Capítulo 27

Ouvi os passos do bêbado descendo as escadas.

— Seu monstro! — gritei com toda a raiva que eu tinha armazenado nos últimos anos e pulei contra ele, com a faca na mão, atingindo-o sem parar na barriga. Enfiei a faca profundamente uma última vez. O sargento engasgou e caiu de joelhos, olhando para mim com os olhos arregalados.

— Você é meu filho mesmo — sussurrou e sorriu. Quando puxei a faca para fora dele, vi a vida deixar o seu corpo e ele caiu para o lado.

Minhas mãos tremiam. Elas estavam sujas de sangue. Agora eram mãos imundas que finalmente fizeram algo contra meu pai; não apenas algo, elas o mataram. E mesmo depois de todos esses anos de ódio e fúria engarrafados, eu me senti ainda pior. Eu senti como se tivesse me tornado ele.

Ouvi um soluço e ergui os olhos. Becky estava na porta, aterrorizada. Ela então olhou para mim e depois para as minhas mãos, como se eu fosse a coisa mais nojenta e vergonhosa mundo.

— Be-becky — gagueje

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