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Horas antes do churrasco na casa dos Albuquerque… Ana JúliaEntrei em casa com o meu coração quase saindo pela boca e encontrei minha amiga andando de um lado para o outro da pequena sala de visitas. Assim que me viu ela parou e respirou aliviada. Ela parecia desesperada.— Ana, onde você estava, menina?! Eu já ia ligar para polícia, para denunciar o seu desaparecimento — rosnou soltando o ar com força. — Pelo amor de Deus, já passam das oito e você deveria ter chegado desde às seis e meia! — disse, exasperada. — Puxei a respiração. Definitivamente, não sou uma boa amiga. Eu deveria ter ligado para ela!— Desculpa! — Ergui os meus braços. — Meu chefe resolveu se trancar no escritório dele e eu me distraí preparando a sua agenda para a segunda-feira — Dei de ombros. — Julguei que ele ainda precisaria de mim e fui ficando. Quando dei por mim, já eram oito horas, mas não fique assim, ele me trouxe em casa — disse abraçando-a.— Ele trouxe você? — Mônica se afastou do meu abraço e me ol
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Me espreguicei em cima da cama e abri uma brecha de olho, encontrando um dia lindo e ensolarado. Saltei para fora do colchão e fui tomar um banho. Na dúvida, separei três pares de roupa para esse passeio, mas escolhi um short jeans branco, com banhado desfiado e um top preto. Pus o biquíni e vesti a roupa em seguida. Não fim uma maquiagem dessa vez, passei apenas um batom cor-de-rosa e amarrei meus cabelos com uma liga preta e antes de sair do quarto tive o cuidado de arrumar uma pequena bolsa de tecido floral com algumas coisas que talvez eu possa precisar. Na cozinha, tomei o meu café da manhã junto com a Mônica, que estava com um sorriso sinistro nos lábios e com a Belly, que estava em sua cadeirinha mamando. Terminei o meu café em silêncio e fui escovar os dentes e quando terminei, o meu celular vibrou dentro do bolso do meu short. Olhei a tela e abri um sorriso, que acredito estava maior que o meu rosto.— Luís já chegou! — avisei, saindo do quarto e peguei a minha bolsa de praia
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Ana JúliaCheguei ao escritório uma hora mais cedo e como se já fosse automático, liguei o meu computador, separei algumas pastas para a reunião dos associados, fiz algumas cópias dos documentos para serem apresentados durante a reunião e liguei para uma padaria que fica bem próximo aqui do hotel. Pedi um café da manhã variado e organizei em um carinho na sala de reuniões. Verifiquei sua agenda do dia e olhei o relógio soltando uma respiração baixa. Faltam poucos minutos para o meu chefe chegar. Pensei me sentindo empolgada e corri para a copa para fazer o seu café do jeito que ele gostava e voltei para a sua sala, para organizar tudo sobre a sua mesa. O elevador fez o seu sinal habitual, anunciando a chegada de alguém e o senhor Luís saiu de lá acompanhado, dessa vez de Cassandra. Ela está linda em seu conjunto de terno azul marinho. — Bom dia, Cassandra! — digo lançando um sorriso amistoso.— Bom dia! Nossa, já está aqui? — Ela abre um sorriso gigante e olha para o senhor Luís, arq
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— Ana? — Ouço uma voz feminina e olho para trás encontrando a Cassandra. — Está indo almoçar?— Sim, estou varada de fome! — Ela ri do meu comentário.— Aonde está indo?— Na lanchonete aqui perto — Direciono com a cabeça para a lanchonete que ficava do outro lado da rua.— Isso é sério? Ah não, Ana! Vem, vamos almoçar no restaurante Frutos do Mar. O cardápio deles é maravilhoso. Você vai gostar. — A acompanho até o tal restaurante. E não consigo deixar de observar o ambiente. A sua decoração faz jus ao nome. Nas paredes tem alguns peixes empalhados, de várias espécies, o balcão de atendimento é uma parte de um barco e no fundo, há um painel com fotos de alguns pescadores e seus troféus. O ambiente tem mesas e cadeiras rústicas, cobertas com toalhas xadrez. Vamos para uma mesa que fica em uma varanda bem arejada. Um garçom se aproxima e nos entrega os cardápios. Eu peço um risoto com um misto de frutos do mar. Amo frutos do mar! E para acompanhar, eu peço um suco de laranja. Cassandra
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Algumas horas antes do almoço surpresa...Luís Renato — Bom dia, senhor luís! — Cassandra diz assim que saio do meu carro, na garagem. — Bom dia! — respondo ao seu comprimento e seguimos juntos para o elevador. Hoje ela está linda em seu conjunto de terninho azul marinho, combinando com os saltos altos que deixam as pernas torneadas sexy. Cassandra é uma pessoa maravilhosa e já quebrou muitos galhos para mim aqui na empresa. Sou muito a ela por sua pontualidade e profissionalismo. Assim que saímos do elevador, encontramos a Ana, em sua mesa, como sempre ela está, perfeita, usando um vestido de alça única, com alguns detalhes em preto e um par de sandálias de salto de tom claro. Os seus cabelos estão presos em um coque frouxo, que deixam algumas mechas escaparem do penteado, dando um ar de menina meiga a minha secretária. Novamente eu não consigo desprender os meus olhos dela.— Bom dia, Ana! Como você está? — Sou despertado pela voz da Cassandra e imediatamente me repreendo pela min
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Pensar em Camilly me fez lembrar o motivo pelo qual não quero um compromisso sério para mim. Entregar o meu coração estava fora de cogitação e Ana é a minha secretária, nada além disso. Então seria bom me concentrar em tratá-la como tal. Com um suspiro resignado, decidi voltar para o meu escritório e já na entrada do corredor, vi Ana em sua mesa. Ela parecia perdida em seus pensamentos, mas havia um sorriso brincando em seu rosto. Era lindo e encantador! Mas logo esse mesmo sorriso foi desaparecendo e de feliz, ele passou a ficar triste. Seus olhos castanhos escuros se encheram de lágrimas e uma delas escorreu pelo seu rosto. Por Deus, senti vontade de abraçá-la. Ana parecia tão frágil e tão indefesa. Aproximei-me de sua mesa e a chamei pelo menos três vezes, até que ela despertou e claramente se sentiu constrangida. Limpei minha garganta e tentei ser o mais formal possível.— Senhorita Ana, está tudo bem? — perguntei, receoso. Ela me lançou um sorriso que não chegava aos seus olhos.
