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Todos os capítulos do Cápsula da Morte: Capítulo 11 - Capítulo 20
28 chapters
Temos um algoz
Aproximava-se do meio-dia e alguns ainda não haviam che-gado, com óculos de sol, ressaca e dor de cabeça, esperavam na mesa de madeira onde jogaram o jogo da verdade, momentos antes de Fabíola ter a ideia da caixa.Estava ventando forte, as folhas secas se arrastavam na dire-ção norte, criando uma sensação de bem-estar, pois o sol estava quente.Nanda senta-se ao lado de Franzino, delicadamente coloca sua cabeça em seu ombro, como fazia quando eram adolescen-tes, respira fundo e diz:— Esse barulho das folhas me fez lembrar de quando era uma menina apavorada, e que aqui mesmo nesse banco recebi ótimos conselhos de um grande amigo.— Os índios acreditam que o vento sempre aparece para nós lembrar que essa vida é passageira, e nada pode deter o tempo. Suas virtudes, defeitos, certezas ou incertezas, nada po-dem detê-lo.— Quando ventou, me lembrei que nesse mesmo lugar meu a
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Inicio dos encontros coercitivos
Às 19h15, domingo, começaram a servir o jantar. Um sabo-roso vinho foi servido e ninguém podia fazer desfeitas, afinal, era uma safra especial vinda direta da adega mais famosa de toda região. O único a relutar em saborear o vinho foi Harlei, por causa da sua religião, mas, como a recepcionista da festa muito insistiu, acabou aceitando.O vinho era maravilhoso. Tomavam e repetiam, não deixa-vam de elogiar a dona e amiga que já deixou um convite para todos irem a Andradas degustar o suco de uva branca, especia-lidade da casa.O jantar foi no mesmo salão da festa de encontro, mas fo-ram feitas várias modificações na decoração. Pensavam ser de despedida. A mesma mulher que coordenara a festa anterior estava à frente deste jantar, assim como seus seguranças, gar-
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As investigações
Estacionam o carro e caminharam até o salão onde ocorreu a festa, no portão, o segurança indaga com a voz forte:— Posso ajudá-los, senhores?— Pode, sim — responde Diogo. Gostaríamos de falar com os responsáveis pela festa.— Senhorita Letícia é o nome dela, vou chamá-la.O segurança fala no radio com outro:— QAP Maike!— Prossiga! — diz numa voz seca.— Tem dois convidados que desejam falar com a senhorita Letícia.— Convidados?— Positivo, estavam aqui ontem.— Dá um X, vou procurá-la.Após alguns minutos responde:— QAP ponte!— Prossiga, Maike.— Libera os QRAs ai que a QRU está na cozinha e os espera.— Positivo TKS!— QRV.Depois dessa conversa, o segurança abriu o portão, fez sinal com a cabeça para que entrassem, depois disse:— Quem procuram está na cozinha, vão na fé, irmãos.Agradeceram e foram. Já arrumavam todo o salão para rece-berem toda a turma a noite, conforme co
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Sabedoria no silêncio
Era 18h45. Franzino foi o primeiro a chegar, sentou-se na cadeira próximo à mesinha de vidro onde estava a caixa, sus-surrava. A festa começou 15h15, depois, às 17h13, a caixa desceu, para, às 17h15 se abrir, o convite a mim chegou a quinze dias da festa. O que isso quer dizer?Letícia caminhava na sua direção com um vestido vermelho, quando chegou à mesa, pergunta, enquanto ainda sussurrava:— Posso me sentar?— Por favor! — diz, levantando-se para puxar-lhe a cadeira como um cavalheiro.— Obrigada. O que faz aqui, não se interessa por velórios?— Não gosto de dizer adeus aos mortos, prefiro dizer seja bem-vindo, mas até lá levo minha vida dessa forma.— Presumo que vai passar a noite toda só, pois com certeza seus amigos não virão.— Tenha paciência, logo estarão aqui, melhor se preparar para servi-los.— Se tem tanta certeza — diz isso e se prepara para levantar quando ouv
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Loira e linda
Às 10h25, o carro de Franzino para de frente onde seria a residência de Mayara, os dois descem do veículo e caminham ao portão lateral que era próprio para pedestres. Ela morava na mesma casa, mas, agora, havia muros e portões grandes impos-sibilitando vê-la da rua.O detetive toca o interfone.— Pois não!— Meu nome é Franzino, sou amigo de infância de Mayara, gostaria de falar com ela. Por acaso está?— Franzino? Houve um silêncio, depois continuou. Ah! Sim há quanto tempo não te vejo, espere! Já vou indo. O baru-lho de desligar e em pouco tempo abre o portão.Vou pular a parte de saudações e conversas que não vêm ao caso e transportá-los para a sala, os três sentados no sofá onde o assunto mais importa.Mas vou dizer que Franzino nunca foi amigo de Mayara, os dois só se conheciam porque ambos eram populares, mas nunca se falaram, mesmo porque o rapaz só tinha olhos para 
