Parece um desfecho de conto de fada, calado, olhando para Ária de pé no meio do tribunal enquanto corajosamente fala para o juiz o quão portadora de suas faculdades mentais ela está, se a relação não fosse minha, se a história não fosse vivida por mim, eu diria ter sido planejado.Mas o meu medo não estava nas decisões que o juiz poderia tomar, mas no que isso pode ocasionar, ainda segurando a minha mão, ciente de tais palavras, desviando os olhos do excelentíssimo para a sua mãe, sentada lendo algo, Gilda sequer a olha, cabeça baixa, olhos fixos ao papel. – E mãe...mamãe...– A sua voz tornou-se tão doce, tão gentil. E ainda assim, Gilda sequer mostrou quaisquer interesse, todos os olhos estando em ambas, a frieza de Gilda exposta, a doçura de Ária, o que pude julgar entre as Árias que conheci, a primeira não tão doce, mas foi adoçando diante a maternidade de Sophie, e agora, de pé com os olhos na mãe, tão seca, tão fria, como aquela mulher pôde ter conquistado o coração do meu avô,
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