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79 chapters
Setenta
TALIBÃ- Porra, até que fim! - Falei fechando a porta e logo abraçando a cintura da Clarissa, deixando um beijo em seu pescoço - Bora tomar um banho, minha dama? - Chamei com uma segunda intenção e ela riu se voltando pra mim.- Você não cansa, não é? - Ela perguntou divertida, passando os braços em volta do meu pescoço e eu sorri de lado abaixando a cabeça para reparar o seu decote.- De você? Nunca - Falei umidecendo meus lábios e ela riu erguendo o meu queixo.- Kerlisson, o meu rosto é aqui - Ela falou rindo e eu apertei a sua cintura, fazendo ela soltar um suspiro entre os risos.- Eu sei - Falei subindo minhas mãos por suas costas até o zíper de seu vestido - E eu amo tudo em você - Abri o zíper e ela olhava atenta cada movimento meu. Desci as alças do vestido deixando os seios dela a mostra - Principalmente eles - E caí de boca.Mordi, chupei e assoprei cada um deles. Vez ou outra mordia os biquinhos e prendia ambos entre meus lábios, puxando devagar, arrancando suspiros longos
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Setenta e um
CLARISSA- Tá de sacanagem né? Tá me tirando, só pode - Afirmou todo confuso e desesperado, e eu me segurei para não rir - Onde você comprou? Tu mexeu naquele bagulho lá!- Que bagulho, amor? - Perguntei enrolando o lençol em meu corpo, ainda segurando a risada e sentei na cama.Ele negou com a cabeça e passou a mão no rosto, indo ao banheiro e logo voltou com o teste em mãos.- Tu tá me tirando pô, que isso? Fez de caneta, cara - Negou com a cabeça - Concerta isso! - Mandou, sacudindo o teste pra ver se mudava algo e eu só queria rir do desespero dele.Não era ele queria outro filho, ou melhor, dois filhos?- É sério, Kerlisson! - Levantei com o lençol enrolado em meu corpo e fui até ele, que me encarou com os olhos arregalados.- Porra, isso é verdade? - Perguntou e eu assenti rindo. Ele passou a mão na cabeça, olhou pro teste em suas mãos e logo me encarou - Eu pensei que você... Caralho, teu bagulho veio semana passada! - Negou com a cabeça e eu dei risada.- Sério! É sério, Kerli
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Setenta e dois
NEGUINHOTô medroso ainda, confesso. Mas meu sentimento pela Martinha é maior, e se eu pretendo ficar com ela até o fim... tenho que tomar uma atitude. - Vai falar com ele hoje? - Martinha perguntou, enquanto eu pegava uma camisa no guarda-roupa.- Vou - Virei deixando um selinho em seus lábios que logo virou um beijo e ela me puxou pra cima da cama, fazendo o lençol deslizar pelo seu corpo revelando o mesmo nu - Não faz isso, cara - Sussurei entrei o beijo e ela riu mordendo meu lábio inferior e puxou devegar.- Isso o que? - Perguntou me puxando mais pra ela, mexendo o quadril contra o meu pau me fazendo suspirar.Desci minhas mãos para a sua cintura a empurrando contra a cama de um jeito bruto ela soltou um gemido baixo, dando um sorriso safado, levou a mão até a boca e chupou um dedo me olhando nos olhos.- Tu sozinha comigo é um perigo - Falei negando com a cabeça e ri enquanto assistia ela me provocar, e deixei um beijo em seu pescoço fazendo uma trilha até o colo dos seios del
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Setenta e três
NEGUINHOA Martinha me expulsou do banheiro e eu logo fui até a porta, abrindo a mesma e a Sofia tava lá agarrada com um urso maior que ela.- Qual foi, feiosa? - Perguntei me escorando no batente da porta, e ela revirou os olhos, me fazendo rir. Com certeza foi a Manu que ensinou esse bagulho.- Já disse que feioso é voxe, seu idículo - Respondeu fazendo maior bicão e eu dei risada, pegando ela no colo e ela empurrou meu rosto contra gosto - Saí, saí - Deu risada quando eu enchi o seu rosto de beijinhos.- Fala aí, o que tu queria pô - Fechei a porta do quarto e fui andando pelo corredor, em direção as escadas.- O papai mandou chamar voxe - Disse segurando o urso pelo pescoço e eu neguei com a cabeça.Filho da puta, cara! Sempre me sacaneando, muda nunca.- Seu pai é um viado que não come ninguém. Por isso fica empatando os outros - Falei e ela falou um "viado é voxe", me fazendo dar risada.Sempre com a resposta na ponta da língua pô. Tu vê assim acha fofa e as porra toda, mas deix
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Setenta e quatro
SORRISO- Tarlisson! Você tem certeza disso, meu filho? - Minha coroa me encarava apreensiva, enquanto eu arrumava a minha mochila. - Já tomei a minha decisão, dona Talita - Fechei o ziper da mochila e peguei meu boné, colocando o mesmo - Vou piar aqui sempre que der, mãe! Fica tranquila - Falei a puxando pra um abraço e ela logo me apertou com toda a sua força.- Como eu vou ficar tranquila, Tarlisson?! Tu vai pra longe de mim e ainda vai continuar com essa vida errada aí... você sabe que não precisa disso - Falou me soltando. Ela ainda me encarava apreensiva, e até um pouco aborrecida também. Mas eu não poderia fazer nada, eu já tinha decidido e tirar um bagulho da minha cabeça era ossada. Eu não iria ficar aqui vendo o casal 20 subindo e descendo esse morro na maior melação, não mesmo. Sem as chance, menor. - Não vou ficar em um lugar que não me faz bem, se ligou?! Não dá não, mãe. Aturei muita piada da parte daquele fdp, se eu continuar aqui vai ser pra quebrar ele na madeira.
