Todos os capítulos do O filho do homem de Coração Sombrio : Capítulo 11 - Capítulo 20
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As noites sombrias
As malas de Helena foram levadas para um quarto menor, ali havia uma cama de casal, um banheiro e um guarda-roupa. Para ela era mais do que o suficiente.Enquanto isso Apollo tentava inutilmente falar com Cerberus.— Se acalme, ela pode não ter culpa, e o menino é mais inocente ainda.— Aposto que o pai é o cavalariço, por isso ele a deixa sair mesmo sem permissão, era gentil com ela sem pedir nada em troca, ou no caso, ela já dava a ele algo. — Cerberus se corroía com as especulações de sua mente. — Mas se ela pensa que lhe darei paz, que viverá aqui sem problemas, está muito enganada, desejará partir depois do que vou fazer com ela.— Cerberus, não pode machuca-la, culpada ou não, você não tem esse direito. — Apollo era a voz da razão naquele momento. Tentava chamar Cerberus a realidade.Quase a noite o motorista da mãe de Cerberus voltou, ele trouxe alguns itens de bebê. Roupas quentes para Helena e para o menino. Trouxe também um carrinho de bebê e um pequeno berço, conhecido como
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As flechas de Eros
Helena correu para fora do quarto, seus olhos estavam cobertos por lágrimas e ela estava pálida como uma folha de papel. Quando chegou na cozinha pôde finalmente respirar.Cerberus estava com seu bebê no colo, o segurava meio sem jeito, mas com cuidado.— O que deu na sua cabeça para pegar meu filho? Me devolva o meu bebê! — Helena estava furiosa, pegou a criança em seus braços e o abraçou.— Apollo o pegou, disse para segurar a coisinha enquanto ele buscava alguma coisa e não voltou.—Coisinha? Meu filho não é uma coisinha, é um menino, uma criança linda. — Helena respondeu enraivecida.— Pois deve se parecer com o pai, porque a mãe é muito feia. As palavras de Cerberus doeram fundo em Helena, ele mesmo se arrependeu, mas não sabia pedir perdão, não sabia como agir perto de Helena. Qualquer um diria para ele dar a ele o que recebeu, mas ele só recebeu dor, amargura, e tudo de ruim que um ser humano pudesse carregar, tudo isso estava impresso nele e era isso que tinha a oferecer.—
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A Suspeita de Hera
Pela manhã, Helena acordou aos poucos, sentiu algo passear em sua perna e quando abriu os olhos por completo se assustou.— Não grite! Estamos aqui! — Apollo disse.Ele estava com Eros em seus braços e viu que Cerberus estava próximo também pronto para agir.Uma cobra havia entrado na casa, não era venenosa, mas Helena se assustou. Sua respiração se tornou densa e ofegante. Ela fechou os olhos, desejou acordar fora dali.Cerberus se aproximou cuidadosamente, em um movimento rápido, ele pegou o animal pela cabeça e o levou para fora.— Helena, por que dormiu na sala? É mais seguro no quarto, com a porta e janela fechada. — Apollo perguntou lhe devolvendo seu bebê.— Ouço barulhos na janela a noite, saí do quarto assustada com os sons, vim dormir aqui, mas foi inútil. Cerberus voltou e sentiu-se mal. Helena estava trêmula, gelada e com a aparência abatida. As noites no sítio não estavam fazendo bem a ela.Helena preparou o café com o pequeno bebê em seu colo, ele estava agitado e não p
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Primeiro Beijo
Helena sentiu-se mais uma vez acolhida por Hera, ela não questionou, não fez perguntas íntimas insinuando ser mentira a versão dela.Hera saiu do quarto e chamou Apollo, tinha uma forte suspeita sobre o pai da criança. Ela contou o relato de Helena e sobre a sua suspeita.— É isso, a marca é idêntica a de Cerberus, acha possível? Acha que de alguma forma Eros é filho de Cerberus, é meu neto?— Não sei, pelas minhas investigações, Cerberus passou esses anos todos trancado, mas não sei dizer se era no internato. — Ele sabia, já havia confirmado com Cerberus essa informação.Sabia que ele cresceu preso no internato, dos abusos da diretora e do caçador, sabia também que Helena não mentiu, mas faltava uma parte da história, e essa parte foi preenchida com uma palavra, o inseminação.— Falarei com Cerberus, vamos tirar a dúvida e... Será bom, ele está magoado, por achar que Helena teve outro homem, mesmo que não seja o pai do Eros, tirar essa sombra devolverá a ele a inocência, o amor.Hera
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Noite tranquila
Cerberus tentou não fazer muita bagunça comendo, parecia um animal faminto. Sem modos, desesperado, as vezes olhava para Helena e parava, sentia-se tímido sob os olhos femininos.Depois de jantar Helena foi arrumar a louça da cozinha, mas Apollo não permitiu insistiu que ela deveria descansar, que depois de tudo que passou nas últimas noites pelo menos aquela tinha que ser tranquila.Ela entrou no quarto e colocou uma camisola bonita, notou a peça branca de cetim no dia em que chegou, foi presente de Hera, mas nunca pensou em usar, pois em sua mente Cerberus nunca a veria como mulher.Helena amamentou seu bebê e o trocou, deixo-o pronto para dormir, mas o menino estava bem acordado. A agitação da fome havia passado, ele havia dormido bem e agora estava com os olhos bem arregalados mexia os braços e as pernas alegre e rua quando Helena falava com ele.— Você tem que dormir meu bebê, já está ótimo, agora é só dormir... — Ela dizia e murmurava uma música, uma música da infância que não s
