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Todos os capítulos do Na Trave : Capítulo 1 - Capítulo 10
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10 Anos Antes
Eu observava aquele menino de olhos verdes, alto, atlético e cabelos castanho claro e agradecia a Santo Antônio por ter sido tão generoso comigo. Acho que ele tinha cansado de me ver nas missas aos domingos e todo ano seguido no dia 13 de junho. E tinha me mandado aquele colírio que era Miguel Henrique. A voz rouca era como música para os meus ouvidos. Eu estava loucamente, perdidamente e incondicionalmente apaixonada.A maioria das garotas não aceitavam, que por eu não ser "linda e loira" como elas, fosse a namorada de um promissor goleiro, todas achavam que eu era inferior a ele. Miguel Henrique já era cobiçado pelas meninas da escola por ser de uma família tradicional e rica do Rio de Janeiro...já eu? Uma bolsista de um colégio caro na zona sul, graças aos amigos da minha mãe. Lógico que as meninas do colégio não iam aceitar esse relacionamento. Mas fazer o que? Ele tinha se apaixonado por mim e eu por ele.- Eles não vão ficar junto muito tempo...ela é totalmente diferente dele...
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Miguel Henrique
Eu tinha passado a noite anterior fazendo sexo com uma desconhecida, uma mulher na qual eu nem sabia o nome. Conheci por um acaso depois de sair para jantar com uns amigos, trocamos olhares e ela acabou na minha cama...como sempre acontecia.Nada melhor do que sexo para aliviar as tensões da vida. Ainda mais se você não precisar ligar para a mulher na qual dormiu no dia seguinte.- Vaaaaai...isso Mariana isso...vai gata..vai pra mim baby - A mulher parou de se remexer quando eu estava quase lá...- Que droga, meu nome é Marina e não Mariana! - Cacete,eu já tinha errado o nome da mulher umas duzentas vezes.- Foi mal gata mas continua vai, tá gostoso - Fiz de tudo para ela continuar - Vai Marina...Sim, eu tinha um vício, eu confesso. Sexo sempre foi minha perdição. Se eu estava triste sexo, se eu estava feliz sexo. Qualquer ocasião para mim era sexo. Eu me sentia realizado dentro das mulheres e gostava de fazer- las feliz.[...]Acordei com uma ressaca imensa, como eu estava de férias
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Capítulo 1 - Olíviah
- Mas isso é um absurdo! - A mulher gritava na minha cara - Sabe quanto eu pago nesse colégio? Pago muito caro querida! Você uma professorinha de quinta, pensa que pode reprovar meu filho?? O que você ganha como professora, meu marido como empresário ganha em um dia.- Senhora? Seu filho não tem condições de acompanhar a turma - Tentei não receber o espirito da barraqueira. - E fico feliz pelo seu marido, só prova o quanto professor nesse país é desvalorizado.Eu não estava aguentando mais...a ironia começou a despertar!Aquela mãe estava gritando comigo fazia bastante tempo e eu já não aguentava mais ter que explicar para ela que o filho teria que ser reprovado porque não tinha nenhuma condição de acompanhar os colegas de turma, o menino não sabia absolutamente nada.- Querida? Quanto você quer para aprovar meu filho? - Como é isso? Essa senhora estava louca - Fale mil, dois mil? Eu pago!Não, mas o que é isso? Ah agora o espírito vem...- Olha senhora,com todo respeito pegue seu din
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Capítulo 2 - Olíviah
Depois da noite turbulenta e ter o desprazer de reencontrar com Miguel Henrique, eu finalmente consegui chegar em casa, bem e sem mais nenhum incidente. Assim que entrei tratei de contar o ocorrido no colégio para minha família. De inicio todos me olharam assustados e com um certo medo. Minha mãe não cansava de repetir que eu era louca e sem juízo.Ah, para, quero novidades!- Como você faz uma coisa dessas? - ela me olhava assustada e gritando - Quando eu falei para você ser uma professora, pedi que sua inspiração fosse eu. E eu jamais faria uma coisa dessas. Ah, para, mamãe com certeza iria fazer pior...- Lógico que não mulher! - Mamãe olhou para meu pai com olhar de reprovação - Você iria fazer pior do que a Olíviah, eu teria que te buscar na cadeia.Mas eu deixei bem claro para minha mãe e para todos que eu era inocente e o quanto tinha sido libertador me livrar da minha ex diretora abusiva.- Mãe? Fica calma ok? - Tentei tranquiliza-la - Eu vou conseguir outro emprego. Tenho r
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Capítulo 3 - Miguel Henrique
Eu estava tentando a todo custo me aproximar dos meus filhos, eu tentava dar presentes, levar para passeios e fazer a vontade deles mas estava cada vez mais difícil ter uma relação paternal com eles.Heitor era bem mais complicado do que Lavínia. Talvez ele tivesse puxado meu gênio difícil e também graças a bruxa da Olga o menino não me respeitava mais. Já Lavínia era mais doce e menos complicada de lidar, ela me lembrava muito a mãe.- Olá crianças, eu trouxe uma coisa para vocês - Mostrei o embrulho transparente - Para o Heitor um carrinho de controle remoto e uma Barbie para você Lavínia! Gostaram?- Pai? - Heitor me olhou com desprezo - Eu não sou mais criancinha ok? Carrinho de controle remoto? Aff!- Na sua idade eu adorava ganhar um desse! - franzi a testa - E você filha?- Olha, eu iria preferir ganhar um Iphone - Olhei assustado para minha filha! Como assim? - Mas ta bom papai, fiquei feliz que você pensou na gente.Eu tentava conversar, Perguntar sobre a escola, amiguinhos e
