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Todos os capítulos do Nosso Passado: Capítulo 91 - Capítulo 100
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Capítulo Treze - 5
Parte 5...— Meu Deus... - ela saiu rápido para pegar o telefone.— O que foi, Márcia? - Luiza se assustou e levantou — O que foi, menina?— Ai, dona Luiza... - ela fez uma careta — É uma chamada do hospital - apertou os lábios triste em dar essa notícia.— Oh, meu Senhor - ela andou rápido até Márcia.Ao entrar viu o rosto pálido da fiha ao telefone. Ela só respondia em monossílabos. Luiza ficou nervosa e sentiu as mãos formigarem. Com certeza era algo com Mathias. Algo muito ruim. Ela sabia que sim. A expressão da filha não negava.— O que houve, Márcia? - sua voz estava fraca e ela quase chorava — Meu filho morreu? - respirou fundo sentindo que iria desmaiar.A empregada a segurou pelo braço.— Certo... Entendo... Obrigada - ela desligou e se virou para a mãe — Calma... - ergueu a mão — Ele está vivo, mas seu estado é muito grave.— Ai... Meu coração... - ela ficou zonza.— Calma, mãe... Calma! - gritou — Dois morrendo não é possível. Pelo amor de Deus... - estava nervosa também.A
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Capítulo Treze - 6
Parte 6...— Mathias está em estado grave... Não sei muita coisa agora. Vou ao hospital - disse preocupada — Cuida deles?— Não se preocupe - tocou seu ombro — Vá com calma também. As coisas estão muito complicadas. Espero que ele fique bem, de verdade.— Obrigada, Felipe. Eu sei - ela sorriu sem graça e o abraçou — Eu ligo quando der.— Você vai sair, “mami”?— Vou sim, minha linda - a abraçou forte — Obedeçam ao Felipe. Mamãe vai fazer uma visita.Ela saiu com o coração apertado. Quanta loucura vinha acontecendo em sua vida desde que pisara ali de novo. Segurou a vontade de chorar. Apesar de tudo, ela nunca pensou nessa possibilidade. Ele não iria morrer. Não agora.***************Anelise chegou e viu Márcia na sala de espera, pálida e chorosa. Parou ao seu lado.— Onde está sua mãe?— Na capela - tossiu — Obrigada por ter vindo.— Pode me contar o que houve? - sentou ao lado dela.Márcia contou da conversa na casa e de como ele saiu.— O acidente foi a algumas quadras de sua casa
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Capítulo Quatorze - 1
Parte 1...Já era tarde quando um dos médicos veio falar com elas. Para alívio delas, ele informou que a cirurgia havia decorrido bem. Porém, para tristeza delas também, Mathias estava em coma.A pancada na lateral da cabeça tinha sido muito forte e causara o rompimento de algumas veias e isso tinha pressionado muito seu cérebro que acabou inchando com a hemorragia.A equipe médica aliviou a pressão e decidiram deixá-lo em coma induzido por pelo menos três dias e assim deixar que seu corpo se recuperasse e seu cérebro voltar ao normal. O ombro esquerdo foi deslocado, teve cortes e arranhões e o braço direito foi quebrado com a força da pancada.Devido o choque repentino e o movimento brusco de seu corpo, alguns ligamentos haviam se rompido e sua coluna foi afetada também. Foi mais grave do que elas esperavam ouvir.— Então... Ele vai ficar aleijado? - Luiza questionou.— Não podemos ter certeza até que ele saia do coma - o médico disse tentando amenizar o susto dela, sendo mãe — Se tu
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Capítulo Quatorze - 2
Parte 2...Enquanto tomava banho ela aproveitou para liberar seu estresse e seu medo do que poderia acontecer com Mathias. Chorou embaixo do chuveiro enquanto a água descia morna por seu corpo.Sentiu falta de sua tranquilidade antes de inventar essa vingança. Agora ela tinha a obrigação de contar ao filho sobre seu verdadeiro pai e esperava fazer isso ao lado de Haroldo, não sozinha. Tinha conseguido sua vingança. Luiza finalmente revelara toda a verdade, seu nome estava limpo.Encostou a testa na parede azulejada, pensando de olhos fechados. Já não precisava forçar nenhuma das duas, ele já sabia bem quem elas eram e o que tinham feito. O quanto tinham sido más.Porém, ela precisava assumir sua parte na culpa também. Ela mentiu sobre sua idade, não teve coragem de brigar e nem forças para lutar para lutar pelo seu amor. Ela até tinha sido fraca de abandonar sua avó.Era muito imatura, não sabia como era de verdade o mundo dos adultos e menos ainda o lado que Mathias fazia parte. E e
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Capítulo Quatorze - 3
Parte 3...— Paguei caro por elas.— Mas não foi pelo dinheiro. Ela vendeu as ações porque queria se vingar de mim. Você só facilitou.— É como dizem... Aqui se faz e aqui se paga. Graças a essas ações fiquei no controle da empresa.— Nem sei se me importo mais com a empresa - fechou os olhos — Só quero que meu filho fique bem.— Ele vai ficar, tenha fé, dê tempo ao tempo.Anelise não sabia se dizia isso para ela mesma ou para Luiza.— Novaes a procurou no restaurante.— Por que?— Ele disse que ligou, mas perdeu a coragem. Queria contar a verdade a você e pedir perdão.— Eu lembro de uma ligação estranha.— Depois ele foi ao restaurante, mas você já tinha se afastado.— Ele não tem que contar nada agora e nem quero desculpas depois de tanto tempo.— Tem muito ódio de nós, não é?Anelise a encarou um instante. De certa forma começava a compreender alguns fatos que não tinha conhecimento.— Eu já tive - confessou — Hoje em dia, não mais. Porém, eu não tenho que perdoar nonguém. Assumo
