11. Hospital
Chris voltava à consciência aos poucos, começando por escutar os sons ao seu redor; um bip insistente de alguma coisa bem perto de sua cabeça, uma respiração pesada e masculina. E mais nada. Com estas exceções, um silêncio pesado reinava ali, onde quer que ele estivesse. Espalmando as mãos, Chris sentiu um colchão macio e lençóis esticados e arrumados abaixo de si. Sentiu estar coberto até a cintura e algo cobrindo a pele do peito. Chris notava que sua boca estava seca e a garganta arranhando, dolorida. O corpo todo parecia travado e tenso, louco para se movimentar nem que por um segundo apenas. Ao abrir os olhos, percebeu que estava em um quarto afundado na penumbra, com mobília branca – assim como qualquer outra coisa ali. Chris percebia que não conseguia focalizar nada ainda, e sua visão se encontrava embaçada. Uma torrente de sensações o invadiu, confundindo-o. Medo, fome, agitação, dor – muita dor – e coisas que ele sequer sabia dizer direito o que eram. Aquele bip
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