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Capítulo 4 - Olíviah
Eu estava super animada para o meu primeiro dia de trabalho. Seria uma experiência nova,tá eu era professora mas daquela vez eu iria me dedicar somente para 2 crianças e também seria um desafio novo e se tinha uma coisa que me deixava disposta eram desafios.A história das crianças me tocou muito,para eles ter perdido a mãe ainda novos deveria ser uma barra,eu imaginava a todo momento como o psicológico deles poderia estar.Para o meu primeiro dia de trabalho eu decidi colocar um vestido florido até os joelhos,soltinho e uma sandália rasteira. Os cabelos soltos.Após uma última conferida no espelho, desci as escadas com a minha bolsa e parei para tomar café com a minha familia.- Olíviah,assim que chegar no trabalho liga para mim,sabe que eu me preocupo né filha? - Mamãe pensava que eu tinha 10 e não 28 - Fico tão feliz que você esteja trabalhando.- Também fico mamãe - Bebi o meu café - Só espero que o meu chefe seja uma delícia de gostoso, chega de chefe mulher.- Aí sim,se ele for
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Capítulo 5 - Olíviah
Os primeiros dias na casa não foram tão complicados. Eu cheguei a pensar que seria pior,que seria como nos filmes em que as crianças amarram ou fazem da vida da pessoa um caos total. Pensei que eu não iria durar o primeiro dia.Eu não tinha conseguido me aproximar de Heitor,ele realmente era uma criança complicada de lidar porém a irmã Lavínia eu tinha conseguido uma aproximação. Ela era um doce e seu jeito e lembrava muito o de Giselle quando tinha a mesma idade. Calma,serena e doce.Só espero que ela não roube o namorado das amigas...Tá,era um pecado eu pensar isso até porque Giselle estava morta e Lavínia era apenas uma criança. Eu tinha que respeitar a memória de minha amiga mas não é porque ela tinha morrido que tinha virado santa né?!- Olíviah? - A menina me tirou dos meus pensamentos - É verdade que você conheceu a mamãe? Escutei a vovó comentando.- Sim! - Balancei a cabeça positivamente - Nós éramos amiga,conheci ela quando tinha sua idade.- Ah sim - Ela sorriu - Eu tenho
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Capítulo 6 - Miguel Henrique
Assim que a Assistente Social saiu pela porta,eu tive 1 certeza,eu ia morrer ou apanhar feio de Olíviah. Mas eu não tinha opção e inacreditávelmente quando a mulher falou de noiva,casar ou formar família,eu olhei para o lado e vi Oly.Era ela ser minha noiva falsa ou eu estava 100% fodido e sem meus filhos que eu vinha fazendo bastante esforço para ter de volta.Não,eu não queria ter que contar com minha ex namorada para me ajudar e muito menos ela ia querer me ajudar nessa.- Meu filho! Que ótima ideia você teve - minha mãe sorria - Bom,vou deixar vocês conversando ok?! Esperei mamãe sair e nos deixar a sós,eu sabia que ela iria gritar ou arrasar com a minha vida de alguma maneira mas na frente da minha mãe seria vergonhoso.- Olha,primeiro me escu....- Senti minha cara arder depois do estalo do tapa - Sua maluca! O que foi isso?- Você é muito cara de pau né Miguel Henrique?! - Os olhos dela exalavam ódio - Você enlouqueceu? O que você tem na cabeça?- Olíviah?! Na boa,o que custa?
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Capítulo 7 - Olíviah
Eu só podia está tendo um pesadelo ou vivendo em um filme de terror. Como assim? Como assim eu iria me casar com Miguel Henrique? Ele era o homem que eu mais odiava na face da terra.Sim ,ok poderia até ser por uma boa causa, mas se eu não tivesse que lembrar que ele era um safado traidor toda vez que olhasse na cara dele seria bem mais fácil.- Irmã,Olha,pensa nas crianças ok? - Fazia horas que a Rebeca estava tentando me convencer - Já deve ser ruim viver sem a mãe e sem o pai vai ser pior ainda.- Olha Beck. Eu adoro aquelas crianças sabe?! Principalmente a Lavínia que eu converso mais - Eu respirei fundo - Mas não posso me casar com aquele idiota assim do nada,eu odeio ele. Argh.- Tô começando a achar que é ao contrário...- Olhei com raiva para ela - Não me olha assim...é..só alguns meses. Oly,deixa de ser boba,aproveita essa situação e faz ele sofrer. Sei lá tira dinheiro dele,viagens ou faz ele se arrepender se ser um traidor.- Rebeca? - Balancei a cabeça em negação - Tirar di
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Capítulo 8 - Olíviah
Olga me olhava com sangue nos olhos. Enquanto todo mundo que estava naquela sala sorria. Aliviado.Tá,eu não sei o que tinha me dado e talvez eu tivesse enlouquecido (Mais uma vez) Mas eu acabei entrando na loucura de fingir ser a noiva/futura esposa de Miguel H. Eu não ia deixar Olga se dá bem facilmente.- Amor..acabei de chegar do salão de festas e tá tudo ok! - Abracei Miguel - Bebê, estou tão feliz!Ahá se minha mãe me visse agora,ela ia ver que sou boa em mentir....- Que palhaçada é essa? - Olga perguntou nervosa.- Palhaçada? - Henrique sorriu vitorioso me segurando pela cintura.Ele estava se aproveitando...safado...!!- Ma..mas..você era amiga da minha filha! - Ela gritou - Quer manchar a imagem dela? Traidores!- Que eu saiba,aqui - Helena apontou para nós - São 2 pessoas que se amam e irão se casar. E meu filho tem o direito de seguir com a vida dele.- Até porquê meu amor pelo Miguel já é de anos...- Sorri erguendo a Sobrancelha - Apenas estamos reacendendo a paixão de an
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