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CL- Rodrigo Parlato
Percebi que Aria não estava satisfeita em nossa casa, muito havia-se mudado, e ela tambem, eu sequer saberia qual é o seu atual gosto, mas vê-la frustada sentada na cadeira no primeiro era brochante, eu fiz de tudo, me esforçei ao máximo. — O que houve? Porque não me diz o que está acontecendo? Não gosta da casa ou de algué...— Pergunto-lhe fazendo-a me olhar. — Você tem alguém? — A pergunta me fez calar-me e ri em resposta. — A Paula não é? — Ergo as sobrancelhas ao ouvir o nome da babá da nossa filha. — E todos eles que você viu aqui em casa, para mantér a segurança da casa, a limpezas, a necessidades básicas e ademais é necessário mantér uma equipe...— Não estou falando disso, Rodrigo, seja sincero, me trazer pra cá, pode atrapalhar a sua vida? — Respiro fundo, agacho-me a sua frente, tentando entender o que passa em sua cabeça, que tipos de pensamentos são estes. — Estou atrapalhando não é, pode ser sincero, a sua vida seguiu não é? Sorrio ao ouvir a coisa mais absurda que di
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CLI- Patrícia Albuquerque
Olhando para a mulher cabelos curtos, estatura mediana, olhos tão escuros como seus olhos, estando na luxuosa sala a minha frente, a raiva, a angustia me consumia, havia tantas perguntas querendo tantas respostas. Afinal porque ela havia feito aquilo comigo, conosco, como uma mãe poderia fazer isto a sua própria filha? — Filha, que filha? — Indaga incrédula, olhando em volta, estranhando a sua atitude em procurar, desconfio do seu cinismo. — Não se faça de desentedida, mamãe! — Mas a sua inquietação persiste. —Não há filho algum minha querida!— Me diz buscando acariciar o meu rosto, o que me afasto, olho para Rodrigo que de pé tão seguro de si, parece não ter nada a dizer ou mostrar a ela, porque? — Não seja rude, Patrícia, eu sou... eu sou, filha ele fez uma lavagem cérebral em você, ham? Esqueceu-se dos bons momentos em que passamos juntos? — Ela não sabe da existência da Sophie, Ária, você sempre foi muito cautelosa com a nossa filha, a príncipio, eu achava exagero, mas após o
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CLII- Rodrigo Parlato
Eu queria ficar, mas sabia que a conversa jamais iria adiante, com o ódio que estou sentindo de Gilda, era melhor sair, levando comigo Sophie, já havia causado traumas em Ária ao matar o seu ex naquele quarto de hospital, por um excesso de descontrole naquela tarde, sai de mim, fazendo o pior. Hoje pude me controlar, indo para o escritório conversar com Danilo buscando me acalmar, Sophie brincando com os meus papéis, enquanto o meu amigo me questiona como posso deixar alguém que nos fez tanto mal está assim. — Chame o médico! — Ordeno as enfermeiras levando Ária para o seu quarto, o risco havia sido alto, mas a conversa tinha que acontecer em algum momento, não era uma escolha minha, mas sim dela, a sua vida que foi roubada por uma canalhice da sua mãe, a mesma que sequer esperou, apenas saiu andando até a saída, sem ao menos esperar. Coloco Ária na cama, vendo o desespero da sua enfermeira. — Chama, chama e ninguém atende, senhor. — Me diz afoita. — Insista, tente outro contato. —
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CLIII- Patrícia Albuquerque
Após sermos flagrados num momento intimo, eu fiquei com vergonha, sabia que logo o assunto seria passado de funcionário a funcionário, e pelo visto Rodrigo não se importava tanto, já que após a saída de Dalia do quarto, apenas levantou-se somente de camisa, nu.— Você está bem? — Pergunta, sentando na cama, a meu lado, lhe olho e afirmo, na verdade os meus batimentos mais que acelerados, mas mal sequer consigo mantér os meus olhos aos seus, e no meu menor sinal de virar o rosto por vergonha, ele pega o meu queixo. — Você sentiu algum incomodo? — Os olhos azuis nos meus, me fez me perguntar quando eu me apaixonei por ele, isso parece ser tão especial, afirmo entre pensamentos. — Sentiu? Te machuquei? — Pergunta intrigado, quando voltando a realidade nego. — Não, estou bem, só é uma novidade pra mim. Mas Rodrigo, apenas ergue as sobrancelhas. — Pra você pode ser, mas esse corpo aí parece ser mais experiente do que pensa. — Aperta meu nariz me fazendo balançar a cabeça para negar. — O
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CLIV- Rodrigo Parlato
A nossa vida de casados, foi retomando aos poucos, me senti satisfeito em voltar a dormir com a minha esposa, sempre chegar e lhe encontrar pela casa, mesmo que na cadeira de rodas, sempre ocupada com algo, acompanhando lições da nossa filha, mudando algo de lugar com ajuda dos funcionários, e até mesmo no jardim. Ou simplesmente recebendo visitas, Ária me mostrava o impossível, eu me vi outra vez me apaixonado por outra versão dela, doutora Asley em sua ultima visita, me deu boas noticias, o tumor em seu cérebro está estável, com ausência de movimentação ou crescimento, talvez fosse até insano pensar o que poderia ser efeito disto. Algumas vezes me vi pesquisando vitaminas, pílulas para aguentar o seu ritmo, as diferenças de idades pareciam ser gritante entre nós. Depois da visita de Gilda, jurei ser o necessário para ela sossegar, ver a sua filha bem tratada, cuidada e todo o estrago que nós causou, acreditava que isso seria suficiente para afasta-la para sempre. Caroline outra v
