ela se feriria. Em Cidade J, mesmo que Gisele drenasse todo o seu sangue Rh, Bruno encontraria uma maneira de salvar sua vida. Mas no exterior? O que ele faria?Bruno não podia garantir segurança total para ela. Como ele teria coragem de arriscar a vida dela?Foi então que, tristemente, percebi: se entre eu e Gisele alguém tinha que se ma
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