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Todos os capítulos do Coração de Rubi: Capítulo 11 - Capítulo 20
20 chapters
Confraternização
Cristiano me acompanha até meu apartamento por mais que tenha dito para que ele ficasse com Peter lá fora ou que fossem juntos comer algo em algum lugar e jogarem conversa fora,mas o robótico não disse nada e continuou me perseguindo ao elevador,nos corredores e agora está parado em frente a minha porta enquanto destranco-a. Não gosto de ser observada,por mais que a Euforia tenha me preparado para qualquer coisa. Confio plenamente que se caso a máfia brasileira descubra que estou viva e venha atrás de mim,de que posso lidar com eles e proteger a minha vida. Essa ideia de segurança foi obra inteiramente de Susy e Scarlett com suas neuras. Ninguém sabe que estou viva. E posso cuidar de mim mesma. Não sou uma donzela em perigo que precisa de um príncipe ou seja lá o que esse exterminador possa ser,sou capaz de trocar uns tiros com os tiras e escapar.Entro no apartamento e tento fechar a porta,mas Cristiano impede com seus pés e invade a minha casa. Fico boquiaberta. O robótico se senta
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Minha parte ainda humana
Mais tarde,após muitas bebedeiras,o povo desmaia no sofá da sala,exceto por Cristiano que me ajuda a carregar Susy que estava jogada no meio do corredor e a colocamos em um dos quartos de hóspedes. Ela começa a roncar parecendo um porco e não consigo não rir. Fechamos a porta e me despeço de Cristiano que ruma para o quarto ao lado. Caminho para o meu e tranco a porta. Me jogo na cama sem sono e me remexo nela,até que por fim decido abrir minhas malas e pegar o maldito diário. Lembro que comecei a escrever essas cartas para suprimir a solidão que sentia e,de alguma forma,Marcos me parecia o único elo que ainda tinha com a minha vida antiga. Sei que existia Susy,mas ela era minha amiga da escola,não morava na minha rua tampouco conviveu com a minha família. Marcos tinha isso. Era o nosso amigo. Era o amigo de Ágata. Era o meu crush. Papai gostava dele.Me deito na cama e abro o diário,virando as páginas para o meu segundo relato em meio aos meus dias de treinamento na Euforia.02 de Fe
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O primeiro dia
Visto uma calça jeans e uma blusa branca,colocando um blazer por cima. Calço meus sapatos vermelhos e rumo até meu espelho,escovando os fios ruivos e remexendo-os em seguida. Susy bate na porta e me espera um pouco,mas posso sentir sua ansiedade há quilômetros de distância. Borrifo um pouco da loção francesa e me olho mais uma vez pelo espelho. É hoje,Rubi Jenner. Abro a porta do quarto e encontro minha amiga toda eufórica. Descemos até a sala e vejo Cristiano e Peter a postos. O robótico está usando roupas que o deixam com uma cara mais jovial,digo,não que ele seja velho,longe disso,mas não está com aparência de um exterminador do futuro. Peter está galante,continua usando seu uniforme de segurança e sorri para mim quando apareço na sala.Cristiano pega minha mochila no sofá e me entrega,rumando porta afora. Susy sorri e me deseja boa sorte. Pegamos o elevador e tiro uma selfie e posto nos stories. Meus seguranças permanecem calados,mas sinto que estão segurando um comentário que pod
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Primeiros Passos
Entro na sala e me apresento para o professor e a turma e desejo um ótimo dia,vejo Pâmella em meio a tantos rostos desconhecidos e noto sua animação para que me sente ao seu lado. Coloco minha mochila sobre a carteira vazia atrás da patricinha e largo um sorriso falso quando a morena se vira para falar comigo,pouco crente que o destino tinha nos colocado na mesma sala,mesmo período e mesmo curso. E não foi a porra do destino,”Pam”. Foi minha equipe.— Então você é a garota transferida que comentaram mais cedo?Abro a mochila e retiro meu material e coloco sobre a carteira.— É isso mesmo — digo.— Que demais! — Ela se vira para a frente e finge prestar atenção na aula e pega seu caderno e escreve algo nele. Pouco tempo depois ela rasga o pedaço de papel e me entrega.Olho para os lados e desdobro o papel,leio seu conteúdo e depois pego minha caneta preta e escrevo minha resposta que é um generoso sim. Pâmella estava me convidando para tomar um milk-shake com ela e as amigas metidas. P
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O começo de uma amizade
Pâmella me leva ao shopping antes do milk-shake e me arrasta em quase todas as lojas. Ela compra vários vestidos e roupas para mim,e,sim,também para as amigas falsas. Tiramos algumas fotos e sorrimos de algumas coisas bem aleatórias. Pegamos a escada rolante e a blogueira me conta sobre o dia que conheceu Marcos e de como foi engraçado.Forço sorriso e interesse.— Eu tinha acabado de sair do hospital,sabe? — Ela começa a falar enquanto compra dois sorvetes para nós duas. Olha para mim. — Qual sabor?— Chocolate.Ela sorri para mim depois volta para o moço.— Quero um de morango e outro de chocolate,por favor.Ela recebe os sorvetes e paga o sorveteiro,sempre sorrindo,nunca agindo como uma daquelas riquinhas esnobes.Nos sentamos nos bancos próximos da fonte que jorrava água das mãos da deusa Afrodite da mitologia grega. Pâmella fica um tempo olhando a fonte e depois tira uma foto que compartilha com seus seguidores. Depois sorri de volta para a câmera e captura sua imagem,olha se fic
