Sai do banheiro apenas de toalha e olhei a Sula sentada na cama. Ela estava de pernas cruzadas, vestida com uma camiseta minha e ria de alguma coisa no celular. O cabelo cobria parte do rosto dela e caia sobre a perna. Era a imagem mais linda que eu já tinha visto e pela milésima vez eu repeti pra mim mesmo que tinha encontrado um tesouro. Ela era minha outra metade, meu sopro de vida, meu coração batendo fora do peito.Parei encostado na porta do banheiro e a observei em silêncio.Ela estava bem.Depois de tudo que ela tinha passado agora eu podia ver um sorriso e um brilho no olhar dela.Não tinha sido fácil, eu bem sabia disso, mas ela estava vencendo. Minha menina estava dando um show de coragem e superação. Faltava apenas mais um passo e eu sabia que estava chegando a hora. Eu mesmo não aguentava mais. Só de pensar no assunto meu corpo respondia com uma dolorosa ereção. Meu pau me lembrava constantemente que meu controle estava por um fio, mas eu precisava ir devagar. Tudo com a
Eu não consegui dormir.Olhei para o lado e vi o Rafael deitado de bruços, com a cabeça apoiada no braço e dormindo profundamente. Um arrepio percorreu meu corpo ao olhar aquele homem grande, musculoso e cheio de tatuagens e lembrar como ele fora carinhoso e paciente comigo na hora mais importante para mim. Transar foi como vencer uma grande maratona e finalmente atingir o primeiro lugar. E como foi lindo! Como foi perfeito me sentir uma mulher tão amada. Desci a mão pelo meu corpo e me toquei entre as pernas. Estava dolorido e mesmo assim eu queria que ele me pegasse de novo pra ele. Eu queria sentir aquela sensação maravilhosa de novo.Ele se mexeu na cama e ficou de barriga pra cima, me puxando para perto dele ainda de olhos fechados.Encostei a cabeça no peito dele e descansei a mão em sua barriga.Ele gemeu baixinho e eu senti algo tocando em minha mão.Olhei para baixo e vi o pau dele duro e encostado na barriga onde minha mão repousava.Não movi a mão do lugar com medo de tocar
Olhei curiosa para a Gabi.— Não entendi o que você disse?Ela tinha me ligado cedo e disse que precisava conversar uma coisa muito séria comigo.Marcamos de nos encontrar na minha casa mesmo e estranhei mais ainda quando ela disse que viria quando o Rafael saísse para o trabalho. Queira conversar comigo sozinha.— Eu estou desconfiando de uma coisa e só você pode me ajudar.Ela andava de um lado para outro na minha sala com aquele jeito Gabi de ser. Exagerada e dramática.— Desconfiada de que Gabi?Ela sentou em minha frente e eu percebi que as mãos dela tremiam um pouco. O assunto realmente parecia ser realmente sério.— Eu sei que o Lucas foi adotado quando era pequeno, mas o nome dele não foi modificado pela família que o adotou, ele apenas acrescentaram o sobrenome deles.Franzi a testa confusa.Ela continuou.— Ele me contou que não sabe exatamente por que ele foi adotado, porque ele se lembra que tinha mãe e que conviveu com ela durante um tempo, e ele disse que tinha um irmão.
