Quatro anos longe de casa, convivendo com a saudade e a nostalgia, os dias pareciam muito longos e as horas demoravam demais a passar. Mesmo assim, com a cabeça erguida e pés no chão, conseguiu se formar e então voltar para seu berço natal. Terça feira, 6 de novembro de 1894, exatamente as 8:30 da manhã, chega o carteiro e entrega para Lulu, uma das criadas da fazenda, uma carta registrada com o endereço de Portugal. — Lulu corre pela casa adentro com a carta na mão e grita; dona Margarida, dona Margarida? — O que é Lulu? — Uma carta, dona Margarida! — Uma carta? Deve ser de Maria Rita! — Ansiosa pega a carta, olha o envelope com o nome e endereço da filha. É de Portugal. É de Maria Rita sim! — Abre logo a carta dona Margarida, estou curiosa para saber o que está escrito nela! — Deixa de ser enxerida menina, que coisa feia! — Desculpe patroa, depois a senhora me conta. — Está bem, eu co
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