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PRIMATAS - O Mundo Secreto
                                                              PRIMATAS                                                        O Mundo Secreto                                                               MaxyLon EpígrafeO homem por si só se destrói quando não ouve a voz da razão, ofuscado e atraído pelo impulso da ganância e pela ambição desenfreada pelo
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CAPÍTULO I - RECENSEAMENTO
Certa vez no coração de uma densa floresta aonde habitava o maior número de macacos do planeta, cogitou-se entre eles a ideia de fazer um recenseamento entre a linhagem dos Primatas.Escondido naquele paraíso verde e sombrio, imperava seu reino com real soberania e grandeza. A imensidão da floresta, a liberdade de acesso que tinham sobre aquela região, faziam deles uma raça cheia de autonomia sobre o resto dos animais existente na face da terra.Apesar de serem falantes e ter comunicação semelhante ao homem, sabiam que os humanos eram superiores a eles. Mesmo assim, mantinham o conceito de serem nossos parentes próximos.Alimentavam a ideia de que o homem fosse sua descendência. Por isso, julgavam possuir certa superioridade com relação a existência da criação. Ambos queriam saber qual seria o número de habitantes de sua raça na face da ter
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CAPÍTULO II - EM BUSCA DOS HUMANOS
Esta situação não poderia continuar sem que encontrassem uma saída objetiva e concreta para o recenseamento. Tentavam de alguma forma, amenizar os problemas pacificamente.Buscar respostas e soluções para a elaboração do projeto de uma forma real, garantindo o futuro das espécies sem o perigo de fracassarem ou até mesmo abandoarem o plano.Nesse momento o bando começou a dispersar-se com ar de insatisfação e desânimo. Dessa vez, saíram em silêncio como quem faz greve de fome ou alguém que prefere manter-se calado diante de uma interrogação ou julgamento.Todavia, esse não era um assunto que estava em questão naquele momento. Mas a resposta concreta, a qual era esperada por todos não vinha de forma alguma.Então o bando voltou atrás e começou o motim jogando galhos de arvore sobre a mesa organi
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CAPÍTULO III - PRIMEIRO CONTATO
No dia seguinte pela manhã, antes que o sol aparecesse trataram logo de entrar em ação. Com muito cuidado e expectativa deram início a aproximação.Desceram até as margens do rio Águas Clara que dava de frente a propriedade e aguardaram um instante. Cuidadosamente atravessaram para o outro lado e ficaram de prontidão perto da casa esperando até que alguém aparecesse do lado de fora e com isso poder se aproximarem.Assim que a luz do sol começou a bater na frente da casa e as pessoas começaram a transitarem-se do lado de fora, eles apareceram sutilmente.Assustados e amedrontados, correram todos para dentro da casa e fecharam as portas. Passaram-se alguns minutos em silêncio, mas logo o homem abriu a porta para dar ruma espiada.— De repente ouviu uma voz que disse: Humanos! Humanos!− O que é isto que estou vendo. Macacos me mordam! M
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CAPÍTULO IV - A HOMENAGEM
De acordo com a programação feita antes pela multidão que aguardavam a chegada dos humanos, programaram para eles uma grande festa.Era de natureza animal e por isso, convidaram outras espécies, as quais também faziam parte dos habitantes da floresta.Foi chegando a Dona Raposa com sua comboia de raposinhas. Trazia consigo uma sanfona para a sua apresentação. Logo em seguida, aparecem as pacas. Logo atrás, vêm as Capivaras e os Preás. Sem mais demora aparecem os Quatis, os Texugos e muitos outros de diferentes espécies.O Bode por sua vez, chega todo imponente e carrancudo. Por fim, os demais bichos das regiões circunvizinhas. Encontrava-se ali também, uma grande espécie de Aves e Mamíferos.E assim por diante... até que fizessem daquele recinto um ambiente realmente festivo e muito atraente.Cada espécie tinha seu representante que fizera sua bela
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CAPÍTULO V - FIM DO RECENCEAMENTO
