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Todos os capítulos do Sonhos Quebrados: Capítulo 341 - Capítulo 347
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Capítulo 4 - Conto de Natal
Meus olhos ficaram marejados. Em minha língua senti a sua carne pulsar. Os olhos dele me encaravam sérios, com semblante enrugado. Victor desacelerou as investidas e me permitiu respirar. Suas pálpebras se fecharam e eu vi os seus músculos tensionarem. Olhou-me novamente e gemeu.— Vou gozar. Beba todo o meu leite e não desperdice nada! — Sua voz soou grave e levemente rouca.Tornando a investir mais rápido, ele gozou, enchendo a minha boca. Um pouco do seu gozo escorreu pelo canto dos meus lábios, pingando no tapete. Victor percebeu imediatamente.Engoli o seu leite espesso e ele se distanciou, retirando o membro da minha boca. Deu um passo para trás, ofegante.— Você desperdiçou. — Sua voz soou zangada.— Foi sem querer. — Mordi a parte interna da minha bochecha tentando conter um sorriso.Victor umedeceu os lábios e apanhou à palmatória à sua direita. Engoli em seco.— Lamba. O chão — falou pausadamente.— O quê? — Eu lamberia, é claro. Lamberia até mesmo se tivesse pingado sobre t
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Capítulo 5 - Conto de Natal
Nós comemos os biscoitos e bebemos todo o leite. As meninas pediram para que o pai colocasse músicas de Natal e assim ele fez. Nunca na vida imaginei uma mulher mandando em Victor, ainda mais duas. Isso é um pouco engraçado.Nós terminamos de pintar os discos de madeira e deixamos sobre o bar ao canto da sala, secando. Mary deitou-se no chão para desenhar. Segundo ela, estava fazendo os nossos presentes de Natal. Louise me pediu colo e nós nos sentamos no sofá. Os seus pezinhos descalços estavam gelados e eu os coloquei debaixo no meu suéter de lã. Ela riu e aninhou-se mais em meus braços.Victor surgiu vindo do escritório, como uma caixa enorme nas mãos. Eu sabia o que tinha ali dentro, mas as meninas nunca tinham visto aquilo antes. Ficaram curiosas e acharam que o Papai Noel já havia passado.Ele se sentou ao meu lado e abriu a caixa. As meninas olharam curiosas, apanhando as fotografias que havia ali dentro.— O que pretende fazer com essas fotos? — perguntei.— Deixar esse Natal
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Capítulo 6 - Conto de Natal
Há algumas semanas, ele estava namorando uma digital influencer da qual não gostávamos muito. Então após o término conturbado, o qual o motivo não sabíamos, disse que passaria o Natal longe de casa e foi para o México há uma semana.— Noivos? — perguntei um pouco chocada.— É — respondeu Caleb, engolindo em seco. Ele estava nervoso.— Você está grávida? — Victor perguntou para a menina, sem delongas. Eu o cutuquei com meu cotovelo, encarando-o com reprovação.— Não, pai. A Maria não está grávida.— Por que ela não fala? Ela não sabe inglês?A menina estava nervosa. As mãos se contorciam. Apesar de parecer que não entendia nem uma palavra, entendia que a situação estava ficando tensa.— Não. A gente pode conversar em espanhol?— Acho que primeiro nós dois devíamos ter uma conversinha em particular. — Victor usou um tom rude. Maria deu um passo para trás, quase se escondendo atrás de Caleb.— Okay! — disse, batendo as palmas e chamando a atenção de todos para mim. — Todos tranquilos. ¿U
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Capítulo 7 - Conto de Natal
