Aquelas eram as palavras que Poliana havia se esforçado para sustentar anteriormente. Ela segurava o guarda-chuva, parada, observando o perfil dele, que se encurvava sob o frio. Seu coração se apertou levemente, uma dor sutil brotando de sua sensibilidade. Nos quatro primeiros anos de amor, tudo era doce; depois, dois anos de saudade intensa, e, por fim, dois anos de solidão e frieza na união. Ao todo, foram oito anos, repletos de lágrimas e sorrisos gerados pelo amor, mas a decisão de se separar também era, de certa forma, uma consequência desse amor que se tornou podre.Essa dor no coração era real, mas após alguns segundos, ela fechou os olhos com determinação e se afastou para ficar sob uma árvore alta, esperando que Gustavo se afastasse. Enquanto esperava, seu olhar se perdeu, e sua mente estava repleta de imagens confusas. De repente, ouviu:— Srta. Mendonça, o que você está fazendo aqui?Poliana voltou a si e viu Otávio, com uma mão no bolso, parado em um pequeno caminho nã
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