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Toque de amor
Depois de alguns minutos Helena saiu do quarto, fez o café e adiantou o almoço. Cuidava do filho enquanto isso e arrumava a casa.Ela notou que Cerberus a olhava, fingia procurar algo na cozinha e saía, parecia querer falar algo,as perdia a coragem sempre que se aproximava.Helena fez sanduíches, aquele seria o lanche da tarde, passaria sua tarde com o filho e com Cerberus.— Helena, já conhece a cachoeira? — Apollo perguntou no mesmo momento em que Cerberus passava pela sala.— Cachoeira? Não, nem mesmo perto do rio no internato eu já fui.— Que tal hoje, eu cuidar do Eros e você ir com o Cerberus conhecer o local, é muito bonito...Helena sorriu. Deixou Apollo pegar o bebê em seus braços, ele levava jeito com crianças e era amoroso com o menino.— Apollo... Onde está o seu bebê? — Helena perguntou deixando Apollo espantado e mais espantado ainda ficou Cerberus ao ouvir a pergunta.— Por que está me perguntando isso? — Notava-se uma pontada de dor na voz dele.— Você cuida do Eros co
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A culpa de Cerberus
Cerberus sorriu, achou tão doce, tão bonita a expressão... Não faria sexo com Helena, faria amor.— Helena eu não sei como... Sei o que é ser amarrado, acorrentado, ter as roupas tiradas a força, ainda sinto o gosto das drogas que aquela mulher me dava junto com o caçador, lembro das ameaças e da fome que passava quando mesmo drogado não queria fazer sexo com eles.Helena o abraçou, seu peito doeu, doeu profundamente por Cerberus ter crescido no mesmo lugar que ela, mas assim, sem um pingo de compaixão.— Não vou te amarrar, nem te prender, vou deixar você conhecer o meu corpo e quando se sentir seguro comigo, vou querer conhecer o seu.Cerberus sorriu, não tinha pressa, cada toque e carícia seria feito com calma e amor.Um vento um pouco mais frio agitou as águas e eles resolveram sair, sentaram molhados na toalha de mesa e Helena colocou o vestido, não fechou, apenas o usou para se proteger do frio.Eles comeram os sanduíches e logo partiriam para casa, mas Cerberus queria aproveita
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A fugitiva
Cerberus sentia a raiva fluir por cada poro de seu corpo, ele e Helena foram machucados, com risco de prejudicar Eros antes mesmo dele nascer.Hera falou ainda do exame de paternidade, queria ter a confirmação do que seu coração já sentia. Ela falou ainda de uma festa de casamento, viu os olhos de Helena brilharem com a proposta. Com certeza, Helena sonhava em ter uma cerimônia e uma festa de casamento.— Apollo está demorando, não está? — Hera disse enquanto devolvia Eros para os braços de Helena. Como psicólogo, Hera imaginou que ele fosse falar com um paciente, e que logo estaria de volta.----------Enquanto isso Apollo estava em apuros, o suposto trabalho era a morte de homem que aliciava meninas para prostituição. Como ele mesmo dizia, uma pessoa que valia mais morta do que viva, mas na verdade, era uma emboscada.— As escadas, ele subiu as escadas! — Um dos perseguidores dizia enquanto Apollo corria as escada de incêndio.Apollo já havia trocado tiro com vários homens, tinha ma
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Selene
Passaram-se três dias até Apollo ter alta e voltar para casa. Assim que passou pela porta, Helena foi até ele e o abraçou, Cerberus confiava nos amigo, mas Selene não sabia quem era a outra mulher.— Cuidado Helena, assim me machuca. — Apollo reclamou. — Essa é Selene, ela cuidou de mim esses dias.— Muito obrigada! Me chamo Helena, esse é Cerberus e o bebê é Eros.Selene sorriu, parecia que Helena e Cerberus eram uma família.— O que houve? — Cerberus perguntou.— Me ajude a ir para o quarto e conversamos... — Apollo pediu, em seu olhar estava clara a preocupação.Cerberus passou o bebê para os braços de Helena e seguiu com Apollo, enquanto Helena e Selene foram para cozinha. Apollo contou da emboscada e do perigo que ele corria, falou também que isso significava que Helena e Eros também estavam em perigo.— O que vamos fazer? — Cerberus perguntou preocupado.— Temos que saber quem e porquê, deve haver um motivo para isso. Por enquanto vamos cuidar da segurança, sua e da Helena.— E
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Incêndio
A noite parecia tranquila, em casa em família. Tudo aquilo era um sonho, um sonho bom demais para continuar assim.Hades descobriu a falha, soube quase que de imediato que Cerberus não participou do serviço de Apollo e pior, nem mesmo Apollo estava morto.Hades tinha um segundo plano, se Apollo estava acamado e Cerberus não saía de casa, o pegaria em casa mesmo...Hades contratou uma pessoa que faria o serviço, o homem se passaria por veterinário e assim faria aquilo que Hades não conseguiu antes.O plano parecia simples, matar Cerberus, pegar o bebê de Helena e receber a herança. Depois de tudo em seu nome, como guardião da criança, se desfazer dela era só mais um detalhe.Não passou nem mesmo uma semana, Selene estava ajudando Helena com o bebê, Eros flechava mais um coração.— Eu vou me deitar, leve essa sopa para Apollo, fará bem a ele. — Helena deu a sopa nas mãos de Selene e pegou o filho.No quarto, Helena deu banho na criança e depois o colocou no berço, olhava o filho dormir
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