Vitor, percebendo minha hesitação, gentilmente me guiou até o sofá, onde nos sentamos lado a lado, ainda em silêncio. Seu olhar estava cravado em mim, misturando preocupação e uma paciência que ele raramente era capaz de demonstrar com qualquer pessoa além de mim e Clara.— Luna, o que quer que seja, você sabe que pode me contar.Mas eu não podia, podia? Eu precisava refletir cuidadosamente sobre os rumos que eu precisava que aquela conversa tomasse. Se eu falasse sobre toda a armação de Marina e Eloísa, desde a gravidez falsa, eu teria que entrar no fato de que eu era a mulher largada sozinha no quarto daquele hospital e que teve a filha roubada. Eu teria que revelar, que a menininha que Vitor tanto amava e pensava ser sua filha, era, na verdade, minha garotinha. E eu não podia fazer isso.Por outro lado, ele precisava urgentemente saber sobre a arma&cced
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