Quando acordei, na manhã daquela sexta-feira, passei bons minutos apenas deitada olhando para o teto, sem ousar nem mesmo me mexer. Por que eu sempre precisava me reinventar quando minha vida parecia estar entrando em uma constante? Eu lembrava muito pouco sobre como era a vida quando eu ainda tinha meus pais, mas tinha fortes memórias de chorar noites e noites depois que eles se foram e Otto e eu tivemos que mudar totalmente de vida ao ir morar com nossos avós. E depois, quando nossos avós se foram, em meio a minha adolescência rebelde, demorei muito a me acostumar que a partir dali éramos somente meu irmão e eu. Ainda assim, nós erámos tão próximos, tão unidos...E então Otto se foi. E eu acho que essa é a perda a qual eu nunca vou me acostumar. Desde pequena, ele era a única coisa certa na minha vida, a única pessoa que sempre esteve presente em todas as fases. E,
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