Reuniram-se novamente – Primatas e Humanos, para dar andamento no processo do recenseamento. Desta vez era pra valer.Quanto ao processo do ressecamento, criou-se uma lacuna enigmática, sem uma saída concreta para desenrolá-lo. Era, talvez, o fim de um sonho tão almejado por toda a classe dos primatas em geral.Uma estatística mundial seria uma tarefa dificílima a ser desempenhada. Isto pelo fato de ter que viajar pelo mundo todo, em busca de dados demográficos para uma tão sonhada realização. Nem os humanos nem tampouco os primatas poderiam ou saberiam como proceder com relação a este assunto. Seria, com toda certeza, como procurar uma agulha em um palheiro.Assim, após uma longa discussão sobre o assunto, ficara, de uma vez por todas, decidido que não haveria mais a realização do recenseamento dos primatas.Com muita tristeza
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CAPÍTULO VI - VIAGEM AO EXTERIOR
Bem - interveio novamente o Professor Hortense: já ouvimos o bastante de vocês, e mesmo assim gostaríamos de ouvir mais um pouco—mas como o tempo não anda para trás, nem espera ninguém, é chegada a hora de voltarmos as nossas atividades.— Ah… disseram os amigos macacos: gostamos muito da companhia de vocês. Por que ir embora agora?— Continuou. Hortense; temos o nosso trabalho e devemos isso aos nossos clientes. Por isso, devemos voltar o mais breve possível, uma vez que temos a responsabilidade de exercermos nossa profissão dignamente. Dependemo-nos muito da nossa clientela.Ah! Muito bem. Se for assim, não podemos segurá-los mais aqui conosco. Lamentamos muito a vossa ida. No mais, desejamos vos um bom regresso para casa. Devem estar com muita saudade dos familiares.— Sim, estamos!Antes de saírem, convidaram três primat
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CAPÍTULO VII - RETORNO DE EMERGÊNCIA
Justamente no momento em que se preparavam para se acomodarem em seus leitos, receberam a incômoda mensagem do Sr. Calisto convocando-os a voltarem imediatamente a sua cidade. A mensagem de Sr. Calisto dizia o seguinte: Um bando de foras da lei armados até os dentes invadiu a floresta em perseguição aos primatas e está acontecendo lá uma batalha quase incontrolável.Segundo os mensageiros que me deram esta drástica notícia, muitos primatas já foram presos pelos invasores, mas também muitos destes foram dizimados pelos primatas enfurecidos.Espero a chegada de vocês para uma possível pacificação e contenção de uma catástrofe ainda maior. Oxalá, vocês cheguem a tempo antes que as coisas piorem ainda mais!Quando ouviram isto, os três convidados primatas caíram num choro profundo pelo terrível acontecimento l&a
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CAPÍTULO VIII - DE VOLTA À CIVILIZAÇÃO
Assim que se despediram do bando e tomaram o caminho de volta para casa, foram escoltados por um bando de macacos menores que quiseram prestar-lhes a última homenagem aos caros e preciosos amigos humanos.Depois de alguns quilômetros, voltaram para seu reino alimentando a triste realidade de que talvez nunca mais se encontrarem.Voltaram em grande alvoroço e lamento floresta afora emitindo gritos de desventura e dor. Sobre a copa das árvores pulando de galho em galho, se desapareceram da presença dos humanos.Os quatro amigos ao chegarem à propriedade do senhor Calisto, passaram ali aquela noite paradescansarem da exaustiva viagem. A recente lembrança dos amigos primatas que ficaram em seu reino, entristecidos e pesarosos pela volta dos humanos para suas casas, os deixaram abalados.No dia seguinte, já não mais cavalgando e sim, em um carro que haviam deixado no sítio do senhor Calisto p
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CAPÍTULO IX - EIS A HISTÓRIA
Estava em meu ateliê há algum tempo, elaborando alguns projetos sobre História Geral e Botânica, bem no momento em que o telefone tocou. Era meu amigo Calisto com o seguinte termo: Estou lhe convidando em companhia do Doutor Caloni e Doutor Umberto para uma emocionante aventura. Isto se for do agrado de vocês. — Mas, do que se trata?— Bem, é um assunto um tanto embaraçoso e meio complexo, mas é a pura verdade.

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