Assim, que atravessou o hall de entrada e virou-se em direção à sala de estar, a primeira pessoa que viu foi Edgar. Ele se levantou às pressas, sorrindo nervoso para ela. Ali também estavam a mãe da Barbara, Cássio – que tinha um sorriso tão grande quanto o do seu pai – e Miranda. A mulher tinha um olhar raivoso e queixo empinado, dando-lhe um ar de soberba.— Oi, Barbara. Como você está? Não lhe vejo desde a noite do seu acidente — disse Cássio, aproximando-se dela com a mão estendida.— Estava melhor naquela noite — disse com frieza, apertando a sua mão.Cássio desfez o sorriso e percebeu que ela estava com um olhar indiferente, frio. Notou as olheiras abaixo dos olhos, a aparência miúda e abatida. Sorriu sem graça, e afastou-se.— Eu vou pedir que tragam um champanhe — falou Carlos, parado ao lado da filha. — Sorria. Isso aqui não é um velório — sussurrou para ela, que o encarou sem expressar nada.— Tem certeza? — ela perguntou.Ele ficou um tanto irritado, mas nada fez ou disse.
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