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Salto para fora da cama, volto para o closet, pego um jeans azul claro, uma camiseta preta, calço um par de tênis e volto ao banheiro, escovo os dentes e saio do quarto. No aparador, pego as minhas chaves, a carteira e dou um beijo em Marta, avisando que não irei jantar em casa. Chamo o elevador e na garagem vou direto para a minha moto. Vinte minutos depois paro em frente à casa de Ana. Desço da moto e vou até a sua porta. Quando toco a campainha, uma mulher negra, linda e alta, com um rosto sorridente, me atende.— Deve ser o chefe! — Luís Renato, prazer!— Mônica. Pode entrar, a Ana já está vindo. — Ela me dá passagem. O cômodo é simples. Tem um sofá de três lugares de um lado e do outro, um sofá de dois lugares adornado com almofadas coloridas. Em frente ao sofá maior, tem um raque de mogno e uma tv pequena. Sento no sofá maior, mas me levanto em seguida, pois vejo Ana sair por uma porta que imagino que seja o seu quarto. Ela sorri ao me ver, seus olhos castanhos brilham e eu me
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Luís Renato— Eu... acho... eu não sei... quero dizer, você está dizendo que te faço sentir bem e que quer me conhecer... melhor? Tudo bem, eu acho. — Ela diz e sorri, nervosa. Tudo bem. Ela disse. Isso é um sim? Não sei ao certo. Engulo em seco e arrisco continuar.— Ana, podemos começar saindo, assim sem compromisso algum, só se conhecendo mesmo. Eu quero muito ter a sua amizade, entende? — Cacete, como é difícil se abrir com alguém! Ainda mais alguém como ela. — Ah, sim! Amizade, claro! Amizade tudo bem. Eu também gostaria de ser a sua... amiga. — Ela puxa a respiração. — Fica até mais fácil, não é? Para... para trabalharmos juntos. — gagueja. Ela parece nervosa, mas também parece aliviada de alguma forma. Suspiro baixinho. Parece que vou enfartar. Puxo a respiração devagarinho e a encaro, receoso. Também me sinto aliviado. Não queria que ela achasse que eu queria algo além da sua amizade. Não sei se conseguiria firmar algum compromisso sério com outra mulher na minha vida outra v
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— Obrigado pela noite incrível! — sussurrei. Ela sorriu tímida e os meus olhos rapidamente pararam em sua boca. Observei seu rosto fica num lindo tom vermelho. Caralho! Eu amei essa cor em sua pele! Cheguei ainda mais perto, assim que os meus olhos ficaram presos aos seus. Procurei alguma rejeição à minha aproximação, algo que me fizesse parar, algo que me afastasse deste momento, mas não encontrei. Meu coração bateu acelerado, senti o meu sangue esquentar nas veias e a minha boca ficou seca. Para o meu desespero, Ana não recuou. Então eu cheguei ainda mais perto, até sentir os meus lábios perto demais dos seus. Pude sentir a sua respiração quente encontrar-se com a minha e o seu hálito se sobressair ao meu. Automaticamente fechei os meus olhos e encostei a minha boca na sua. Meu Deus! Não foi um beijo exatamente. Foi só um roçar de lábios... e tudo se incendiou dentro de mim. Eu perdi todo o meu foco, perdi o meu controle. Eu me perdi totalmente. Meu coração agora pulava dentro do me
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— Sério, Ana, o curioso dessa relação, sou eu — diz em meio à risada. Relação, essa palavra me leva a um patamar mais distante. — Dificilmente você me faz uma pergunta — conclui. Faço careta para ele. — Ok, faça a sua pergunta. — Ele eleva as sobrancelhas grossas e me encara, aguardando que eu o interrogue. Eu puxo a respiração devagar e me deixo levar pela minha curiosidade.— Você é um homem muito bonito, Luís. É inteligente, gostoso. — começo a enumerar as suas qualidades. Luís faz um “O” lindo com a boca e seus olhos aumentam de tamanho.— Você me acha gostoso, é? —Sinto o meu rosto queimar com a sua provocação e isso não é bom. Provavelmente estou vermelha feito um tomate e ele pode ver isso. Mas, mesmo assim, não consigo segurar uma gargalhada alta e continuo agindo o mais natural possível. Isso o deixa mais à vontade.— Acho! — digo encarando-o com diversão. — Então, por que você está sozinho? Quero dizer, você não tem uma namorada, cara! Não dá pra entender! —Na mesma hora o s
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