Passei metade da noite acordado, vigiando o sono da Sulamita. Sono era apenas maneira de dizer, porque a cada instante ela acordava, se debatendo e chorando.Meu coração estava apertado. Achamos por bem, contar logo a ela o que tinha acontecido a respeito do sequestro da mãe dela, e do fim do Zaruk. A Sula precisava encarar os problemas da vida e aprender a se fortalecer com eles, mas para ela, que era uma menina tão cheia de traumas, aquilo não era fácil.De tudo aquilo que vivemos nos últimos meses, a única coisa boa foi a presença da Alina em nossas vidas. Ela chegou e revirou tudo ao nosso redor. A mulher era uma fortaleza e meu amigo estava louco por ela.Eu estava feliz por ele. Leonardo passou por maus bocados na vida e desde que estávamos juntos há mais de dez anos, tudo que ele fez foi pensando na mãe e na irmã e agora ele merecia um pouco de felicidade.Olhei o relógio da mesinha de cabeceira: 05:00 e o dia ameaçava clarear pela cortina da janela. Fui até lá e fechei, escure
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