Tive alta no sábado à tarde. Eros foi me ver ontem, mas eu disse ao médico que estava cansada demais para receber visitas. Era mentira, obviamente. Eu não queria vê-lo, não queria ouvir o quanto Alícia era foda, linda e boa de cama. Não queria que ele me dissesse que eu seria madrinha de um dos seus filhos futuramente. Eu já estava sofrendo demais, tinha perdido minha prima, a dor que sentia em relação a isso era incalculável. Então guardei todas essas questões de Eros numa gaveta e fui agindo no automático. — Antes de descermos — disse Maya, enquanto parava o carro em frente à minha casa — quero que saiba que eu sinto muito pela Adrielle. — Obrigada, May. Minha amiga me ajudou a subir as escadas. Ao abrir a porta, me deparei com mamãe, papai, Jass, Eros e Alícia (Argh!). Quando me viram, bateram palmas, ao redor deles tinha um bolo e uma placa de boas-vindas. — Querida — falou mamãe, abraçando-me —, você está bem? Fisicamente, sim. Emocionalmente, não. Mas como
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