Todos os capítulos do Apaixonada pelo Advogado do meu ex-marido: Capítulo 21 - Capítulo 30
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A verdadeira Anya
Após o incidente da bolada, Nikolas acompanhou Max e Anya até a casa ocupada por ela, aguardando na sala enquanto o menino tinha o short molhado trocado. Quando saíram do quarto principal, Max estava encolhido no colo de Anya.— Meu amor, lembra o que te pedi? — Viu o menino balançar a cabeça em sinal positivo, um fungado entregando o choro que persistia desde a bolada.— Desculpa senhor Nikolas — o menino disse choroso, os braços agarrados à mãe, o rosto escondido no ombro dela. — Desculpa machucar o senhor.A voz morrendo a cada sílaba, trêmula e molhada o fez sentir-se culpado e não vítima do ocorrido. Aproximou-se. Ergueu uma sobrancelha quando Anya recuou abraçando Max com mais força, os dedos afundando nos fios cacheados do filho.— Está tudo bem, Maximilian — disse gentil, as mãos afundando nos bolsos da calça, sem dar mais nenhum passo. — Foi só um susto. Sei que não fez de propósito.A cabeça do menino girou em sua direção, encarando-o com arregalados olhos cheios de lágrimas
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Não gosta de mim
No domingo, enquanto Anya estava ocupada revisando o trabalho da faxineira que trabalhava no domingo, sentado no sofá, Nikolas fez companhia para Max na sala de estar.Depois de tudo que viu e ouviu no dia anterior, sentiu-se menos incomodado por monitorar as visitas assistidas entre Anya e Max, e estava intrigado a respeito do relacionamento dela com o ex-marido e o filho. Até tentou conversar com ela, retirar mais sobre o motivo do divórcio e a insistência em querer o filho longe do ex, mas Anya era reticente e desviava de assunto.Observando Max agachado junto à mesinha de centro, desenhando em uma das folhas de sulfite que Anya deixou para o menino se distrair, enxergou uma oportunidade.Ao se abaixar, sentar no tapete ao lado do menino e usar os anos lidando com todo tipo de família para extrair as informações que necessitava, disse a si mesmo que o fazia a pedido dos Hoffmann. Tinha de atender ao pedido deles para buscar o melhor para o único neto.— O que está desenhando? — ini
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Logo, logo
Dirigindo em direção a mansão dos Hoffmann, de tempo em tempo Nikolas observava Max pelo retrovisor. O menino, sentado na elevação de assento do banco traseiro, fungava baixinho e cobria o rosto com as pequenas mãos, as lágrimas escorrendo sem parar desde que foi separado da mãe novamente.Em seu trabalho era acostumado a ver cenas parecidas, mas nunca esteve tão envolvido quanto naquele caso. Havia algo em Max que o afetava mais do que deveria, em grande parte por lembra-lo do motivo de sua especialização. Culpou a preocupação e o incomodo com o choro persistente ao fato de que não monitorou nenhuma visita antes, e tampouco foi íntimo de qualquer um dos lados para os quais trabalhou. Distanciamento sempre foi seu mantra.— Maximilian! — chamou ao parar em um sinal, aguardando o menino erguer o rosto inchado pelo choro antes de dizer para animá-lo de alguma forma: — Logo, logo você vai se reunir com a sua mãe. E sabe o que vamos fazer então?O menino sacudiu a cabeça em negativa, esfr
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Distância profissional
Os beijos e carícias que compartilhavam eram carregados de anos de emoções reprimidas, uma fuga momentânea em meio ao caos. No entanto, a realidade não tardou a se impor sobre Anya ao ouvir o pedido dele.A onda de desejo recuou, dando lugar à razão, e ela se afastou bruscamente, levantando-se do colo dele com o coração acelerado, o rosto em chamas e os lábios inchados pelos beijos trocados. Sem falar uma palavra e nem olhar para trás, começou a caminhar apressadamente em direção à casa de hóspedes em que morava agora.Passada a surpresa, sem entender o que havia acontecido, Nikolas foi atrás dela, determinado a entender o motivo daquela repentina mudança de comportamento.— Anya, o que aconteceu? — Segurou o braço dela, impedindo que entrasse na casa.— Vá embora e me deixe em paz! — ela exigiu sem olhá-lo. — Me deixei levar pelo momento, por uma busca tola por consolo, mas isso não voltará a acontecer — sentenciou com firmeza.Atordoado, ele não queria deixá-la ir, não quando sentia
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Tenha cuidado, ok?
