Os olhos avelãs de Astryd ganham os mesmos pigmentos avermelhados dos meus. Os cabelos antes negros, clareiam da raiz às pontas, assumindo a coloração platinada da minha. Ao me dar conta do que estava acontecendo, gargalho, numa mistura de diversão e escárnio.Ela permanece em silênio no canto da câmara. Suas lágrimas são de sangue, mas confundem-se com o sangue abundante que escorre da ferida. O castelo para de tremer ao mesmo tempo que a dor desaparece. Minhas feridas se curam rapidamente, as dela, não. Assim que me levanto e caminho na direção da garota, ela se encolhe ainda mais, apavorada. Eu me sentiria culpado por aquilo se fosse capaz de sentir remorso. — Me desculpe por isso. — Falo por cordialidade. Humanos apreciam isso, mesmo que não seja honesto. Tento me aproximar de Astryd, mas ela não reage tão receptiva à minha tentativa. Pelo contrário, se ela conseguisse abrir um buraco na parede para se esconder de mim, provavelmente o faria. Quero rir, mas não posso. Ela não rea
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