Olhei para o vestido branco estendido na cama da Alina e pela milésima vez agradeci a deus por tê-la colocado em nossas vidas.A Gabriela estava sentada na poltrona e calçava os sapatos vermelhos com um sorriso.— Dizem que dar sorte usar alguma coisa da noiva ante do casamento.Alina levantou as mãos impaciente.— Esses sapatos não cabem no seu pé Gabi.Eu estava aprendendo que aquelas duas ou se amavam ou se odiavam, porque elas viviam brigando, mas até brigando elas eram carinhosas uma com a outra.— E Então menina, está feliz? Hoje é o dia do seu casamento.Se eu estava feliz? Agora que o momento estava chegando o medo ameaçava tomar conta de mim. Eu conseguiria ter uma relação normal com o Rafael? e se eu não conseguisse transar com ele?— Eu... acho que estou com um pouco de medo.Alina sentou ao meu lado na cama e segurou minha mão.— Ainda pode desistir se quiser.— Não! eu quero me casar com ele. Eu amo o Rafael. Só estou um pouco assustada.Gabi se aproximou.— Tadinha, Deix
Eu estava nervoso.Como me comportar com a Sula na noite de núpcias?Ela parecia prestes a ter um ataque. Fingia bem. Tentou sorrir pra mim, mas os lábios tremiam e a mão que segurava aminha estava fria e suada.Estacionei o carro na garagem do prédio e subimos calados.Na porta, segurei a chave e olhei para ela.— Temos que fazer direito para dar sorte.Me aproximei e a peguei no colo abrindo a porta.Ela segurou em meu pescoço e sorriu.— Isso é tão romântico!Coloquei-a de pé no centro da sala e a olhei rindo.— Eu sou romântico.Ela olhou lentamente ao redor.Era finalzinho de tarde e a sala estava iluminada pela luz do abajur colorido que ela tinha comprado.— Essa sala ficou tão linda!Resolvi tentar quebrar o gelo.— Eu gostei mais da decoração do quarto.Ela não respondeu e torceu as mãos.— Eu... vou trocar de roupa.Peguei-a pela mão e fomos em direção ao quarto.Aquele era o cômodo mais amplo do apartamento e ela tinha decorado nos mínimos detalhes. Eu tinha comprado a cam
— Ai Alina, me ajuda! O que eu faço?Estávamos sentadas na lanchonete do shopping próximo à delegacia.Alina me convidou para almoçar e queria saber detalhes da lua de mel.— Como assim, não aconteceu nada Sula?Encarei-a nervosa.— Não aconteceu nada! Nós não transamos ainda!Ela me encarava séria.— Sula, vocês est]ao casados faz mais de uma semana!— Eu sei. O Rafael está muito estranho.Ela arqueou a sobrancelha.— Estranho como?Procurei as palavras.— Não sei. Ele está quieto, não fala nada.— Explique melhor.— Bem... ele chega do trabalho, toma banho e dorme. Não tentou fazer nada.Alina sorriu.— Criança, talvez ele esteja esperando você fazer alguma coisa.Eu estava confusa.— Como assim? Ele quer que eu tente transar com ele?— Ele quer ter certeza que você está pronta. Talvez você tenha que dizer isso a ele.— Eu...— Você quer?Abaixei a cabeça envergonhada.— Quero.Alina segurou minha mão com carinho.— Não fique com vergonha. Isso é normal.Aquela semana tinha sido uma
Sai do banheiro apenas de toalha e olhei a Sula sentada na cama. Ela estava de pernas cruzadas, vestida com uma camiseta minha e ria de alguma coisa no celular. O cabelo cobria parte do rosto dela e caia sobre a perna. Era a imagem mais linda que eu já tinha visto e pela milésima vez eu repeti pra mim mesmo que tinha encontrado um tesouro. Ela era minha outra metade, meu sopro de vida, meu coração batendo fora do peito.Parei encostado na porta do banheiro e a observei em silêncio.Ela estava bem.Depois de tudo que ela tinha passado agora eu podia ver um sorriso e um brilho no olhar dela.Não tinha sido fácil, eu bem sabia disso, mas ela estava vencendo. Minha menina estava dando um show de coragem e superação. Faltava apenas mais um passo e eu sabia que estava chegando a hora. Eu mesmo não aguentava mais. Só de pensar no assunto meu corpo respondia com uma dolorosa ereção. Meu pau me lembrava constantemente que meu controle estava por um fio, mas eu precisava ir devagar. Tudo com a
