Depois de dois anos presa, a liberdade brilhava no rosto de Maria, que aproveitava aquele novo dia como uma criança travessa. Logo pela manhã, com o estômago roncando, saiu em busca de algo para comer, encontrando a poucos metros do esconderijo em que passou a noite uma árvore carregada. Subiu com agilidade, apoiou o peso em um tronco e recolheu as frutas ao alcance da mão. Não era muito, mas enganaria a fome durante a caminhada até a fazenda. Felizmente estavam em uma época boa e os frutos estavam maduros. Sentada no alto da árvore, saboreou as maçãs, preparando-se para vencer a distância restante até a fazenda agora que o sol ajudava a se encontrar na floresta. Agora, a luz do dia e sem aquela chama causada pelo sonho de liberdade, Maria calculou o perigo da empreitada. Faltava muito para alcançar a fazenda e ainda tinha de se esquivar dos peões, de Tarcísio e de qualquer desconhecido que poderia estar à caça dela e das demais garotas do Salão Real. Outra opção era ir à cidade, p
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