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Hora de ir para a igreja
A fantasia foi alugada, Franzino decidira ir de Chaplin. Tranquilamente deitado em sua cama, mãos atrás da nuca, per-nas esticadas e cruzadas. Dali olhou para a bíblia, estava aberta sobre o criado-mudo, estranho, pois havia fechado. Mas, por outro lado, também deixara o quarto todo bagunçado, talvez fosse obra das arrumadeiras.Preferindo confiar em seus instintos, levantou e foi até a bí-blia, estava aberta num salmo de amarelo grifado; “alegrei-me quando me disseram vamos à casa do senhor”. Na capa da bíblia, escrito de pincel atômico: “comunidade crista de mogi guaçu”.Significava uma coisa: as arrumadeiras tinham feito aquilo, ou alguém entrou no seu quarto.Correu para a sala de monitoramento, um careca de 1,89 de altura, ombros largos e cara fechada encontra-o no corredor e diz, puxando a porta da sala a suas costas:— Hóspedes não podem vir aqui, o andar é rest
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Uma morte inesperada
Um homem de 38 anos acordou essa manhã, estava meio zonzo, estranhou, pois se lembrava de ter dormido na sala após beber um refrigerante com o gosto diferente. Agora esta-va em sua cama.Sentiu algo no pescoço, então levou as mãos para tatear e saber o que era. Pode sentir, percebeu ser alguma coisa rela-cionada à coleira de cachorro. Assustado, levantou-se e foi ao banheiro, buscando o espelho.Sobre a pia, tinha um envelope escrito: abra e leia com atenção. Sua vida depende disso.Em desespero, abre o envelope e lê com atenção.Do outro lado da cidade...Levanta com a boca com gosto de cabo de guarda-chuva, descalço, caminha até o banheiro, olha para sua imagem, res-saca, dor de cabeça, esfrega o rosto, solta um som da boca en-quanto se espreguiça. Aproximava-se das 9h. Tinha que estar no escritório, pois realizaria um tribunal de júri.Escova os dentes, lava o rosto e se penteia, c
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Sobrou para todos
As coisas começam a complicar mais ainda, chega o mo-mento de enfrentar um assassino frio cara a cara, não olho no olho, mas como se fosse.Os seguranças do salão, nesse dia, estavam aflitos, suas famílias tinham sido ameaçadas se abandonassem a festa, só restava ficar lá e cumprir as exigências que receberam de um homem que che-gou apavorado, segurando um envelope endereçado a Letícia. Era por volta das 16h10 quando chegou, em seu pescoço trazia uma bomba, a carga era só para sua cabeça, mas o que amedrontou a todos foram essas palavras trazidas em uma folha, a qual leu pe-rante todos os funcionários da organizadora da festa:“Caros colaboradores (cita o nome de cada um e dos fami-liares que ameaça. Ex: fulano de tal, casado com... filho de... pai de... irmão de...), agradeço até agora o trabalho prestado, vocês são ótimos, podem terem a certeza que serão recomen-da
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O jogo da vida
Às 19h15, as portas do salão foram abertas. Os seguranças esta-vam estranhos, assim como as recepcionistas, garçonetes, garçons e a Letícia. Você já sabe a razão, mas para os convidados era surpresa.Estavam 15 pessoas. Marquinhos, com medo, resolveu apa-recer, depois da morte de Everaldo, ficou claro que o anfitrião misterioso não brincava em serviço.Letícia pega o microfone e diz, com a voz meio trêmula.— Bem-vindos! Preciso que formem cinco duplas, na verdade, quatro, pois uma deve ser Franzino e Diogo, as outras ficam a cri-tério de cada um. Tem uma pessoa que deseja falar a regra do jogo.Então grita após concluir.— Pode entrar o convidado!O rosto do rapaz não era estranho, muitos ali o conheciam, só não se lembravam, afinal, fazia quase vinte anos que não se comunicava com essa turma.O rapaz estava aparentemente apavorado, parecia que havia chorado a ta
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Câmeras e escutas para espionagem
Lá estava ele, sentado na praça, com a bandeja de café damanhã do restaurante, teve um surto, bagunçou todo seu quar-to novamente, pois encontrou câmeras e escutas espalhadaspor toda sua suíte.Descobriu o óbvio, o anfitrião misterioso seguia seus passos,sabia de muitas coisas graças aos recursos que seu carro tinha.Com certeza Nanda e os outros também eram espionados.Seu inimigo sabia que fora descoberto, mas não havia outromeio de se livrar dele.Sabia que todo o hotel tinha escutas, por essa razão, espera-va Nanda para o café na praça, lá pretendia contar tudo.Nanda chega, se senta ao seu lado e diz:— Você continua estranho, cada lugar que escolhe para to-mar café.Franzino não lhe diz nada por um tempo, fica só olhandocomo
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