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CLVI - Ária Parlato
Havia dias, semanas que a minha mãe não dava notícias, eu pouco sabia dela, da sua vida, mas senti a sua falta, queria saber como está, ouvir a sua voz, apesar de saber quão fria pode ser, amarga e muito rancorosa, maravilhas foram acontencendo em minha vida, o tumor simplesmente ficou estável, talvez pela vida tranquila na chacara, a convîvência com pessoas que parecem me amar. Casei-me com Rodrigo, sentindo a cada dia o quanto sou amada, desejada, mas apesar de tudo, eu pensei e planejar mudar, procurar um profissional para me ajudar a remover as cicatrizes em meu rosto, Rodrigo não parecia incomodado, mas me incomoda muito não está a sua altura. Porém tudo se tornou distante, quando acordei na manhã de terça-feira, vendo a enfermeira retirando o computador do meu quarto, e um grupo de técnicos colocando senha em todos da casa. — O que está acontecendo? — Pergunto a Cilene que se limita a dizer. — O senhor Rodrigo pediu, parece que computador não está lhe fazendo bem. — E o celul
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CLVII- Rodrigo Parlato
A primeira sessão da ação judicial, foi como um desvelar de surpresas para todos os presentes. A chegada de Ária para começar, o nosso casamento, eu tinha certeza que não estariam preparados, Caroline havia me dito que ao entregar a papelada naquele momento seria ótimo para que os acusadores não tivessem tempo de desenrolar uma boa apresentação. Mas o juiz simplesmente encerrou minutos após o inicio, alegando que investigaria e estudaria os papéis. Ária sentindo-se nervosa, e eu também, porém buscando mantém tudo calmo, os reporteres e fotografos em cima dela, quando não vi solução, a não ser pega-la da cadeira na porta do tribunal de justiça, carrega-la se tornou a única opção, vendo que não respeitava os seguranças. — Senhor Rodrigo, o senhor a mantém presa em sua mansão a quanto tempo?— Senhor Rodrigo quais problemas mentais ela tem? Vejo que ela não anda...— Eu sabia que essa exposição a faria mal, apoiada com a cabeça em meu peito cercada por seguranças e abutres, mal chegamos
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CLVIII- Ária Parlato
A noite caía ao lado de fora, olhando pela janela do quarto entre o ver da escuridão que toma a claridade do dia, lhe possuindo pouco a pouco, a chuva e os respingos sendo deixados no vidro, enquanto a minha mão em meu ventre me fazem pensar, eu grávida, havia uma vida dentro de mim, ainda não ouvir o seu coração hoje a tarde. Eu sinto medo, e alegria numa mistura que mal sei dizer quem é maior, Rodrigo parecia ser o homem mais feliz do mundo, enquanto Sophie, muito ansiosa e apressada para conhecer este ser, a minha mente estava um turbilhão de emoções — ansiedade, excitação, medo e uma profunda sensação de incerteza. Ao mesmo tempo, a realidade do que estava prestes a ser revelado parecia tão surreal quanto um sonho. As palavras da minha única e melhor amiga, Caroline, ecoando em sua mente. Carol havia me dito para não se preocupar, para esperar pelo melhor e não deixar que o medo a consumisse. Mas agora, enquanto espero o resultado do juiz, o medo se entrelaçava com uma esperança
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CLIX- Rodrigo Parlato
Parece um desfecho de conto de fada, calado, olhando para Ária de pé no meio do tribunal enquanto corajosamente fala para o juiz o quão portadora de suas faculdades mentais ela está, se a relação não fosse minha, se a história não fosse vivida por mim, eu diria ter sido planejado.Mas o meu medo não estava nas decisões que o juiz poderia tomar, mas no que isso pode ocasionar, ainda segurando a minha mão, ciente de tais palavras, desviando os olhos do excelentíssimo para a sua mãe, sentada lendo algo, Gilda sequer a olha, cabeça baixa, olhos fixos ao papel. – E mãe...mamãe...– A sua voz tornou-se tão doce, tão gentil. E ainda assim, Gilda sequer mostrou quaisquer interesse, todos os olhos estando em ambas, a frieza de Gilda exposta, a doçura de Ária, o que pude julgar entre as Árias que conheci, a primeira não tão doce, mas foi adoçando diante a maternidade de Sophie, e agora, de pé com os olhos na mãe, tão seca, tão fria, como aquela mulher pôde ter conquistado o coração do meu avô,
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Bônus- Ária Duarte
Dez Anos de AmorO sol da manhã filtrava-se através das cortinas da suíte, iluminando o quarto com uma luz dourada e suave. Continuando deitada ao lado de Rodrigo, sinto o conforto do edredom enrolado em torno dos nossos corpos, Rodrigo continua imerso no sono tranquilo. Dez anos haviam passado desde o início da nossa jornada juntos, mas a chama do amor continua tão forte entre nós.Apesar da noite calorosa, as lágrimas me veem aos olhos, Rodrigo me era tão desconhecido quando o encontrei naquela rua a me segurar, e ainda assim, sem lembranças ou memória, o meu corpo sequer esboçou qualquer reação ao seu toque, eu poderia tê-lo empurrado, gritado enquanto ele me salvava daquele carro, mas o meu corpo já o conhecia, eu perdi a memória, mas o seu toque não. As lágrimas escorrem, tento limpar devagar, mas ele abrindo os seus olhos lentamente, sorrindo ao me ver a seu lado. – Bom dia, meu amor. – Rodrigo diz espriguiçando-se. Seco as lágrimas apressada. – Bom dia, querido, dormiu bem? –
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