LuizaEu me sentia presa, como se o peso do passado e o medo do futuro me esmagassem. Sentada naquele café, o aroma do café fresco parecia distante, quase irrelevante. Will estava sempre presente, mesmo quando não aparecia fisicamente. A ameaça pairava no ar, e eu sabia que fugir não era uma opção.Kalil entrou no café com seu jeito determinado, o olhar atento. Ele sabia que eu precisava de ajuda, sabia que eu estava em um momento crítico, mesmo sem eu dizer uma palavra. Sentou-se em frente a mim, suas mãos sobre a mesa como um gesto de conforto.— Precisamos conversar, Luiza — ele disse, sem rodeios.Eu suspirei. Sabia que ele estava certo, mas também sabia que falar sobre Will e o caos que ele causou na minha vida era difícil. Eu só queria, por um momento, fingir que tudo estava bem. Mas Kalil sempre foi aquele que me puxava para a realidade, e eu precisava disso agora.— Sei que você quer seguir em frente — ele continuou, sua voz firme, mas compreensiva. — Mas enquanto Will estiver
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