Ao ouvir o que Esther disse, Marcelo franziu as sobrancelhas, um gesto quase involuntário. Não conseguia evitar a sensação de que suas palavras carregavam uma certa ironia. Olhando para ela do outro lado da mesa, ele sentia que, apesar de estarem fisicamente tão próximos, havia uma distância emocional imensa entre eles. A mesa de jantar nem era tão grande, mas o espaço que parecia existir entre os dois era vasto demais. Ele respirou fundo, tentando dissipar essa estranha sensação, e disse com a voz firme:— Esther, senta mais perto de mim.Ela não hesitou. Puxou a cadeira e se aproximou dele. Com delicadeza, pegou um pouco de comida e colocou no prato dele, dizendo com um sorriso suave:— Por que você ainda não comeu? Não gostou do que eu fiz?Marcelo observou enquanto ela colocava a comida em seu prato. Ficou em silêncio por um instante, fitando Esther com um olhar pensativo, antes de pegar os talheres e, finalmente, responder:— Eu já te disse antes, não disse? Tudo o que você faz, e
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