Ruas plenas de gente. Gente preta, branca, amarela e transparente (tal como ousou muito bem chamar Ndalu de Almeida). O corpo, o copo e o desejo virados para apenas uma realidade: Sexo. Era como se isso fosse já o reino da foda profetizado por Henry Valentine Miller, meu velho colega de escola no tempo colonial. As vozes, os efeitos dos gestos dos lábios superiores e inferiores, pronunciam sexo; a libido vem da boca; os discursos todos estão virados para o trono, onde se assenta o patrono da humanidade não virtual, porém sexual. Passos mansos, cadenciados e pressurosos… O mundo avança nesse ínterim, tudo vai, tudo se macula, tudo se conspurca, tudo se confunde com agentes do sexo. Na igreja se promiscuem, no parlamento idem, numa rua qualquer há festa de foda, as discotecas são os centros desse reinado. Vamos dançar as danças noturnas na escuridão do dia e da noite; vamos sujar a nossa imagem, emporcalhar as nossas mentes. Como cães, como porcos, como cadelas no cio… como um primata s
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