Deixei a sala e subi para o quarto. Victor estava no banho. Quando saiu e viu-me sentada na beirada da cama, encarando as caixas sobre as minhas coxas, ele se aproximou. Nu.Parou à minha frente, com o pau a um palmo de distância da minha face. Olhei para ele e ri.— O que tem nas suas mãos? — perguntou curioso, secando os cabelos com a toalha.— São presentes para as meninas. Enviados pela Eliza.Ele parou o que fazia e encarou-me com o cenho franzido.— Me dê isso! — ordenou, jogando a toalha no chão.Entreguei as caixas para ele, que abriu uma e depois a outra.— O que tem aí?— Bonecas de pano. Fotos minhas e... uma carta.— Posso ver?Entregou-me as caixas.As bonecas eram lindas, feitas à mão. As fotos me fizerem sorrir. Era Victor quando mais novo. Os cabelos ainda escuros, pele sem rugas, sorriso contagiante como ainda é.Victor apanhou a carta e a abriu-a. Não era para as meninas. Era para ele. Em silêncio, a leu sentado ao meu lado. Quando acabou, colocou-a de volta no envel
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Capítulo 8 - Conto de Natal
Após o café da manhã, subi para me arrumar. Quando desci, encontrei as meninas dependuradas no avó que estava de pé no meio da sala, ao lado da Chloe. Eles já eram esperados para esse Natal, mas haviam chegado mais cedo. Eu adorei a surpresa. Isso significava mais tempo com o meu pai e sua nova esposa. Depois de mais algum tempo, as surpresas na manhã de Natal não pararam. A cada vez que a campainha tocava, eu entrava em completa euforia. Victor não havia apenas planejado uma ceia de Natal. Ele havia planejado uma grande festa. Clarice, Grace, Sasha, Maggie, Kim, Penny... Estavam todos ali. A casa estava cheia, barulhenta e feliz. Eu não tenho ligação sanguínea com nenhuma dessas pessoas. Mas não é preciso ter para que sejam a minha família. Para que eu os ame! Mary e Louise estavam tão eufóricas quanto eu. Elas ganharam mais presentes do que no aniversário. Rasgaram todas as embalagens e se divertiram com tudo o que ganharam. Mary me pediu a câmera e tirou muitas fotos, até que o
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Capítulo 9 - Conto de Natal
Todos voltaram a conversar e a rir. Olhei para Grace e ela sorriu para mim, colocando um pedaço do frango na boca. O sorriso chegava aos olhos que me diziam que ela sabia exatamente o que estava acontecendo ali. Senti meu rosto ruborizar e um pouco de vergonha.Durante todo o jantar vieram ondas de calor. Eu estava quase correndo para fora de casa e rolando na neve. Victor ligou e desligou aquilo inúmeras vezes. Enquanto comíamos a sobremesa, achei que gozaria. Meus olhos se fecharam e eu suspirei, cruzando as pernas. O quanto depravado e inconsequente era isso que estávamos fazendo?— Gostou da sobremesa, querida? — perguntou a minha avó quando grunhi baixinho.— Ah, ela gostou muito. Está até vermelha — disse Grace, cutucando de leve Penny com o cotovelo. Ela olhou para mim, franziu o cenho e depois sorriu. As duas se entreolharam e deram uma risadinha.Nós acabamos e seguimos para a sala. Parei atrás do sofá e agarrei o seu encosto, respirando fundo e tentando manter a pose de não-
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Capítulo 10 - Conto de Natal
Aquela não foi a última noite do Victor. Vieram algumas outras depois. Noites de prazer, amor e até um pouco de tristeza. Porém, aquele foi o nosso último Natal. O último que o tive ao meu lado. Que trocamos presentes. Que dissemos eu te amo ao pé da árvore. É estranho e é cômico como não sabemos nada sobre o amanhã. Embora a gente planeje o dia seguinte ou o ano seguinte, em um minuto tudo pode mudar. Seu planos podem ser arrasados por um tsunami. Por um coração que decide não mais bater. Naquele Natal eu aprendi algo antes que fosse tarde. Aprendi que todos os dias são especiais e que, sim, é preciso construir memória afetivas. Elas são primordiais para ajudar na saudade. A saudade a qual não se mata com uma ligação, uma visita. Seis meses depois daquele fim de ano, Victor nos deixou. Deixou esse mundo para viver uma vida melhor em outro lugar. Talvez na companhia da minha mãe. Talvez na companhia dos seus pais ou, até mesmo, da sua primeira esposa. Eu sei que ele a amou muito. E
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