Londres, Inglaterra Segunda-feira, 24 de setembro de 2018 Na manhã seguinte, retiro a gaze da minha coxa e a jogo no lixo. Minha pele arde e repuxa conforme tiro o algodão que estava embaixo da gaze, que grudou no sangue seco. A lembrança do quanto me cortei ontem à noite, me vem à mente: me cortei com força. O jeito como tive que enfiar a lâmina, com rapidez, para abrir a pele e depois arrastar... eu só queria fazer um rio para me afogar. A dor é aguda e abafada ao mesmo tempo; fechei meus olhos com força; uma respiração acelerada saía pelo nariz. Dói para caralho, dói, dói muito. Mas, quando o sangue veio, tudo ficou mais calmo. É um alívio. Sei que preciso parar de me cortar, mas a dor física abafa a dor que há dentro de mim. *** Decido me concentrar nas garotas, e me certificar de que estava dando a elas toda a minha atenção. Eu não estou mais com raiva, estou triste. Só conheço Harry há al
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