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Todos os capítulos do Ele é o Diabo: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Tuca— Olá, Richard! — digo cordialmente, me aproximando do colega de trabalho.— Vitória! — Ele me responde com um tom seco, esvaziando a sua xícara e vai até a pia onde a deixa o objeto.O que dizer do comportamento do meu colega de trabalho? Competitividade é tudo.Provavelmente ele ainda não aceitou o fato de ter perdido a conta para mim. Entretanto, tento me aproximar amigavelmente outra vez, mas ele me dá as costas e sai da copa. Respiro fundo e me concentro em terminar o meu café.***Ainda estava escuro quando o meu despertador rasgou um triiiiiim que quase me matou do coração e puta da vida joguei o objeto para fora do cômodo, o fazendo parar com o som estridente imediatamente.Preciso pôr um lembrete de comprar um despertador mais sofisticado. Penso saindo da cama e sentindo o meu corpo se arrepiar no mesmo instante por conta do frio do início de manhã. Sério, nem a minha avó usa um desses hoje em dia.Olho pela janela de vidro do meu quarto e suspiro desanimada para o pé d'
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TucaFoi tudo que ele disse de uma maneira sôfrega e se arrastado pelo banco até ficar quase deitado lá. Rapidamente me livro do cinto e me viro para olhá-lo lá embaixo.— O Javier se casou, pronto, falei! — Mirela desembucha do meu lado e eu o encaro perplexa.— O QUÊ? — Um grito exasperado passa pela minha garganta.Sim, eu gritei.Como assim o Javier se casou, com quem, como e onde? — Como porra isso aconteceu? — questiono perplexa e pausadamente.— Você sabe, ele bebeu todas, saiu da festa com uma garota e… voltou para o hotel casado.Faço um O com a boca.— Cacete, e a noiva? — Seguro uma boa gargalhada.— Sabe aquele filme, Se Beber Não Case? — Val gargalha alto dentro do carro. — Foi quase aquilo. Estávamos tomando café na sala quando os dois começaram a gritar dentro do quarto. Nós corremos para socorrer a vítima e adivinha? — Mais gargalhadas e dessa vez das três mulheres. — A garota estava toda assanhada com uma maquiagem toda borrada e usando apenas uma calcinha branca f
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TucaLouren White não fazia parte do meu clube de amizades até eu conhecer o Alec. Eles eram realmente grandes amigos, mas não do tipo confidentes, porém, estavam juntos em tudo que é festa. Ela não é uma garota ruim e de alguma forma construímos uma espécie de laço com o decorrer dos meses. Quando o Alec e eu acabamos o noivado confesso que me surpreendi com a sua visita cordial, com o seu abraço amigável e ainda mais com suas palavras de apoio. Enfim, o meu único receio de ir até a sua casa outra vez é de rever quem eu quero evitar a todo custo.— Está na hora de erguer a sua cabeça, Tuca.Penso alto, me afastando da penteadeira e vou para frente de um espelho de corpo inteiro. Observo atentamente o vestido negro, curto e colado ao meu corpo de uma forma graciosa, com um decote canoa e que tem um decote profundo coberto por uma fina e delicada tela da mesma cor. Passo a mão na faixa larga com umas listras finas, com os tons de dourado e preto, e sorrio satisfeita para o que vejo.Co
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TucaApós me sentir abandonada pela segunda vez essa noite, decido ir para uma mesa de bebidas e após me servir passo o olho pelos convidados a procura dos meus amigos. No entanto, paro bem em cima de um moreno extremamente alto e forte, usando uma camisa de mangas longas colada no seu corpo. O jeans escuro que está usando deixava pouco para a minha imaginação e ele está acompanhado de uma ruiva que conversava praticamente se jogando em cima dele. Levo o copo para a minha boca, porém, paro assim que a borda encosta nos meus lábios, quando ergo um pouco mais o meu olhar e encontro um par de olhos cor escuros me olhando com intensidade.— Que merda ele está fazendo aqui? — resmungo baixinho para ninguém em especial. Penso em sair do meu lugar e ir procura dos meus amigos, porém, o meu corpo em um ato de rebeldia simplesmente não se mexe. Bebo um pouco mais da bebida e tento desviar os meus olhos.Porra, eu estava encarando o meu cliente que está envolvido em uma conversa animada com uma
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Tuca— Não te interessa, Peterson! — ralho áspera. — Que tal você descobrir o que a ruivinha ali está pensando, enquanto o seu namorado está literalmente flertando com outra garota? — O provoco, mas ele rir de mim outra vez. Foco nos dentes perfeitamente alinhados.Penso em sair e deixá-lo no vácuo, mas Gustavo segura o meu braço e aproxima a sua boca do meu ouvido, sussurrando em seguida:— Ela não é a minha namorada e só para você saber, pode ter certeza de que terei bons motivos para ir para cama essa noite. — Engulo em seco e ergo minha cabeça, encontrando os malditos olhos intensos outra vez.Sorrio amplamente e decido deixá-lo no vácuo, saindo dali porque eu me recuso fazer qualquer comentário sobre o que acabara de falar. Contudo, à medida que me afasto, escuto o som da sua maldita risada.***Na manhã seguinte…Sorrio languida, esticando-me e sentindo a maciez do colchão debaixo de mim. Então abro uma brechinha de olhos e encaro um dia claro com um sol brilhando preguiçosamen