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Setenta e cinco
NEGUINHO- Calma aí, deixa pelo menos eu respirar - Falei parando no portão, passando a mão no peito.- Dário, pelo amor de Deus não vai desmaiar outra vez - A Martinha falou colocando as mãos na cintura, parando a minha frente - Vou te deixar cair no chão, garoto - Disse e eu olhei pra ela indignado.- Que isso, cara - Desencostei do portão - Não vou não, amor - Passei por ela - Mas quem vai abrir a porta dessa vez é tu - Falei e ela revirou os olhos, indo na minha frente.Ela passou na frente e eu fui atrás tentando conter meu nervosismo, o que era foda. Papo até de tremer eu tava. E pior que na primeira vez, menor, esse papo era bagulho sério e eu não queria nem imaginar como o Talibã reagiria agora.- Tem certeza que hoje é um bom dia pra contar? - Perguntei assim que entrei, com ela na minha frente - Porra, Marta! Eu tô tremendo, cara - Falei parando perto do sofá.- Vamos logo, para de graça - Ela falou me puxando, indo até a cozinha - Boa tarde família linda!!! - Me puxou, faze
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Setenta e seis
3 meses depois.CLARADepois de tantas consultas por insistência da minha mãe, no terceiro mês da minha gestação a minha ginecologista nos revelou que ao invés de um, estavam a caminho dois bebês.De início, fiquei com um pouquinho de receio e medo junto do Rael. Eu era tão novinha. Seria uma gravidez de risco? Será que eu teria espaço para os dois alí? Mas em meio a conversas com a minha médica, ela me tranquilizou e tranquilizou o Rael. Não tinhamos riscos, mas para prevenir, eu teria que ter bastante repouso e uma boa alimentação. Acompanhada das vitaminas que ela me recomendou, e alguns remédios que ela julgou serem necessários para os enjoos.Hoje faço 5 meses de gestação. E como planejado, fariamos o chá revelação para saber o sexo dos bebês.- Tá maluco, eu fico lindão de azul! Olha isso - O Sorriso falou arrumando a camisa vendo o seu reflexo no espelho, e eu ri do quão convencido ele é.E enquanto a Martinha arrumava as alças do meu vestido, a Aninha terminava a minha make.-
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Setenta e sete
CLARAA Ritinha desceu do carro primeiro e logo depois eu desci, sendo acompanhada pela Aninha e o Sorriso que desligou o carro e travou as portas, guardando as chaves no bolso da bermuda. Segurei na mãozinha da Rita e subi o batente, indo ao encontro do Rael.Entramos juntos, e assim que passamos da porta já era possível ouvir a música 9 meses ao fundo e ver todos os balões azuis e rosa que decoravam o teto da sala. E bem lá no meio, havia uma mesa com vários docinhos, roupinhas, lembrancinhas e no centro, um bolo metade rosa e metade azul.Tava tudo muito lindo. Fiquei apaixonada demais, e minha ansiedade em saber o resultado só aumentou quando vi três quadrinhos com os possíveis nomes para os convidados escolherem. Que se fossem meninos, seriam "Isaac e Cauã. Meninas, Rebeca e Hadassa e se fosse um casal, Ravi e Aylla.- Vacilo! Cadê o nome Charles aí? - O Sorriso perguntou parando perto da bancada - Não tem, então vou na dupla sertaneja - Disse pegando a caneta e uma folhinha azul
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Epílogo
RAELDepois de ter passado boa parte da festa com a Clara e ter recebido felicidades de todos alí, eu consegui sair para agradecer.Eu poderia esperar para ir a uma igreja, ou até mesmo esperar que a festa acabasse e só agradecesse quando fosse dormir. Mas eu precisava mesmo fazer isso agora.Sai da casa pela porta da frente e dei a volta no jardim, subindo as escadas para a laje. Tava de tardezinha já. Um por do sol maneiro até e eu fiquei alí, só recordando tudo o que aconteceu comigo durante todos esses anos.Eu costumo dizer que se você perde algo é porque aquilo não era pra ser teu. Não vou mentir não, eu senti pra caralho quando perdi a Renata e o meu filho. Mas se o cara lá de cima quis daquele jeito, teve que ser. E eu ainda tinha a Rita, foi por ela que lutei para sobreviver. Me mantive forte e focado em cuidar dela, por isso qualquer bagulho que aparecia, eu encarava. Ia lá batalhar só pra ela não passar fome, assim como eu passei um dia. Foi tudo por ela.Quando fizeram aqu
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