— Pense no que irá dizer a essa vadia, não comece a choramingar — Bernardo disse, olhando com desdém para Karen, que esperava por mim na porta do restaurante.Mantenho meu olhar baixo e assinto, concordando sem emoção. Não digo nada, só quero ter paz nesse momento para trabalhar tranquila e retrucar seria motivo para mais uma discussão.— Estou falando com você, responda quando falo com você! — Ele se irritou, mas não me tocou, provavelmente por estarmos em frente ao meu local de trabalho.— Eu não choramingo para ninguém, Bernardo — afirmei, minha voz tentando transmitir uma firmeza que eu não sentia.— Melhor assim. Agora vamos, desça — ordenou.Abri a porta do carro e saí, ele fez o mesmo e caminhou até mim. Como sempre, ele era muito gentil em público, segurando minha mão e caminhando ao meu lado até a entrada do restaurante. Sua mão, que me machucara tantas vezes, agora parecia suave, um contraste perturbador. Ele beijou minha testa e, em seguida, meus lábios.Juro que ultimament
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