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Capítulo Quatorze - 4
Parte 4...— Vá dormir. Eu a chamo logo cedo amanhã.— Estou precisando mesmo. Amanhã quero o jato. Vou voltar para Aracaju e Diana vai comigo.— Não é melhor que eu vá?— Não. Quero que fique com as crianças. Eu volto à noite.— E vai falar com Hugo?— Vou falar com as pessoas certas - ergueu uma sobrancelha — Hugo pensa que vai me pegar assim?— Pra mim foi uma decepção - ele balançou a cabeça chateado — Uma vergonha. Haroldo não aceitaria isso.— E nem eu vou aceitar.Eles conversaram um pouco mais sobre o estado de Mathias.— Porque você não assume que ainda sente algo por ele?— Porque eu não sinto.— Está mentindo para você mesma - sorriu de leve.— Isso não faz sentido, Felipe - ela fechou a cara.— E porque não? Por causa de Haroldo? - a encarou com empatia — Querida, ele foi feliz com você, mas ele morreu... Você não. Tem o direito de reconstruir sua vida.— Minha vida está boa - ela virou o rosto.— Você me entendeu - sorriu — Agora vamos deitar. Já chega de pressão por hoj
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Capítulo Quatorze - 5
Parte 5...Diana estava insegura, mas fez tudo como Anelise lhe ensinou. Ficou horas diante do computador enviando e-mails, memorandos e cópias de documentos como ela queria. Chegou até a sentir falta de servir as mesas no restaurante, era bem mais fácil do que mexer com documentos.Anelise quase não parava. Ligou para vários dos sócios, secretárias e até para os diretores da Mazzaro´s que estavam de acordo com ela na incorporação da empresa. Mostrando que sentiam sua habilidade nos negócios só aumentaria sua credibilidade contra as fofocas criadas pelo cunhado.Não deixaria que ele estragasse o que seu marido criara. Há anos elas não temia uma boa briga.— Nossa, que cansativo - Diana disse — Dois dias aqui e quase não parei. Nunca pensei que fosse usar tanto um computador.— Verdade - Anelise sorriu rodando devagar a colher no café — Apesar de ser muito trabalhoso, não é sempre assim e minha secretária na empresa vai fazer outras coisas para adiantar. É puxado realmente, mas é que e
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Capítulo Quatorze - 6
Parte 6...Ele não dizia que a amava, mas agia como se assim o fosse. Por várias vezes eles escapavam das obrigações para ficarem juntos. Ela não percebeu que ele gostava realmente dela, porém não tinha intenção de se casar.Após uma briga em que ela lhe jogou na cara que só a estava usando para sexo, ele a pediu em casamento. Mais uma vez ela não percebeu que só queria estar com ela, sem compromisso e só inventou o casamento para que não o deixasse.Foi o começo do fim deles. O pressionou para marcar uma data e ele ficou enrolando. A mãe dele apenas a aturava e a irmã a odiava, mesmo que fosse sempre educada e gentil e tentasse fazer com que gostasse dela. Não entendia na época que o problema ali era ela não ser de família rica como ele.Quando na última vez tudo aconteceu, ela quase perdeu o juízo, se sentindo traída. Nunca pesou que algo tão terrível pudesse lhe acontecer.Ao chegar estavam todos reunidos no escritório da casa dele. A mãe dele a encarava com olhos de desprezo. Ao s
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Capítulo Quinze - 1
Parte 1...Anelise estava deitada na cama entre os filhos. Voltara para casa de madrugada e tinha ido direto para a cama onde seus pequenos dormiam. Agora pela manhã, eles a enchiam de assuntos que achavam interessante e que tinham acontecido enquanto ela estava fora.— Mãe, eu saí com o Felipe pra fazer compras - Alan disse deitado ao lado dela — Eu pedi pra ele comprar chocolate e ele comprou. — Pra mim também, “mami”, mas já acabou - Bianca sorriu se espreguiçando — Mas já acabou.— Já? - ela fez uma cara de espanto brincando.— Eu comi todo - Bianca riu.— Eu ia comer o meu também, mas aí aquela moça apareceu e eu dei um pedaço para ela - Alan comentou.— Que moça?— Uma comprida - Bianca fez um gesto com a mão para cima mostrando que era alta.— E qual o nome dessa moça comprida? - beijou a mão gorducha da filha — Onde vocês estavam?— Ela veio atrás de você, mãe - Alan sentou — Ela disse que o nome dela era Márcia. A gente tava vendo televisão, aí o Felipe falou com ela.— E el
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Capítulo Quinze - 2
Parte 2...— Entender o que? - sua voz estava fraca e rouca.— Tudo o que eu fiz... Pensei que fosse o melhor - ela engoliu em seco.— Quem tem que... Decidir isso... Sou eu - ele falava com dificuldade — Eu não era um... Moleque - seu rosto mostrava sua decepção — Veja onde estou... O que eu perdi...— Eu sei que...— Não... Você não sabe de nada.Ele a olhou feio e depois virou devagar a cabeça para Anelise.— E você, Anelise? Não poderia... Ter tentado mais, ter me escrito, telefonado...— Ela fez tudo isso... Mas eu escondi - Luiza puxou o ar, sentindo o corpo estremecer — Foi outro erro.— Eu sei que poderia ter tentado mais - Anelise se aproximou — Mas eu era muito boba e medrosa - disse de modo suave e calmo — Fiquei com medo... Pavor... De algo acontecer com minha avó, dela perder a casa e ficar na rua largada... Medo de ser presa como sua irmã disse várias vezes.Ele apertou as mãos e fechou os olhos. Sentia o corpo dolorido, mais a cabeça que parecia pesada ainda e estava um
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