Ajustando a gravada, Nikolas entrou na garagem da mansão dos Oliveira, onde três carros luxuosos estavam alinhados. Seus pensamentos presos à noite anterior, ao turbilhão de emoções que necessitava anular, e a culpada estava a poucos metros de seu carro.Parada ao lado do carro de sua mãe, Anya conversava com o motorista, a postura rígida e a expressão centrada.Aproximou-se lentamente.— Algum problema com o carro da minha mãe?Anya se virou ao ouvir sua voz. A intensidade do olhar partilhado entre eles trouxe de volta cada momento do beijo na noite anterior. Tentando manter a compostura, ela sorriu levemente, numa tentativa de parecer despreocupada.— Será levado para manutenção. Dona Clara ficará sem ele por dois dias. Já acionei o seguro e estava informando o motorista sobre a troca de carros que ocorrerá esta tarde. — Se habituou rápido ao trabalho.— Administrar uma casa é bem parecido com administrar uma empresa. Algo que eu fazia antes de... bem, antes de tudo isso — comentou
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Homem de palavra
A semana se passou marcada por um silêncio pesado e olhares disfarçados. Anya e Nikolas, cada um à sua maneira, se dedicaram a esquecer tanto o relacionamento do passado quanto a recente recaída no presente.Anya mergulhava no trabalho na mansão, desempenhando suas funções com uma eficiência quase mecânica durante o dia. À noite, enviava currículos para diferentes empresas, determinada a encontrar um emprego que a tirasse da proximidade de Nikolas.Não queria ser ingrata, mas, por mais que gostasse de Clara e da casa em que morava, temia as consequências de permanecer perto de Nikolas.Enquanto nenhuma vaga a aceitava, se emprenhava em garantir não perder o emprego atual e, caso necessário, ter um lugar para ficar após os três meses de experiência.Nikolas, por sua vez, se afundou nos casos que representava. No escritório, sua concentração era absoluta, mas em momentos de distração, os pensamentos voltavam para Anya.Justificava sua fixação no fato de, em segredo, ajudar o sócio a pre
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Convite
A casa de hóspedes, onde Anya morava desde que começou a trabalhar como governanta, estava iluminada pela luz suave das lâmpadas e a mesa da cozinha posta com simplicidade, um bolo de morango, preferido de Max, pousado no centro.A alegria no rosto do filho sempre fazia valer a pena qualquer sacrifício. No entanto, a presença de Nikolas ao redor despertava uma mistura de sentimentos que tentava, sem sucesso, sufocar.O filho se empolgou assim que contou sobre o bolo e, para completa surpresa e horror dela, antes que pudesse evitar, ele virou-se para Nikolas.— Nik, vem comer bolo com a gente!— Filho, o senhor Nikolas deve querer jantar com a família dele — disse para escapar da situação. — Aproveitaremos só nós dois, tudo bem?— Pode comer o bolo e também jantar — Max disse se voltando esperançoso para Nikolas. — Vem com a gente!Mesmo percebendo o desconforto de Anya, Nikolas deu um passo à frente, os olhos escuros fixos nos dela ao responder calmo:— Adoraria aceitar seu convite Ma
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Não diga nada
O que ela desejava? Parada a poucos centímetros do homem que nunca saiu de sua mente, mesmo após cinco anos longe, Anya tinha várias opções de respostas, algumas preocupantes demais para serem ditas em voz alta.Abaixou o olhar, para afastar dos olhos dele e acabou focando na boca. Um arrepio percorreu sua pele, fruto das recordações de como era senti-la em seu corpo. Engoliu em seco, inspirou fundo e, em busca de forças para resistir e seguir em frente, moveu a atenção para a porta do quarto em que o filho dormia.Renovando sua determinação, cruzou os braços, tentando manter a compostura diante da presença imponente de Nikolas, dos olhos negros que sempre pareciam ser capazes de ler seus pensamentos. Felizmente, não conseguiam.— Não precisa levar o Max para nenhum passeio especial amanhã. Posso cuidar disso — sussurrou firme e calma.Nikolas inclinou a cabeça, seus olhos de ônix fixos nos dela, a intensidade de seu olhar fazendo Anya sentir um frio na espinha. Ele deu um passo à fre
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Não perturbe a moça
De manhã, a sala de jantar estava iluminada pela luz suave filtrada pelas cortinas translúcidas, o aroma do café recém-passado envolvendo o ambiente, a mesa repleta de variedade de pães, bolos, frutas e bebidas. Nikolas, sua mãe Clara e seu irmão Viktor estavam sentados à mesa, degustando o desejum preparado meticulosamente e servido com o acompanhamento diligente de Anya.— Anya, minha querida, hoje espero conhecer seu filho — Clara pediu lançando um sorriso gentil para a jovem. — Amo crianças e tenho certeza que ele deve ser um menino adorável.Anya hesitou por um momento, o rosto ficando ligeiramente pálido. Seus olhos se encontraram com os de Nikolas, que mantinha os olhos no prato, mas os ouvidos estavam atentos, presos em um interesse velado.— Sim, dona Clara — concordou, não tendo motivos para negar o pedido de quem tinha aberto tantas oportunidades, mesmo a pessoa em questão sendo mãe de Nikolas. — Max vai adorar conhecê-la.— Eu também estou ansioso para conhecer o Max — Vik
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Charme dos Oliveira
O sol brilhava suavemente sobre o jardim dos fundos da mansão Oliveira, o ar fresco e o aroma das flores envolveram Anya quando saiu da casa com o filho e Nikolas.Largou rápido a mão de Nikolas ao encontrar do lado de fora Clara e Viktor, ansiosos em conhecer seu filho.Como esperado, Max se apertou contra ela, escondendo o rosto em sua cintura, expondo sua timidez em relação a estranhos. Apesar de ser uma criança brincalhona, com estranhos Max ficava retraído. Por isso estranhava, e se preocupava, com o comportamento do filho em relação à Nikolas, a facilidade com que o tratava informalmente.— Estava ansiosa em te conhecer, Max — Clara comentou se aproximando. — Ouvi tantas coisas boas sobre você. — Ajoelhou-se, sua voz doce e calma. — Olá, Max! Sou Clara, mãe do Nikolas. Está tudo bem, querido.Anya acariciou o cabelo dele com carinho.— Max, meu amor, seja educado e cumprimente a dona Clara e o filho mais velho dela, o senhor Viktor.Max levantou o olhar timidamente, seus grandes
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