- Eu não tinha como saber, Clara. Se tivesse me contado a verdade, se aberto comigo desde o início, ou mesmo agora, quando comecei a frequentar a sua casa, eu saberia que não era para emprestar. – Perdi a paciência.- Meio milhão de norians... – ela riu, ironicamente – Quem empresta meio milhão de norians a um desconhecido?- Ele não é um desconhecido, caralho! É o seu pai!- Que não tem onde cair morto! Que deve para agiotas em todos os cantos! Que bate na mulher! Que nunca vai poder lhe pagar! Que pegou a porra da sua grana e comprou um carro zero quilômetro! – Ela gritava e chorava ao mesmo tempo, me culpando.Tentei me aproximar de Clara, que não me deixou, se afastando, ficando entre a porta e a estante de livros.- Eu não tenho culpa. Achei que estivesse ajudando... De alguma forma.- Por que não falou comigo antes?- Porque “você” não falou comigo antes... Porque não me contou a verdade?- Não estava claro a verdade para você, Pedro? Não pensei que eu tivesse que falar com pala
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