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Todos os capítulos do Enganada pelo destino: Capítulo 51 - Capítulo 60
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— Bárbara — Fernando me chama enquanto eu caminho o mais rápido possível — Bárbara! - ele grita.— Por favor… — eu falo quando ele pega em meu braço, eu chorava muito, mas muito mesmo. — Eu não estou preparada para isso.— Por favor me perdoe, eu não deveria ter te beijado, não deveria ter insistido nisso — ele me olha — Mas é que… — a gente se encara — Eu não quero te forçar nada, eu não deveria ter feito nada.— Eu não estou preparada, para viver outro relacionamento — eu suspiro — E acho que não estarei tão cedo, não quero que você crie expectativa, eu gosto muito da sua companhia, você me faz bem, mas eu não posso! – ele limpa as lágrimas que desciam em meu rosto — Espero que você me entenda, você é um homem maravilhoso, mas… — eu abaixo a cabeça e depois levanto — Meu coração não está pronto, eu não estou pronta para ter uma pessoa na minha vida.— Eu te entendo e peço desculpa por ter te beijado, eu não quero misturar as coisas e muito menos deixar de estar ao seu lado, te apoia
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— Marília! — eu falo me levantando — não esperava a sua visita tão cedo, já que a última notícia que eu tive, era que você não estava na cidade.— Sim, eu estava fora! Mas cheguei essa manhã e resolvi te fazer essa visita para saber como você está — eu a encaro e ela se aproxima me abraçando, eu respiro fundo e correspondo o seu abraço. — Você está bem? Parecer estranha.— Estou sim, estou só emocionada em estar aqui no escritório de Paulo — eu respondo.— Podemos sair e conversar lá fora —ela fala.— Não! — respondo rápido lembrando do celular que estava ali — Podemos conversar aqui, não tem problema. Eu fico emocionada, mas esse lugar me faz bem.— Eu entendo como você deve estar se sentindo, por isso eu vim até aqui, eu acho que não deveria ter me afastado tanto de você — ela fala — Ainda mais, depois que soube do que Pietro fez com você.— Eu agradeço a sua preocupação, vou pedir um café para nós — falo voltando para a mesa e pegou o celular — Vou mandar uma mensagem para ela para
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Eu sabia que no momento que eu encontrasse Marília, eu não iria conseguir me segurar e eu não tinha medo de nada, a única coisa que eu queria era respostas, respostas sobre a morte do meu marido.— Você não deve estar bem, você está cansada, todos esses meses pensando sobre a morte de Paulo! Você já está delirando. Eu jamais mataria meu cunhado, eu jamais mataria ele! — Ela grita, achando que estou caindo no em seu pequeno circo.— Mataria sim! E sabe o porquê? — falo apontando para ela. — P or que você é gananciosa, não admite perder e no momento que Paulo soube sobre o seu envolvimento com Murilo, você sabia que ele tinha descoberto e que a sua casa iria cair, você perderia tudo.— Para Bárbara! – ela fala.— Você sabe que eu estou falando a verdade! Sabe que é verdade por que eu te conheço a muito tempo Marília, eu dividi a minha vida com você, os momentos tristes, alegres e você também. Te conheço como a palma da minha mão! Eu sei e sempre soube que você não casou com Pietro por a
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— Isso é um engano — Marília fala — tudo isso é um engano! — ela olha para o investigador Vítor atrás dela.— Marilia Ferraz — ele fala pegando a algema. — Você está presa pelo assassinato de Paulo Barbosa.— Não , isso tudo é uma mentira, isso tudo é um mal entendido, eu não matei ele, eu falei na hora da raiva — ela tenta argumentar e fugir, mas ele a algema.— Por favor, para! — eu falo me aproximando dela — Você me disse todos os motivos por ter matado ele, você disse em alto bom tom, disse que veio até aqui para me matar, eu joguei a sua arma para fora da janela.— Você não tem como provar isso — ela fala.— Eu segui a dica do seu ex marido e meu cunhado, mandei religar todas as câmeras de segurança e principalmente a câmera de segurança do escritório e da biblioteca do meu marido — eu falo para ela. — Eu não sei onde está Murilo, mas ele vai ser preso também.— Você vai se arrepender por tudo isso, por tudo que você fez a vida toda — ela fala.— Eu não sei o que você quer que
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O policial tira ela de dentro da sala e Artur entra no escritório ao lado de Fernando, eu e ele nos encaramos.— Você está bem? — o investigador pergunta.— Sim! — eu falo deixado as lágrimas descerem.— Eu sinto muito por toda essa descoberta — ele fala — Eu tomarei o depoimento dela, eu consegui a liminar para que a gravação fosse usada como prova — eu o encaro .— Obrigada.— Eu vou precisar fazer algumas perguntas e que você vá depor novamente na delegacia — eu assinto.— Claro — eu falo.— Mas pode ser amanhã — ele fala — Eu aguardo você lá.Eu me viro e vou até a mesa pegando a urna com as cinzas de Paulo a colocando novamente no cofre, em silêncio. Eu fecho a porta do cofre e coloco o quadro sobre e começo a chorar.Eu jamais imaginei que conhecer Marília, ter uma amizade com ela, faria que no futuro ela destruísse a minha vida, eu me abaixo e começo a chorar muito, eu tinha perdido toda a dureza e firmeza que eu tive até agora enquanto falava com ela.Eu olho para nossa foto e
