Quanto mais Marcelo demonstrava suas suspeitas, mais Esther sentia o coração acelerar, como se cada batida estivesse denunciando seu nervosismo. Ela respondeu com uma voz firme, mas não desprovida de cautela:— Meus pais sabem que eu adoro caranguejo, então sempre fazem quando eu volto para casa. Acho que de tanto comer, acabei enjoando. Hoje, simplesmente não estava com vontade. Por que essa preocupação repentina com o que eu como?Marcelo ergueu os olhos na direção dela, o olhar intenso, mas agora suavizado por um toque de carinho. Com um gesto lento e terno, ele afastou uma mecha solta dos cabelos de Esther, ajeitando-a delicadamente atrás da orelha. — Não é nada demais, só notei que você tem mudado bastante ultimamente. — Ele fez uma pausa, a voz baixa. — Contanto que esteja tudo bem, não tem problema. Mas, Esther... Só quero te pedir uma coisa: não esconda nada de mim.Esther olhou para a mão dele, ainda próxima, sentindo o conflito entre a ternura de Marcelo e a sombra de descon
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