Dona SuzanaMe relacionei com o pai do Samuel muito cedo, acredito que, na época, eu não tinha mais do que quatorze anos, não lembro com exatidão, mas sei que eu era muito nova. Sempre morei no morro, mas assim como diversas garotas da minha idade, eu gostava de viver a vida como se não houvesse amanhã. Esse é um dos maiores males da juventude, porque o amanhã existe e, com ele, vem as consequências, que nem sempre são boas. Conheci o pai dele, que me fez juras de amor, me prometeu mundos e fundos e eu, é claro, caí feito uma patinha na conversa dele. Homem de lábia, sabe exatamente o que dizer para ganhar uma mulher. Não vou dizer que não o amei, pois, amei, sim. E acredito que ele também tenha sentido algo por mim, não sei se foi amor, mas como me tratava bem durante alguns anos, quando ainda namorávamos, deve ter havido algum tipo de sentimento.Com o passar dos anos, engravidei e ele não aceitou muito bem esse fato, aliás, foi nesse momento em que tudo mudou, porque descobri que
Ler mais