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Capítulo 59Algumas semanas passaram e as coisas estão se encaminhando, em breve faria um ano da morte de Paulo e eu tinha decidido que no dia que completar um ano, seria o dia que a gente jogaria as suas cinzas, o lugar seria onde de alguma forma eu receberia a sua última carta e só agora depois de quase um ano, eu entendi as palavras de Paulo durante a dança, a nossa última dança.Flashback on…— Do que você está falando? — Olho para ele sem entender. — Acontecer algo com você? — Ele passa a sua mão pelo meu rosto.— Você terá todas as respostas que irá precisar em forma de uma carta, lá onde o sol nasce e a gente… — ele me olha e eu encaro.Flashback off…Após a condenação de Marília e Murilo, fiquei mais tranquila. Meu coração parece que se acalmou e começou aceitar um pouco mais a ausência do Paulo na minha vida, ausência física, por que eu sei que ele sempre estaria presente na minha vida. Não digo que deixou de doer a sua falta, porque jamais vai deixar de ser doloroso não ter
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— Eu não sei o que te dizer, isso tudo é muito difícil para mim! Me desculpe.— Eu sei que é, eu te entendo — ele fala — Mas é que eu não consigo mais esconder, nem mentir para mim mesmo o que eu sinto e eu não quero esconder de você o que eu sinto, quero ser sincero sobre os meus sentimentos, eu também não quero que isso atrapalhe a nossa amizade, a nossa relação que criamos até aqui.— Jamais iria atrapalhar — eu falo.— Mas você é uma mulher incrível, tem uma força enorme. Aprendi a te admirar, eu me acostumei com a sua presença, com o seu sorriso, com a sua forma de ser — ele se aproxima ainda mais de mim — Eu entendo porque Paulo era tão apaixonado por você e continua sendo, por que você é uma mulher encantadora. Eu penso em você o tempo todo, dia e noite, quando eu te vejo chorar é como se eu estivesse levando facadas em meu coração, porque tudo que eu quero é apenas te ver bem, com seu sorriso leve e encantador — ele passa a sua mão pelo seu rosto — Eu não queria , mas eu apre
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Uma semana depois.Hoje era o dia do aniversário de Pedro e o dia que completava um ano da morte de Paulo, acordamos de manhã cedo e tomamos o café da manhã especial de aniversário do Pedro como era a tradição, como fazíamos todos os dias e todos os anos, só que dessa vez foi apenas eu e Pedro.Qual lugar melhor para jogar as cinzas de Paulo se não o lugar onde a gente deu o nosso primeiro beijo? Onde voltamos várias vezes durante a nossa vida para ver o sol de por. Cabo da Roca era o lugar mais ocidental de Portugal e o melhor lugar para ver o sol se pôr no meio de suas rochas sobre o mar. Adoramos esse lugar, quantas coisas vivemos aqui, quantos sonhos, quantas conversas tivemos e quantos sorrisos bobos.Pedro ainda estava no quarto do hotel e eu estava esperando ele, com a urna sobre minhas mãos e o barco já esperava para que fossemos até o alto mar, ver o pôr do sol e jogar as suas cinzas.Eu não sei como, mas eu sinto que eu receberia a carta dele a qualquer instante. Há um ano
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A hora do sol se pôr ia chegando e a gente tentava se preparar emocionalmente, não era fácil, era uma segunda despedida. Agora era uma despedida mais leve, onde a gente ia entendendo o que a gente sentia, mas não menos dolorosa.— Bárbara — A voz dele soa atrás de mim e me viro.— Fernando? — falo olhando para ele e vejo que está com as mãos atrás dele — O que você está fazendo aqui?— Eu tenho uma coisa para você — ele fala tirando a mão de trás das suas costas e está segurando uma carta de Paulo na mão.— Co… como você tem isso?— Era eu quem estava com as cartas o tempo todo — ele fala e eu o encaro.— Você? — pergunto com mil coisas passando pela minha cabeça. — Por que você?— Quando Paulo passou pelo tratamento no hospital, eu fui o médico dele que equilibrou a situação toda. Eu não poderia te falar até então por que era segredo de paciente, eu acompanhei ele durante alguns meses, ele confiou em mim e entregou todas as cartas no dia da sua morte — eu o encaro — Peço desculpa por
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EPILOGO
Eu entrego a urna para Pedro que segura ela em suas mãos com todo cuidado, Fernando se afasta e se senta mais para trás de nós e apenas nos encara.Eu abro a carta lentamente porque sei que essa seria a última que eu iria receber dele, a última que ele escreveu para mim. Passo a mão pela sua assinatura, cheiro o papel por que eu sentia o seu cheiro e vejo a data em que a carta foi escrita, vejo que tinha sido no dia 17/05/2021, exatamente um ano atrás, no dia da sua morte. Ele sentiu tudo, ele sentiu que algo ruim aconteceria com ele nessa data e fez com que tudo se encaixasse da melhor forma possível.Eu abro a carta e quando começo a ler era como se eu escutasse a sua voz, era como se eu enxergasse ele na minha frente me falando o que estava escrito na carta.Querida Bárbara, eu escrevo essa carta no dia do aniversário do nosso filho, são 11h40 da manhã e você já me ligou várias vezes, já me deixou tantas mensagens, eu sei que sumi e não sei quando que você vai ler essa carta, não s
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