Alice sentiu o toque suave do macho, seus dedos quentes como brasas em sua pele gelada. Ela fechou os olhos com força, deixando as lágrimas quentes caírem por suas bochechas. Cada toque dele a fazia querer eternizar aquele instante. Ela desejou com todas as suas forças poder viver naquele instante. — Abra seus olhos, Alice. — A voz dele era um sussurro. Ela abriu os olhos, apenas para se deparar com aquele olhar verde-floresta. Mais profundo que o céu, e mais perigoso que o mar em tempestade. Alice engoliu em seco, enquanto o olhar dele se prendia em cada detalhe de seu rosto. — Por que os deuses brincam conosco assim? — ela murmurou para ele. Jamie apenas sorriu de modo leve e triste, e sussurrou: — Você está exatamente onde deveria, mas isso não significa que não deve ser minha. Apenas me deixe resolver tudo. Ela ficou presa naquele olhar, refém dos seus próprios sentimentos. Refém dos seus desejos. O coração da fêmea bateu mais forte à medida que ele diminuía a di

Alice caminhou pelo corredor, sentindo o peso das palavras de Jamie ecoando em sua mente. Ela sabia que estava indo em direção a uma reunião crucial com os lobos e seu tio, onde discutiriam os próximos passos naquela guerra. Seus pensamentos estavam em conflito, divididos entre acreditar em seus instintos, e acreditar nas palavras de Jamie. Alice parou diante da porta de madeira pesada, e empurrou. Ao entrar na sala, Alice sentiu todos os olhares se voltarem para ela. Henrique, em pé próximo à janela, não voltou seu olhar para ela. Ela não ficou surpresa, afinal, havia deixado claro que o mataria caso ele tentasse contra a vida de James. Alice sabia que não poderia explicar suas ações a Henrique sem revelar que o principal motivo daquilo era o amor que sentia por Jamie. Mas, ao mesmo tempo, ela sabia que não podia permitir que seus sentimentos pessoais interferissem em seu julgamento do que deveria fazer. Enquanto a reunião prosseguia, Alice lutava para manter sua mente focada no

Dimitri respirou fundo, sentindo o ar frio da noite invadir seus pulmões, ele estremeceu, não só por causa da temperatura, mas também por causa do medo que crescia dentro de si. Ele não tinha medo de morrer, ele temia ter que matar outro irmão. Mesmo se tratando de um que ele não gostava. Ele puxou a espada curta da cintura, muito ciente de tudo ao seu redor. Dimitri ouvia o som dos insetos na mata, o crepitar da fogueira e o som de seu próprio coração acelerado em seu peito. O jovem apertou o punho de sua espada, sentindo seus músculos enrijecerem, e o calor subir por sua cabeça. Ele sabia que não podia cometer erros, a intenção de seu irmão não era matá-lo, e sim incapacitá-lo e arrastá-lo até a mãe deles. O homem avançou com um movimento ágil, tentando acertar o rosto de Dimitri com um golpe preciso. O jovem se desviou para a direita com um salto, mas a lâmina raspou em sua bochecha, deixando uma linha fina de sangue. Todo o seu corpo sentiu aquilo, e o quão próximo da lâmin

A loba olhou para os olhos do bebê, enquanto ele lentamente adormecia em seus braços. Ana se deu conta de como seus olhos eram iguais aos do Alfa Turner, aqueles olhos verdes profundos e enigmáticos que pareciam enxergar além da superfície das coisas. Ana foi arrematada novamente por aquele sentimento de culpa persistente. A voz grave do Alfa estava muito vivida em sua memória, e ela fechou os olhos e a ouviu novamente. “Vai esperar por mim, Anna?” Ela ouviu novamente a voz do Alfa em sua mente. A última coisa que ele dissera. De certa forma ela o esperara. Mas não da forma que ele pensou. Anna abriu os olhos. Ela acariciou gentilmente o rostinho do bebê, sentindo sua pele macia como seda e frágil sob a ponta de seus dedos. Ela podia sentir o batimento do coração daquele bebê, que parecia tão frágil e inocente em seus braços. Aquele bebê era inocente, e não tinha ideia do que acontecia ao seu redor, nem que era um refém. Ela se sentia totalmente indigna de segurar um ser tão

Ela sentia suas pálpebras pesadas, como se ela tivesse dormido por muito tempo, e um gosto amargo em sua boca. Sua garganta estava tão seca que ela sentia até rachaduras em seus lábios. Sam sentiu o chacoalhar de onde ela estava deitada, um movimento inconstante como se estivesse passando por um terreno difícil. Ela estava sonhando? Mas se estava, por que não conseguia ver nada? E por que suas pálpebras estavam tão pesadas? De repente, as de lembranças cruéis do homem misterioso atingiu sua mente como um turbilhão. A loba se sentou imediatamente abriu os olhos, suas mãos indo direto para seu ventre. A luz do sol quase a cegou, e Sam percebeu que estava sentada em uma carroça, sendo puxada por dois cavalos. Ela apertou seu ventre, sentindo seu coração sendo comprimido no peito, enquanto as lágrimas desciam quentes sobre sal face. A carroça parou de repente, e o primeiro rosto que ela viu foi do macho de olhos dourados. — Você e o bebê estão bem... precisa respirar agora. Ela