— Não quero falar sobre isso agora — respondo, e enfio abacaxi e morango na boca. Pisco rapidamente e torço para as lágrimas não escorrerem. Eleanor lambe a gordura de bacon dos dedos calejados e limpa cada um deles em um guardanapo. — A maioria das garotas da sua idade vai para a faculdade, trepa com garotos, ganha peso, tira algumas notas boas, algumas notas ruins. Mente para a mamãe e para o papai. Coloca piercing, faz tatuagem... — Ela sorri para mim. — Mas você não é assim, certo? Harry disse que você só terminou o ensino médio. — Comecei um curso — respondo na defensiva, com a boca cheia de comida. Engulo. — Bom, quase. Mais ou menos. Eleanor morde um pedaço de abacaxi. Olha para mim com firmeza, os olhos ligeiramente aumentados pelas lentes dos óculos. E faz um som grave e explosivo na garganta. — Bum! — Ela abre os dedos. — Você guarda as pessoas dentro de você, é isso que acontece. As lembranças e os arrependimentos engolem você, elas v
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