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A queda de um empresário babaca
— É ali que seu ex trabalha? — pergunto. Pâmella está com medo,mas assente. Ela olha para Cristiano e Peter que seguram os galões ao lado do seu carro,me indagando com os olhos quem são,na verdade,quem é Peter. — Relaxa,são meus amigos. Eles vão nos ajudar.Pisco para os meus seguranças e puxo a garota,atravessando a avenida. Paramos diante da fachada do enorme prédio da Lionnes Cia. O cara tem dinheiro. Perfeito. Adoro destruir multimilionários.— Vamos?— Isso não vai dar certo… Reviro os olhos e a encaro.— Não suporto mulheres fracas. — Tomo a sua frente e seguro seus ombros. — Lembre da dor que ele causou a você,fazendo isso,verá que não tem porque temer. Pode ter certeza que ele não temeu nem um pouco quando a trocou por outra.Ela olha para a entrada do prédio e sorri.— Você tem razão.Pâmella toma a dianteira da situação,caminhando pelo saguão,passando pela entrada principal e pegando o elevador Sigo-a com um sorriso satisfeito. A garota pressiona o número do andar de onde f
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Flash
Deixamos Pâmella na frente da sua casa e Peter dirige seu Mustang e estaciona atrás de nós. Ela sai para fora do carro e fica um tempo olhando para nós,dizendo que se divertiu e agradecendo. Peter se aproxima e entrega as chaves para a patricinha.Pâmella me abraça novamente e eu a afasto delicadamente.— Rubi — ela me chama. — Esse fim de semana vai acontecer uma festa de aniversário para a minha cunhada. Você e seus amigos estão mais que convidados.Nos entreolhamos e sorrimos.— Vai ser um prazer,Srta. Albuquerque — diz Peter que pega a mão de Pâmella e beija-a.Pâmella fica surpresa e desconcertada.— Nossa presença está confirmada — digo. Viramos para entrar no carro e olho para a garota mais uma vez. — Tenha uma boa noite,Pâmella.Ela sorri e acena.— Boa noite,pessoal.Entro no carro e me ajeito ao lado de Cristiano. Pâmella atravessa os portões da mansão e começa a caminhar. Fico um tempo encarando a enorme casa,onde,em qualquer cômodo,Soraya pode estar tranquilamente vivendo
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Ponto de fraqueza
Ponho o vestido vermelho de veludo justo,estilo sereia,admiro o corte que ele tem na perna e pego minha pistola sobre a mesa,escondendo-a numa liga que amarro na coxa da perna que está à mostra. Solto os cabelos ondulados e começo a me maquiar. Ponho brincos de pequenos rubis e encaixo um anel de diamante no dedo. Borrifo um pouco da loção francesa. Por fim,procuro pelo batom vermelho-sangue no meio do meu estojo de maquiagem e o encontro,passo com vontade pelos lábios e o espalho,pressionando um lábio no outro. Calço o salto alto e me olho mais uma vez pelo espelho. Alcanço a mini bolsa em cima da cama e saio do quarto. Meus seguranças usam smoking e me esperam na porta. Susy pula alegre e me fotografa.— Vamos postar essa quando você chegar! — diz Susy. Ela olha para os seguranças que me observam. — Ela não tá gostosa,rapazes?Sorrio da afobação de Susy.Peter e Henrique concordam.Cristiano me olha de relance e depois dá as costas,com um humor péssimo.— Vou esperar no carro — diz,
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No reino da rainha
Meus olhos detectam os muros enormes e majestosos que rodeiam o novo campo de combate da minha potencial inimiga antes mesmo de Henrique dar a curva. Seguro a rosa e olho para meus seguranças. Peter sai primeiro e dá a volta no carro e abre a porta para mim. Saio em seguida e Cristiano me acompanha. Respiro fundo e pego nas pontas do vestido encaminhando-me pelo caminho de pedrinhas brancas e subindo os pequenos degraus da escada que dão a porta enorme de madeira em cor verniz. Dois homens grandalhões barram nossa entrada de imediato e perguntam nossos nomes. Ele olha pela lista enorme enquanto reviro os olhos. Os convidados que vêm chegando param para me olhar da cabeça aos pés e é nesse exato instante que tenho total certeza de que estou fatal e agradeço a mim mesma por ter pego esse vestido.Vermelho. Vermelho é tudo que Soraya verá essa noite.Espero estar mais deslumbrante que a aniversariante. Quero causar uma ótima impressão e ao mesmo tempo uma odiosa. Quero que ela me ame e od
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Ele se lembra...
Troco olhares divertidos com Samanta.O som de thinking out loud,de Ed Sheeran,começa a soar e vejo vários casais se concentrando no centro do salão e começam a dançar. Samanta conta que a tia,a Pâmella em questão,tinha posto essa música na playlist especialmente para que ela e Marcos dançassem. Contudo,agora a garota está numa empreitada nos andares de cima e Peter não entra mais de forma alguma no seu WhatsApp e sinto vontade de roer as unhas. Evellyn está a ponto de sentar no colo de Marcos Logan e Sasha quase se ajoelha nos seus pés para que o cara dance a música coladinho a ela. Sinto vontade de rir.— Por que não dança com o Marcos até a tia Pâmella descer,Rubi? — Samanta tem a ideia mais fodida do planeta. — Você sabe dançar?As amigas de Pâmella me encaram como se eu fosse um pedaço de carne à mercê dos leões.— Eu sei.Marcos me pede ajuda articulando com os lábios em uma linguagem muda. Se levanta e estende a mão para mim. Rapidamente minha mente repassa a cena em que dançam
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