Eu não consegui dormir.Olhei para o lado e vi o Rafael deitado de bruços, com a cabeça apoiada no braço e dormindo profundamente. Um arrepio percorreu meu corpo ao olhar aquele homem grande, musculoso e cheio de tatuagens e lembrar como ele fora carinhoso e paciente comigo na hora mais importante para mim. Transar foi como vencer uma grande maratona e finalmente atingir o primeiro lugar. E como foi lindo! Como foi perfeito me sentir uma mulher tão amada. Desci a mão pelo meu corpo e me toquei entre as pernas. Estava dolorido e mesmo assim eu queria que ele me pegasse de novo pra ele. Eu queria sentir aquela sensação maravilhosa de novo.Ele se mexeu na cama e ficou de barriga pra cima, me puxando para perto dele ainda de olhos fechados.Encostei a cabeça no peito dele e descansei a mão em sua barriga.Ele gemeu baixinho e eu senti algo tocando em minha mão.Olhei para baixo e vi o pau dele duro e encostado na barriga onde minha mão repousava.Não movi a mão do lugar com medo de tocar
Olhei curiosa para a Gabi.— Não entendi o que você disse?Ela tinha me ligado cedo e disse que precisava conversar uma coisa muito séria comigo.Marcamos de nos encontrar na minha casa mesmo e estranhei mais ainda quando ela disse que viria quando o Rafael saísse para o trabalho. Queira conversar comigo sozinha.— Eu estou desconfiando de uma coisa e só você pode me ajudar.Ela andava de um lado para outro na minha sala com aquele jeito Gabi de ser. Exagerada e dramática.— Desconfiada de que Gabi?Ela sentou em minha frente e eu percebi que as mãos dela tremiam um pouco. O assunto realmente parecia ser realmente sério.— Eu sei que o Lucas foi adotado quando era pequeno, mas o nome dele não foi modificado pela família que o adotou, ele apenas acrescentaram o sobrenome deles.Franzi a testa confusa.Ela continuou.— Ele me contou que não sabe exatamente por que ele foi adotado, porque ele se lembra que tinha mãe e que conviveu com ela durante um tempo, e ele disse que tinha um irmão.
Sei que deveria comentar aquele assunto com a Gabriela, mas eu estava com medo de estar errado.A Gabi era minha parceira de vida e com certeza me apoiaria naquela decisão, mas eu queria ter mais evidências para poder dividir com ela.Fiquei pensando naquele jantar na casa do Rafael e todas as coisas que aconteceram só corroboravam para minhas suspeitas. Será que ele era meu irmão desaparecido?Respirei fundo e olhei a rua em minha frente. Nada me vinha à memória ao ver aquele lugar. Mas de acordo com a investigação que fiz nas últimas semanas, minha mãe teria morado naquela rua quando eu era pequeno.O orfanato que ela me deixou tinha poucas informações, apenas registraram que em uma noite chuvosa, minha mãe tinha me deixado lá com algumas peças de roupas e minha certidão de nascimento.O certo é que ela não iria atravessar a cidade para me deixar em um orfanato, então ela deveria morar ali perto na época.Na última semana, andei por todas as ruas ao redor daquele orfanato, na espera
Apertei os lábios tentando me controlar. Eu sabia que cenas como aquela poderiam acontecer, mas eu não era obrigado a ficar calmo diante dela.Tínhamos acabado de sair da clínica onde a Sula foi pedi um anticoncepcional e eu parei no posto para abastecer o carro. Eu tinha acabado de comprar o Jipe do pai do Damon. Aquele carro, de certa forma, era como alguém da família e quando o Damon me falou que o pai estava querendo trocar o carro por um modelo mais moderno, não pensei duas vezes. Naquele momento era o ideal pra mim. Eu não podia investi em um carro novo, tinha gastado muito com a reforma do apartamento e minha volta para a polícia ainda era recente. Eu não queria usar o dinheiro que a Sula tinha herdado da parte dela na mansão. Aquele dinheiro seria para custear os estudos dela e para alguma eventualidade.No posto tinha uma lojinha de conveniência e uma barraquinha de doces na entrada da loja. E foi lá que a Sula se enfiou demorando uma eternidade para escolher uma simples ba