A vida costuma dar rasteiras em seres que se julgam superiores, para que aprendam a se erguer e lembrar, mesmo que só um pouco, que podem cair várias vezes se assim ela desejar. Rodrigo sofreu muitas quedas em seus vinte e sete anos de vida, mas três foram as mais cruéis e difíceis de levantar. A primeira grande rasteira ocorreu na adolescência. Tinha sido um jovem mimado, não por Sérgio Montenegro, seu pai, que passava mais tempo com Izaque, o primogênito, mas por sua mãe e pelo irmão, quando esse tinha tempo para gastar com o caçula três anos mais novo. Foi por causa do tratamento diferenciado do pai para com ele e Izaque que seu instinto de desafio iniciou. Se Izaque era bom em algo, ele se esforçava para ser melhor. A rivalidade unilateral, aliada a ânsia de agradar o pai, o motivou a namorar Karen, filha do melhor amigo de Sérgio. Decisão infantil, mas não uma “tarefa” difícil, até por costume essa tinha sido a escolha óbvia. Cresceram juntos, ela se derretia só em olha-la e,
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