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TucaSão oito e meia da manhã e eu estou entrando na empresa com passos rápidos demais, segurando um imenso copo de isopor cheio de um líquido esverdeado que a Val fez para mim. Os óculos escuros escondem as minhas olheiras pois mal tive tempo de me maquiar. Então vocês já podem imaginar que eu estou estupidamente atrasada para o meu primeiro dia de trabalho no início da semana, e tudo devido a uma competição boba de margaritas.É lógico que isso só aconteceu porque eu não consigo dizer não para um maldito desafio.O lado bom? Eu ganhei quinhentos dólares com essa brincadeira boba.O lado ruim? Perdi a hora do trabalho, estou com uma puta ressaca e estou um bagaço também. Juro que eu trocaria o meu prêmio por uma cama macia e mais algumas horas de sono.Assim que as portas do elevador se abrem respirei fundo e forço um sorriso, cumprimentando a todos pelo largo corredor. A cabeça de May parece que vai sair do seu pescoço quando ela se estica para me olhar passar apressada pelo corredo
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Tuca— Você viu quem está aqui na empresa? — Sidney pergunta, entrando na minha sala. Ela parece bem empolgada com a novidade.— Não, quem?— Gustavo Peterson. Deus do céu, que homem gostoso é aquele? Acredita que ele fez o andar inteiro parar? A mulherada parecia se derreter quando o homem passava.Reviro os olhos para o seu comentário, mas não consegui evitar de esticar o meu pescoço para tentar vê-lo através do vidro transparente da enorme janela na minha frente. Ele está na sala do meu chefe e ambos estão conversando animados.— O que será que ele veio fazer aqui? — indago sem tirar os meus olhos de cima do meu cliente que esbanja um lindo sorriso espontâneo. Observo os seus cabelos bem arrumados, a camisa que desenha com perfeição um peitoral malhado e as mangas curtas que oprimem os braços fortes.Suspiro baixinho e bem sutil.— Ainda faltam duas horas para a nossa reunião. — Completo.— Não faço a menor ideia, mas eu sei que Ramon também não o esperava.— Ah, não? — Desvio rapi
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Tuca— Ora quem diária, Vitória Andrada? — A voz fina de July cantarola, enquanto os seus olhos correm de cima a baixo pelo meu corpo. Agradeço a Val mentalmente pelo maravilhoso suco que sugou cada gota de álcool do meu sangue. E sim, eu estou plena, vigorosa, no auge da minha beleza e sorrindo para esse projeto de gente.— Nossa, vocês dois por aqui tão cedo? A lua de mel já acabou?Não seguro um malicioso tom de deboche.— Pois é, essa é a desvantagem de ser a esposa do vice-presidente da StarBooks. — Seu sorriso se amplia.Grande coisa! Resmungo mentalmente.— Você sabe, muito trabalho para o Pochicho me mimar bastante. Não é, Pochicho?Pochicho? Que diabos de apelido é esse? A ariranha começa a alisar o rosto do Alec e ele parece forçar um sorriso para aquele gesto. Então ela segura em cada lado da sua cabeça e o puxa para um beijo, praticamente enfiando a língua dentro da boca dele. Eca, ela acabou de estragar todos os deliciosos conceitos de um bom beijo na boca para mim. Juro
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TucaJantar em família sempre foi algo que eu amava fazer antes de a minha vida se tornar essa comédia da vida real. Na mesa rolava de tudo. O dia cansativo de trabalho do meu pai, o dia tranquilo de dona de casa da mamãe, as fofocas da vizinhança e tinha a Karen sempre tentando impressionar os nossos pais. Eu não ligava muito com isso, até porque eu gostava da minha vida do jeito que ela era, mas fazia com que ela pensasse que me incomodava, assim ela continuava com a sua luta incansável para chegar ao topo.Apesar de ser gordinha eu não tinha limites e estava metida em quase tudo do currículo escolar, fora o futebol, pois vamos e convenhamos que de bola só bastava uma no meio do campo, certo?Brincadeirinha!Enfim, como mencionei no início desse capítulo, eu amava esses jantares. Não é que eu não goste mais, eu só acho chato que após dois anos sem fazer isso - pois eu tinha uma vida resumida entre o trabalho e o meu ex, tudo parece tão estranho agora. E depois do término, eu sou uma
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TucaMinutos depois…— Me ajudem a pôr a mesa, meninas.Donna pede com um sorriso enorme nos lábios. Portanto, vou até o balcão e pego uma vasilha transparente com um formato de meia cuba, cheia de salada e observo a Karen segurar uma travessa com as panquecas recheadas do outro lado, enquanto mamãe leva a outra travessa com o arroz de forno. Em cima do balcão tem um pequeno bolo de dois andares com um tipo de glacê branco e suas bordas têm um franzido delicado, mas são as flores com tons suaves que dão um lindo colorido para o bolo. Karen me lança um olhar cúmplice e sorrir para mim.— Ela gosta mesmo disso, não é? — resmunga.— Parece que sim.Saímos da cozinha direto para a sala de jantar e ajudamos a pôr os pratos na mesa de seis lugares. Não demora muito para ela ficar recheada de pratos deliciosos e logo ocupamos os nossos lugares. Minutos depois, parece que voltei alguns anos da minha vida no tempo. É como se eu nunca tivesse saído de casa realmente, como se eu ainda fosse a Tu
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