Sei que deveria comentar aquele assunto com a Gabriela, mas eu estava com medo de estar errado.A Gabi era minha parceira de vida e com certeza me apoiaria naquela decisão, mas eu queria ter mais evidências para poder dividir com ela.Fiquei pensando naquele jantar na casa do Rafael e todas as coisas que aconteceram só corroboravam para minhas suspeitas. Será que ele era meu irmão desaparecido?Respirei fundo e olhei a rua em minha frente. Nada me vinha à memória ao ver aquele lugar. Mas de acordo com a investigação que fiz nas últimas semanas, minha mãe teria morado naquela rua quando eu era pequeno.O orfanato que ela me deixou tinha poucas informações, apenas registraram que em uma noite chuvosa, minha mãe tinha me deixado lá com algumas peças de roupas e minha certidão de nascimento.O certo é que ela não iria atravessar a cidade para me deixar em um orfanato, então ela deveria morar ali perto na época.Na última semana, andei por todas as ruas ao redor daquele orfanato, na espera
Apertei os lábios tentando me controlar. Eu sabia que cenas como aquela poderiam acontecer, mas eu não era obrigado a ficar calmo diante dela.Tínhamos acabado de sair da clínica onde a Sula foi pedi um anticoncepcional e eu parei no posto para abastecer o carro. Eu tinha acabado de comprar o Jipe do pai do Damon. Aquele carro, de certa forma, era como alguém da família e quando o Damon me falou que o pai estava querendo trocar o carro por um modelo mais moderno, não pensei duas vezes. Naquele momento era o ideal pra mim. Eu não podia investi em um carro novo, tinha gastado muito com a reforma do apartamento e minha volta para a polícia ainda era recente. Eu não queria usar o dinheiro que a Sula tinha herdado da parte dela na mansão. Aquele dinheiro seria para custear os estudos dela e para alguma eventualidade.No posto tinha uma lojinha de conveniência e uma barraquinha de doces na entrada da loja. E foi lá que a Sula se enfiou demorando uma eternidade para escolher uma simples ba
Acho que o Rafael estava desconfiado que eu estava aprontando alguma coisa. Eu não sabia menti pra ele e agora sempre que meu telefone tocava ou a Gabi enviava uma mensagem eu ficava tensa. Ele não deixou passar em branco. Se aproximou e me olhou fixamente. — Tá acontecendo alguma coisa, bebê? Cruzei os dedos atrás das costas. — Não. Ele franziu a testa. — Então porque você está assim, tensa e não para de olhar para esse telefone? Virei as costas e comecei a lavar os pratos. — Não é nada, é que a Gabi está com uns probleminhas ai e estamos conversando. Ele demorou calado. — Sei. Terminei de lavar os pratos e virei para ele. Esperava que tudo aquilo não fosse em vão, porque eu poderia estar criando um problema com ele por causa de uma suspeita sem provas nenhuma. Me aproximei e o abracei. — Você não confia em mim, Rafa? Ele retribuiu o abraço e me beijou no pescoço. — Claro que confio, minha linda. Mas fico preocupado se eu te vejo diferente ou pensando em alguma coisa
Quem visse minha vida nos últimos meses duvidaria que se tratava da vida da Sulamita Ramazan de alguns anos atrás.Eu mesma me surpreendia com a avalanche de coisas que a vida estava apresentando para mim.Eu, que era uma menina triste, sozinha e sem conhecimento de nada da vida, a não ser por alguns livros que eu lia, agora tudo vinha ao vivo e em cores para perto de mim.Eu estava encantada e ao mesmo tempo um pouco receosa de não conseguir dar conta de tanta coisa ao mesmo tempo.O Rafael tentou me acalmar, ao me encontrar chorando quando foi me buscar na primeira aula de direção, na auto escola perto do nosso apartamento.— Que foi, bebê? O que aconteceu?Deixei ele me abraçar e me levar para o carro e sentei assoando o nariz com raiva.— Não vai dar certo, eu não vou aprender a dirigir!Ele segurou minha mão e me olhou com calma.— O que foi? Quer me contar?Respirei fundo.— Aquele instrutor ficou me olhando como se eu fosse burra e disse que eu não tinha jeito para isso.Ele ap
Franzi a testa observando o comportamento da Sula.O que ela pretendia?Desde a hora que eu tinha chegado do trabalho há duas horas atrás que ela estava estranha, a começar pelas roupas. Ela vestia um vestido curto e quase transparente. Nada parecido com as roupas que ela costumava usar no dia a dia, muito menos à noite em casa.Naquele momento eu retirava os pratos da mesa e ela vez ou outra me olhava meio tímida. Observei que o cabelo dela estava mais liso e brilhante. Ela tinha ido ao salão? E não era só isso. Ela estava maquiada e usava um batom vermelho que estava meio borrado depois de ter jantado.Olhei-a mais detalhadamente, tentando confirmar minhas suspeitas. Aquela garota estava tentando me seduzir? Não!Segurei o riso e me aproximei dela por trás lavando os pratos na pia.Fiquei de pé atrás dela, mas não a toquei. Ela queria guerra?— Deixa isso ai, amanhã você arruma.Falei baixinho, próximo ao ouvido dela e senti que ela estremeceu.Se eu bem entendi o que minha menina q